"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
domingo, 31 de janeiro de 2021
A Igreja Sempre do Lado do Capitalismo e Contra os Oprimidos
O Flagelo de que Ninguém Fala
Há um terrível flagelo a acontecer um pouco por todo o lado e que não está a ter a devida atenção. Muito pior que abandonar os animais de estimação, e ainda pior que o abandono dos velhos, é o abandono das piscinas desmontáveis e insufláveis.
Por altura dos reis, o pessoal que liga a essas coisas, começa a desmontar a árvore de Natal. Em boa verdade, eu nem sei porquê esse trabalho todo, se, afinal, se diz que o Natal é todos os dias e ao menos mantendo a árvore montada, cheia de luzinhas e tudo, talvez lembrasse as pessoas que podem ser hipócritas e fingir que são amigas dos outros o resto do ano. Mas, já no que se refere às piscinas não é bem assim, mas já lá vamos.
Antes de mais a compra das ditas piscinas. Se nós temos o privilégio de viver junto ao rio, com praias fluviais, até com piscinas municiais aqui na freguesia, e com o mar a vinte minutos de carro, a pergunta que faço é: há realmente necessidade de comprar um atranquilho do imenso tamanho que é uma piscina de superfície?
Ah, mas tu não gostavas de ter uma bela casa com piscina?
Eu estava-me a referir ao comum dos mortais portugueses, que é a maioria, e que tem salários baixos, não me estava a referir às pessoas carenciadas com casas de um milhão de euros que se mostraram muito indignadas quando tiveram que pagar um imposto por elas. Porque com certeza que se eu tivesse o salário do Mexia que parece que ainda trabalha na Eletricidade da China, pois certamente que, por exemplo, não tinha que fazer as contas ao balúrdio que iria gastar só para encher a dita piscina!
Porque é o que me parece. As pessoas compram por impulso e não fazem bem as contas ao gasto. Quer-se uma piscina, e então compra-se e está feito! Depois de instalada é que se apercebem que têm que se encher com água, porque só com ar não dá muito jeito. É depois, é pá, mas aqui em Gondomar a água é cara comó caralho! Olha, não tinha pensado nisso! Deixa lá, enchemos só metade e já fica muito bem assim!
Eu observo os vizinhos. Compram as ditas piscinas e, se durante o verão passado a usaram cinco vezes foi muito. O miúdo, coitado, para lá ia chafurdar mas depois saía todo embrulhado na toalha com frio. Lembro-me muito bem do calor do verão passado, porque saiu-me da carteira. Gastei 70€ para carregar o ar condicionado, e quantas vezes é que tive mesmo que o usar porque estava um calor estúpido, que não se aguentava mesmo com as janelas do carro abertas? Três ou quatro vezes, se tanto!
Gasta-se dinheiro num imenso atranquilho que ali fica a estorvar. Tem-se o grande gasto a enchê-la com água da torneira e depois? Pois bem, era aqui que queria chegar. Depois de usada meia dúzia de vezes, pois ali fica, abandonada, a ganhar algas e porcaria, porque depois dá muito trabalho desmontar e as pessoas cansam-se só de pensar que no trabalho que isso vai dar! Até o senhor nazi, sempre muito simpático comigo, e que, por estes dias, no último telefonema até me disse que sou uma pessoa culta, com quem se pode conversar, até ele já me quis oferecer a sua piscina insuflável, que tinha no terraço do último piso onde vive no seu prédio! (Sempre que se quer desfazer de alguma coisa lembra-se de mim!)
Eu deixo aqui um sentido apelo. Se querem mesmo comprar uma piscina tratem-na bem. Não as abandonem como a todas as bugigangas que compram Tv Shop e depois as deixam encostadas. As piscinas também têm sentimentos! E depois ainda por cima são de plástico e vocês sabem bem do grave problema que temos com o plástico, não sabem? Então pronto.
O Tónhónhó Propaga o Vírus
Conversas Improváveis (58) - Dar Sangue
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
O Que é Que Isso Interessa? Nada
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpor o limiar da porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Then We Take Berlim
Nestas presidenciais de 2021, a sensatez mental dos 40% de portugueses que votaram está situada na Alemanha, mais concretamente em Berlim.
domingo, 24 de janeiro de 2021
Por Todo o Mundo Falam de Portugal Por Causa da Pandemia mas Mostram a Fotografia Deste Café?
Ontem passava os olhos por notícias no estrangeiro até para perceber o que se dizia de Portugal e deparamo-me com esta fotografia. Olhei melhor e pensei "Espera lá, mas isto não é um Hospital! Isto é a montra de um café"! Num hospital não há montras com lanches e croissants!
Agora com certeza que os diferentes sites de informação não se lembraram todos de pegar nesta imagem do nada. Esta foto é da Associated Press, uma agência de notícias independente, que lança as notícias e depois muitos outros pontos de informação vão lá bebê-las.
Movido pela curiosidade decidi tentar investigar e com recurso ao Google Maps consegui mesmo chegar à identificação! Isto é na rua Silva Carvalho em Lisboa, e está sinalizado com sendo um edifício da Sociedade Filarmónica Aluno de Apolo.
Alguém precisa de um detetive?
sábado, 23 de janeiro de 2021
A Pandemia por um Especialista em Senso Comum
Eu não sou médico, não sou político, não sou especialista de coisa alguma. Sou um cidadão comum, que tem que cumprir as regras que mandam. Contudo tenho opinião e tenho mantido a mesma desde o início da pandemia: se quisermos, estamos sempre a quinze dias de acabar com a pandemia. Eu informo-me o suficiente, consumo a informação que considero suficiente, sem excessos, muito menos sem televisão, no entanto vejo as coisas de modo empírico, com aquilo que o senso comum me dotou.
E eu sei que lidar com uma pandemia não é uma coisa nada fácil. Por cá nunca ninguém lidou, apesar dos historiadores saberem o que se passou há cem anos. E é sempre mais fácil estar na posição de esperar para depois criticar. Mas nessa tarefa eu também me sinto muito confortável porque desde a primeira hora elogiei e disse que, se calhar, tivemos o governo mais competente no momento em que mais precisávamos. E elogiei a forma rápida como confinamos porque evitou todos aqueles milhares de mortos que, infelizmente, se verificaram nos países aqui ao lado e, nem quero imaginar se ainda estivéssemos a ser governados por Passos e Portas. Não quero mesmo imaginar.
Mas o tempo foi passando e a pandemia para nós tornou-se naquela espécie de gripe mal curada, que nunca desaparece. Passamos o verão com mais casos que a média europeia e fomos até excluídos do corredor aéreo do Reino Unido.
Acabamos também por perceber aquilo que o senso comum nos dizia, e dizia-me pelo menos a mim, que no verão as coisas melhorariam, até porque no verão também quase não há gripe. E assim foi. Apesar de tudo ter reaberto em Junho, com centros comerciais, teatros e cinemas, mas verdade é os números andaram sempre abaixo dos 400 novos casos diários, mas não esquecer que as escolas e universidades também estavam fechadas.
E até que as escolas e as universidades reabriram a meio de setembro e a verdade é que foi a partir daí que os números começaram a disparar. No início de outubro os novos casos tinham já subido para 750 e, no fim do mês eram 3500 novos casos. Apontava-se na altura que tinham sido as festas universitárias e festas familiares as responsáveis pelo disparar de novos casos.
E foi por esta altura, em meados de Outubro, que resolvi encerrar temporariamente com os treinos de ténis-de-mesa. Ninguém me disse que tinha de confinar obrigatoriamente, ninguém me proibiu nem me senti coartado na minha liberdade individual. Não, fui eu mesmo que decidi fazê-lo, voluntariamente, quer para me proteger, quer para proteger os meus pais que têm setenta anos. Chama-se a isto "senso comum", não é?
Em meados de outubro morriam cerca de 11 pessoas por dia em Portugal de COVID-19. Os casos disparavam e o primeiro-ministro achava que a salvação disto tudo - mesmo indo contra as indicações da Organização Mundial de Saúde - era que uma aplicação no telemóvel que ia resolver o problema, e meteu mesmo na cabeça que ia obrigar a polícia a pegar nos telemóveis das pessoas e multar quem não tivesse a aplicação instalada no telemóvel. Felizmente que a proposta (ridícula) foi chumbada no parlamento.
Mas, curiosamente, dias antes, Rui Rio, líder da oposição, queixava-se no Twitter, mostrando a sua ignorância sobre o funcionamento da aplicação. E se o líder da oposição, economista e que até fala alemão e tudo, não sabe como funciona uma aplicação, será que a maioria dos portugueses iria saber? Não me parece.
Os números foram escalando por toda a Europa e, enquanto por cá discutíamos uma APP e a constitucionalidade da lei, nos outros países tomaram-se medidas a sério. Deixo só um exemplo de um país que tem mais ou menos o mesmo número de habitantes que nós: a Bélgica. A Bélgica confinou com medidas a sério em Outubro, quando estava com oito mil novos casos por dia. A Bélgica teve o número máximo de novos casos em 31 de Outubro e os resultados estão à vista: hoje tem cinco vezes menos mortos que Portugal.
Entretanto chegamos à festa americana do Dia de Ação de Graças que nos dias seguintes resultou num escalar absurdo de novos infetados e milhares de mortos e, mesmo não percebendo um cu de saúde pública, mas já antevendo o que iria acontecer no final do ano se deixássemos as pessoas todas à solta, escrevi no Twitter, quando já tínhamos um recorde de 70 mortos por dia:
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
Eleitor do PS: Temos que Falar
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
A Absoluta Liberdade de Pensamento
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
As Pessoas Enganam-se Tanto
Primeiro fim-de-semana de novo pseudo-confinamento. Mais uma camada de geada a deixar tudo branco no monte e nas ruas, mas também um belo dia de sol, antes da chegada da chuva, amanhã. Decidi ir fazer o meu "passeio higiénico", neologismo que dá para as pessoas justificarem tudo aquilo que não seja o seu dever de estar em casa confinadas e, logicamente que neste caso contra mim falo porque também saí, ainda que, em minha defesa, possa dizer que quase não me cruzei com viva alma.
Peguei na bicicleta e fui fazer um pouco de exercício, não que já esteja propriamente redondo, mas, principalmente, arejar um pouco em véspera de mais uma semana de "trabalho". Resolvi ir para montante do rio Douro, aldeia vizinha e freguesa anexada e fui explorar uns caminhos ali pela beira do rio.
Saí de mochila às costas e roupa comum, botas e caças de ganga justas e elásticas, porque não sou daqueles que para andar de bicicleta têm que vestir o equipamento desportivo todo, como se fossem fazer a volta a Portugal. Saí agasalhado, com gorro preto na cabeça e óculos de sol. Cabelos esvoaçantes e barba de duas semanas.
Por onde passava e se me cruzava com alguém, educadamente dizia "boa tarde". Imagino que para quem me leia e que viva na cidade isto pareça estranho, mas nas aldeias, quer as pessoas se conheçam, ou não, sempre foi normal cumprimentarem-se, e não vergarem simplesmente os cornos ao chão, fazendo de conta que não vêem ninguém. Até me estou a lembrar, dos sítios onde fui fazendo caminhadas, sempre vi o bom hábito das pessoas se cumprimentarem. Em Espanha, por exemplo, sempre que me cruzava com alguém, quer na Senda Del Cares ou nos Lagos de Covadonga ouvia sempre um "Holla!".
Então sempre me pareceu natural e instintivo cumprimentar quem passa. Ontem, infelizmente, várias vezes do outro lado respondia-me o silêncio. Numa das ruas, de boas vivendas (a aldeia vizinha não é como a minha, pobre, até porque em tempos até já foi sede de concelho) mas entretanto chego a um cais onde estavam dois pescadores a pescar e, minutos depois, no regresso, cruzo-me de novo com o senhor, um dos que não me respondeu e vi-o a fechar o portão da sua bela vivenda, não fosse eu decidir, sei lá, assaltar-lhe a casa, em pleno fim-de-semana de confinamento com toda a gente em casa!
Pedalar calmamente também é bom para pensar. E eu refletia como há coisas que não mudam. Há uns anos lembro-me (já não sei se contei esta história aqui no blogue) que uns emigrantes radicados em França, numa altura em que estavam de novo cá na aldeia, ficaram estupefactos a olhar para mim quando passei por eles na rua. E eu não vi essa surpresa, mas ouvi ao longe uma vizinha, que seguia no carreiro do campo de carro-de-mão carregado: "Não tenhais medo, é o filho da Rosa Maria"!
E, não deixa de ser muito curioso que, ainda por estes dias em conversa com a minha amiga carioca dizia-lhe que nunca me senti muito discriminado em Portugal por causa deste meu aspeto mais "exótico". E exótico talvez seja uma bela palavra quando tantas vezes sou interpelado em inglês no meu próprio país. Mas, para o bem ou para o mal, nós somos sempre vítimas ou reféns da forma como nos apresentamos e do nosso aspeto físico. No entanto eu sempre arranjei empregos e nunca senti propriamente que o meu aspeto fosse um entrave a fazer a minha vida normalmente. Há sempre reserva e medo com aquilo que não se conhece, ainda que, digo eu, eu não devesse ser motivo para que sejam mal educados quando passo.
Por outro lado, não deixa de ser irónico, que, se um qualquer meliante se vestir bem, como qualquer "pessoa de bem" (expressão muito em voga pelo candidato fascista) e usar um fato e gravata, e for por aí pelas aldeias dizer que vem trocar as notas de Euro, porque como agora o Reino Unido saiu da União Europeia, tem que se retirar do mapa aquele país, aposto que as pessoas os recebem quase de braços abertos. É assim a sociedade, sempre a julgar pelas aparências, e, como diz a minha mãe: "as pessoas enganam-se tanto".
domingo, 17 de janeiro de 2021
Crónicas da Pandemia: Quando os Média Mentem por Ocultação
https://www.manipalthetalk.org/ |
sábado, 16 de janeiro de 2021
Diários de Motocicleta
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Ler é como ir ao Cinema Sozinho
The Book Of Secrets by ShaynART |
Foi quando estava a ler Memórias Íntimas e Confissões de um Pecador Justificado que, ao sentir a falta de ter alguém com quem trocar ideias sobre o enredo que estava a ler e do que tudo aquilo poderia poderia ser, que me lembrei precisamente disto: o ato de ler um livro é mais ou menos como ir ao cinema sozinho, só que, mas ainda mais solitário.
Quando vamos ao cinema sozinhos não temos ninguém ao nosso lado para falar sobre as expectativas do filme. Quando lemos um livro quanto muito alguém já nos pode ter falado do livro, que é muito bom, que a história prende o leitor, que é muto interessante para conhecer determinados factos da História, etc. Por exemplo, comecei a ler o primeiro livro de Murakami porque coloquei uma fotografia no Instagram de vários livros que tinha recebido e uma pessoa comentou que "Murakami é muito bom". Quando vemos um filme, se formos daquelas pessoas que olham primeiro para o nome do realizador do que dos atores, também já dará para ter algumas informação, ainda que, no meu caso, tal como acredito que seja a larga maioria, as pessoas olham sim para os nomes dos atores e não propriamente para o nome do realizador. Se calhar nem os conhecem, se calhar ninguém sabe quem é o realizador do "Sozinho em Casa" que deu passou mais vezes na televisão do que o número de testes à COVID-19 que o Marcelo fez no último ano! O que não deixa de ser algo injusto para o realizador, porque o artista, a obra, o filme neste caso é do realizador e quem tem quase sempre « os louros da fama são os atores, ainda que todos os realizadores precisem de bons atores para terem uma boa obra.
No que aos livros diz respeito, também já podemos conhecer o escritor de uma obra anterior e saber, mais ou menos, ao que vamos. Mas, por mais livros que tenhamos lido, uma obra de ficção é sempre algo novo e diferente. Temos que ser nós, ao contrário, por exemplo, da televisão ou do cinema, a criar os nossos cenários com as descrições que nos vão sendo feitas. E, tal como no cinema, se lá estivermos sozinhos na sala, quando o livro acaba e as luzes se acendem enquanto passam os créditos finais, não temos ninguém ao lado com quem trocar impressões sobre o livro que acabamos de ler como quem pergunta: "então, gostaste do filme"?
Enquanto li "Memórias íntima e confissões de um pecador justificado" senti essa falta de ter alguém alguém com quem conversar sobre o livro. Naquela alegoria, afinal, o homem estaria possuído por espíritos malignos; era o próprio chifrudo do "Balha-me Deuz"; era tudo fruto da sua imaginação e sofria de perturbações mentais, ou sofria de dupla-personalidade? O que é que outra pessoa pensaria daquilo? Se calhar até teria precisamente as mesmas dúvidas que eu, porque o livro foi precisamente escrito desta forma para não dar a papinha toda feira ao leitor, mas para o deixar a pensar.
Contudo, talvez essa seja a vantagem dos clubes de leitura. Colocar várias pessoas a ler o mesmo livro e a opinar sobre ele. Sei que existem mas nunca estive em nenhum e duvido que venha a estar. Conheço também dos filmes e séries americanas. Em Lost, por exemplo, existia um "Book Club", e ao longo da série muitos livros iam sendo sugeridos sub-repticiamente. Eu não sei se os clubes de leitura funcionam bem ou nem por isso. Mas, na falta de um clube de leitura, cabe-nos conversar connosco próprios e tirar as nossas próprias conclusões. E, quem sabe, sugerir, ou não, um determinado livro aos amigos e colegas. Como quem sugere, ou não, um bom filme.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
O Admirável Neoliberalismo Americano Que Lucra com os Mortos da Pandemia
Sim, Já Tomei a Vacina
https://www.distractify.com/ |
domingo, 10 de janeiro de 2021
Palavra do Ano é Saudade de 2020
Um Mundo e Aparências e Marketing
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
Posts nos Blogues ao Longo dos Anos
domingo, 3 de janeiro de 2021
Memórias Íntimas e Confissões de um Pecador Justificado
sábado, 2 de janeiro de 2021
O Brasil de Bolsonaro está no Ano de 1973
Os mais novos não conhecerão. Mas em 1973 na novela "O Bem Amado" de Dias Gomes e depois na série que passou no inícios dos anos oitenta (onde entrava o famoso Zeca Diabo interpretado por Lima Duarte) a cidade de Sucupira era governada por Odorico um prefeito corrupto que não olhava a meios para atingir os seus fins. Sucupira também passou por uma epidemia e Odorico também manipulou a questão das vacinas para sair beneficiado politicamente. A semelhança é assustadora: a forma como foi eleito, as falsas promessas e as mentiras. Eu revi o primeiro episódio e logo aí Odorico "ressuscita" milagrosamente depois de um ataque do cangaceiro! Isto não vos faz lembrar de nada? Acho que nem Orwell escrevia algo tão distópico e profético.