sábado, 30 de junho de 2018

Conversas Improváveis (28) - Genitalia

Sem nada faz-me quase lembrar uma criança....
Concordo a 100%
E cada vez há menos (mulheres) a optar por não ter nada. Vejo bem isso no ginásio!

Foto emprestada da net




CTT - Um Serviço de Merda (3)

Encomenda enviada de Lisboa no dia 1 de Junho. Chegou-me no dia 18. Onze dias úteis depois!! O pagamento foi feito para chegar até três dias úteis. Só demorou quatro vezes mais. De uma empresa num setor estratégico que enquanto pública era considerada uma das melhores do mundo, num ápice, é privatizada e o serviço muda da água para o vinho e é a pouca vergonha que se vê. 
Renacionalização para quando senhor António Costa?



Na Riqueza Confiamos



Quando o dinheiro comanda o jogo, reduz a vida
Reduz a perspetiva
Se é demais nunca é suficiente
Por mais que ganhemos, por muito mais ansiamos

Estamos à procura de prazer
O nosso mundo está cheio de ambição
Tudo o que fazemos é em excesso
Somos viciados em sucesso

Todas as nossas emoções são pensadas
Somos cuidadosos com o que amealhamos
Pedras e metais preciosos
O nosso poder cresce, é natural

Se a fé tem uma utilidade é para nos fazer acreditar
A honradez está do nosso lado
Não temos nada a esconder
Do nosso objetivo, da nossa luxúria
Na riqueza confiamos

Dinheiro, prosperidade
A riqueza tem autoridade
(tradução livre)

"In Gold we trust "/ Samael / 2011


domingo, 24 de junho de 2018

Gatos na Cidade (2)




# Gatos na Cidade I

A Tampa Que as Mulheres Deixam Sempre Levantada!


Acabava de estacionar junto da Biblioteca. Ela tinha ido às aulas nas Belas Artes. Fiquei a ler um pouco d' A Virgem de dezoito quilates. De repente olho e.... a tampa! Ela deixou-me  a tampa do vidro da pala-sol levantada! Oh não, abri uma Caixa de Pandora, afinal também há uma tampa que as mulheres deixam levantada! Se me incomodou? Absolutamente nada, eu nem conduzo daquele lado nem nada!

Sim. As generalizações são uma coisa tramada. 

O País está de Luto - Quem nos Vai Divertir Agora?



Hoje é um dia muito triste para o país. O homem que nos divertia a todos quase todos os dias foi destituído. Maldita democracia! Quem é que nos vai divertir agora? De que é que os jornais e televisões vão agora falar durante o dia todo? É uma catástrofe. 

Algum partido, por favor, alguém com dois dedos de testa que nos salve a todos. Contratem Bruno de Carvalho para deputado antes que morramos todos de tédio. É que  se a Seleção de Futebol não for à final do Mundial este vai ser um Verão muito penoso.

É a comoção geral. As pessoas estão tristíssimas. É o desespero. O Grande Líder foi destituído. Quem nos vai divertir agora?

Contradições: Riqueza ou Tranquilidade - Afinal o que Querem as Pessoas?

"Entramos num templo e temos dois sítios para queimar incenso. Num diz "Enriquecer" e no outro diz "Tranquilidade e Paz e Saúde". No início da década de oitenta, portanto na fase inicial de reforma e abertura, o local para fortuna estava cheio. O local para a tranquilidade e uma vida em paz estava praticamente sem nenhum incenso. Porque, como as pessoas eram todas pobres, esta ideia de paz e tranquilidade não tinha qualquer significado. 

Hoje, se entrarmos num destes templos, vemos que há mais incenso na parte que pede Paz e Tranquilidade do que na parte que pede Fortuna porque, hoje em dia, a maior parte dos chineses já têm uma vida relativamente próspera." 


Yu Hua, autor do livro "China em dez palavras" no programa A Força das Coisas de Luís Caetano, com tradução de Tiago Nabais na Antena2. 



O que eu acho é que as pessoas sentem sempre falta de algo, nunca se dão por contentes com a vida que têm,  e assim sendo, anseiam por algo que as vá preencher e lhes vá dar sentido à vida. Mas quando têm aquilo que tanto desejavam, como que por magia perdem o encanto, e afinal chegam à conclusão que estão infelizes de novo. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

"Quem é que põe dinheiro num país dirigido por Comunistas e Bloquistas?"

A direita e a extrema-direita portuguesa (que às vezes se confunde e confundem as pessoas), sempre fizeram a propaganda de que um país dirigido por gentes de Esquerda afastam os investidores. Mas será mesmo assim ou afinal ou é propaganda barata como afirmar que os comunistas comem criancinhas ao pequeno-almoço? A notícia é de ontem e desfaz todas as dúvidas.

Portugal (segundo o estudo da EY) é agora considerado o país mais atrativo da Europa para investir no curto prazo. Propaganda barata portanto.



Mas quem é que o afirmava todos os dias que com uma coligação de Esquerda ninguém investiria em Portugal e que vinha aí o Diabo? O nosso saudoso mentiroso compulsivo Passos Coelho. Falhaste em toda a linha - "Levar Portugal a sério?" - A sério Passos? Mas é preciso ter memória (algo que as pessoas não têm) mas eu não me esqueço. 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Por Que é Que os Pobres Nunca deixarão de Ser Pobres

"Ignorância é Força"

Desde que há documentos escritos, e provavelmente já desde o fim do Neolítico, existem no mundo três categorias de pessoas: a Alta, a Média e a Baixa. Estes grupos têm-se subdividido das mais diversas formas, foram-lhes atribuídos variados nomes, e a sua proporção numérica, bem como as atitudes recíprocas, variaram de época para época; a estrutura fundamental da sociedade, porém, nunca se modificou. Mesmo depois das maiores convulsões, das mudanças aparentemente mais irreversíveis, acabou sempre por restabelecer-se idêntico modelo, tal como um giroscópio volta sempre ao ponto de equilíbrio por muito bruscamente que o desloquem nesta ou naquela direção. 

Os objetivos destes três grupos são absolutamente inconciliáveis. O objetivo da classe Alta consiste em permanecer onde está; o objetivo da Média, em trocar de posição com a Alta. O objetivo da classe Baixa, quando algum objetivo tem - pois a caraterística persistente da classe Baixa resume-se a ser de tal modo oprimida pela dureza do trabalho, que só de vez em quando toma consciência daquilo que é exterior à sua vida quotidiana -, consiste em abolir todas as distinções criando uma sociedade onde todos os homens sejam iguais. E assim, ao longo da Historia, se repete vezes sem conta uma luta, nas suas grandes linhas, sempre a mesma. Passam-se longos períodos em que a classe Alta se julga firme no poder, surgindo logo um momento em que os seus elementos perdem a confiança uns nos outros, ou a capacidade governar com eficiência, ou ambas as coisas. São então destronados pela classe Média, que, no seu fingimento de estar a empreender a luta pela liberdade e pela justiça, consegue o apoio da Baixa. Mas mal atinge os seus objetivos, a classe Média volta a empurrar a Baixa para a antiga servidão, e converte-se ela própria em Alta. Ao fim de algum tempo, a nova classe Média se formou, a partir de um dos outros grupos, ou de ambos, e tudo recomeça. Das três categorias, só a Baixa nunca consegue, ainda que temporariamente, atingir os seus objetivos. Seria exagero dizer que ao longo da História não tenha havido um certo progresso material. Mesmo hoje em dia, no atual período de declínio, o ser humano vive, em média, materialmente melhor do que vivia há alguns séculos. Mas nenhum acréscimo de riqueza , nenhum abrandamento dos costumes, nenhuma reforma ou revolução fizeram recuar um milímetro sequer na desigualdade humana. Do ponto de vista da classe Baixa, as mudanças históricas pouco mais representaram do que a mudança de nome dos chefes.

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro / George Orwell / 1949


O Ser Humano está Sempre Pronto a Fazer Mal a Outro Ser Humano

Qual terá sido a grande lição que retirou desta grande cobertura de terramotos, por exemplo, até conversações de paz. 
Que lição é que retira enquanto jornalista?

Que o ser humano está sempre pronto a fazer mal a outro ser humano. Eu vi isso em zonas de conflito e vi isso infelizmente em zonas de desastres naturais. Por exemplo, creio que foi em El Salvador, pouco tempo depois de um terramoto, apareceu um gangue de colombianos a vender os caixões a dez vezes o preço normal, obrigando as pessoas a sepultar os seus entes queridos em sacos de plástico numa vala comum como se fossem lixo. Noutra ocasião venderam a água a dez vezes o preço normal às pessoas que tinham sido vítimas de um terramoto. Na Nicarágua o presidente a roubar dinheiro que foi dado para a recuperação de um furacão (...) e o presidente achou que a melhor maneira de gerir o dinheiro que tinha sido dado para a recuperação do país era uma parte ficar para ele. E podíamos estar aqui o dia todo com exemplos destes. 

O ser humano está sempre pronto a fazer mal a outro ser humano, é uma das lições. 

Luís Costa Ribas no programa À volta dos Livros da Antena 1. 

E se fossem 629 cães que andassem à deriva no Mediterrâneo?



Nos últimos dias 629 pessoas andaram à deriva no mar Mediterrâeno. A Itália fascista, curiosamente a mesma Itália católica apostólica romana, temente a Deus e que se orgulha de ter o Papa em Roma, de imediato recusou-se acolher estes seres humanos. Seguidamente Malta, lavando as suas mãos, também fez o mesmo com a desculpa que deveriam ser os italianos a deixar atracar este navio nos seus portos. 

Enquanto isto, em Portugal falava-se de algo muito mais importante que a vida de 629 pessoas. Falava-se de Bruno de Carvalho. As sucessivas conferências de imprensa ; as rescisões dos jogadores do Sporting; a vida pessoal de Bruno de Carvalho; até parece que se separou apontava o escarro jornalístico mais vendido no país.

A minha pergunta é: e se em vez de 629 pessoas fossem 629 cães que precisassem urgentemente de ajuda? Pois certamente seria uma enorme comoção mundial com os países a guerrear entre si para ver quem ficaria com os cãezinhos e todas as pessoas chocadíssimas por estares a maltratar cães. 

Afinal por estes dias só andaram 629 pessoas à deriva no Mediterrâneo. 629 vidas humanas. Que é que isso interessa afinal? Alguém já sabe mas é o onze inicial que vai jogar contra Marrocos?


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Coisas que me Lembram de Ti

Foto emprestada da net
Bem sei que já te diziam que eras muito parecida com a Cristina. Até eu mesmo te surpreendi quando viste que eu tinha um poster da Cristina na garagem e te disse que também já tinha pensado nisso. Mas olha que, e não é de agora, que eu acho que és muito mais Ana que Cristina. Sim, a sério! Ou então, isto foi só desde o dia em que apanhei um valente susto, em que estava na bicha de um posto de combustível e olho para a minha direita e vejo-te na capa de uma revista! "Ui, que é que ela está a fazer numa capa de revista? Estarei a ver bem?" 

Acho que isto faz parte do processo, ou pelo menos do meu processo. Já tenho obrigação de o conhecer bem. É uma espécie de stress pós-traumático depois do fim de uma relação e em que se continua a gostar muito da outra pessoa. E agora que penso até nem é uma coisa que se fale muito, ou eu pelo menos nunca ouvi falar. Mas existe e pode ser muito complicado para ultrapassar. Afinal, não são só os ex-combatentes de guerra que ficam com traumas. E eu até estou em crer que a maioria dos traumas e os mais complicados que as pessoas carregam ao longo da vida, foram vividos na infância. E certamente que depois dum evento emocional fortemente traumático podem ficam sequelas para o resto da vida. (Coitadas daquelas crianças que o cabrão daquele filho-da-puta do Trump está a separar dos pais). E como é que não podiam ficar traumas, se uma das coisas mais fortes que emocionalmente experienciamos na vida é o amor? 

Ainda que, no meu caso e em boa verdade, esse stress pós-traumático se tenha transformado noutra coisa qualquer, uma vez que, ver-te nos mais variados sítios é sempre motivo de sorriso e de quase galhofa. Sim, também se pode ter transformado em loucura, é bem verdade!

Mas é claro que eu sei perfeitamente que, por exemplo, continuar a ver o teu carro em todo o lado não é nenhum sinal do Universo... Para ser honesto, e aqui que ninguém nos lê, se calhar acho que é... Se calhar também pode ser sinal que têm de existir muitos carros iguais ao teu, mas significa também que os meus olhos ignoram a maioria dos carros e só reparam em alguns. E os nossos cérebros fazem isso inúmeras vezes, mesmo que seja sem nos apercebermos, E não raras as vezes só vemos o que queremos ver. E três anos depois, ainda ver ainda o teu carro em todo o lado, significa só que, mesmo passado todo este tempo, e mesmo depois de me ter voltado a deixar encantar de novo por outra pessoa, tu continuas muito presente nas minhas memórias. Porque há coisas que não se esquecem, e mesmo que eu conseguisse, na verdade também não me quereria esquecer de ti.

domingo, 10 de junho de 2018

Por Favor Não Matem os Velhinhos


No Sport Lisboa e Benfica Não Há Sacos Azuis


Passei a semana fora. Quase nem soube do que se passou em Portugal e no mundo (e não devo ter perdido grande coisa). Mas iam-me chegando ecos da imprensa dando conta que havia um saco azul no Benfica. Só podem ser notícias falsas e uma clara difamação vinda de uma mente muito tortuosa. É mais do que óbvio que a existir algum saco no Benfica certamente que não é azul. Será sempre vermelho, na melhor das hipóteses vermelho e branco. 

Da Infantilização das Crianças

"Hoje em dia, e vou dizer uma coisa que não sei se será muito bem vista, mas eu acho que se infantiliza demais as crianças até muito tarde. Por outro lado dá-se-lhes muita responsabilidade muito cedo. Que é que eu quero dizer com isto? As crianças são dependentes em tudo ou quase tudo dos pais, quase até irem para a faculdade. Arrumar o quarto, levantarem-se, pôr a mesa, fazer comida, coisas básicas do nosso crescimento. Aquelas dores de crescimento que todos temos que ter, eu acho que os pais hoje em dia parece que querem retirar essas dores de crescer mas eu acho que se não vierem no tempo que têm que vir (não sei qual será) elas vêm mais tarde. Mas vêm sempre.

E eu acho que essa infantilização depois reflete-se também na escola. Os meninos chegam à escola hoje em dia, à escola primária, e quando vão à casa de banho, os professores têm que os ir ajudar a limpar o rabito quando eles vão fazer cocó. E isto, eu não tenho memória, da minha escola primária, o meu professor ou a minha professora me irem limpar o cocó. E isto a mim faz-me um pouco de confusão. E depois isto vai passando até à idade do 5º ano quando eles já saem da escola primária, daquele protetorado, da professora que eles até tratam por tu, "olha, ó professora, tu e coisa e tal..." e vão para um admirável mundo novo, que deixa de ser um admirável mundo novo porque eles estão por conta própria quase. Mas, eles estão no admirável mundo novo, mas sem saber exatamente onde é que estão. Eu acho que não conseguem de facto dizer onde é que está Portugal no mapa porque essas informações não lhes foram dadas. 



Há pouca informação que foi dada às crianças para elas crescerem. É-lhes dado muita informação tecnológica, e coisas do ter. Ter. Ter coisas. Ter coisas. Ter. A filosofia do ter tira-me um bocadinho fora do sério. Mas às vezes coisas banais... Eu tenho um sobrinho que está na escola primária, e eu dei-lhe este Natal uma coisinha, um jogo, que não era tecnológico, onde ele tinha de ir lá com uma canetazinha, e ligava-se uma luz se ele dava a resposta certa. E isto incluía corpo humano, geografia, sei lá, etc, essas coisas todas que fazem parte de nós nos acrescentarmos enquanto pessoas desde pequeninos. E, se por um lado infantilizamos muito as crianças nesta coisa de aprenderem, de se aprenderem também, por outro lado queremos que elas tenham uma vida ocupada de horários como os adultos. Eu acho que isto é um contrassenso absoluto. 

Susana China no programa Encontros Imediatos / Antena 1

domingo, 3 de junho de 2018

O Homem é Escravo do que Fala


E Jesus disse em Maio de 2012:

"FC Porto? Quem chega ao topo não quer andar para trás!"

Hoje ficamos a saber que, depois de três anos no Sporting sem nada ganhar, Jesus vai agora treinar um clube de que nunca ouvi falar. Jesus, que gosta de citar filósofos como Pascal ou Confúcio devia também ler as sábias palavras de Freud:

"O homem é dono do que cala e escravo do que fala".


Viaduto do Cais das Pedras

Há uma ponte no Porto de que ninguém fala. É uma ponte original. Por norma as pontes ligam duas margens. Esta é especial. Esta ponte dá para o mesmo lado da margem.


3 de Junho de 2018: 1º Dia Mundial da Bicicleta

Não importa o estilo. O que importa é que se pedale.






Imagens via Pinterest

sábado, 2 de junho de 2018

Entrevista a uma Mulher que Gosta de Pornografia

A grande generalidade das pessoas, a começar pelos homens, tem a ideia estereotipada de que as mulheres não gostam e por isso não vêem pornografia. Muitas pessoas acham, erradamente, que pornografia é sinónimo de coisa de homens, um produto consumido quase em exclusivo por eles, isto apesar de cada vez mais frequentemente serem divulgados estudos que provam precisamente o contrário. Já se sabe, por exemplo, que as mulheres consomem cada vez mais pornografia e um estudo recente veio mesmo demonstrar que as mulheres já vêem mesmo mais pornografia que os próprios homens nos telemóveis. E eu mesmo ao longo a minha vida conheci diversas mulheres, mais ou menos jovens, e que sei perfeitamente que sempre consumiram muita pornografia. Tal como também, conheci  várias mulheres que, por exemplo, nem sequer se masturbam. E foi por saber que muita gente tem essa perceção errada da realidade, que me surgiu a ideia de entrevistar uma mulher que consume bastante pornografia, se calhar bem mais do que muitos homens juntos!

Não esperem por uma coisa extraordinária, afinal, eu nunca tinha entrevistado ninguém, e ainda por cima quem me conhece pessoalmente sabe que eu nunca fui de fazer muitas perguntas. Ainda assim isto foi algo que me divertiu fazer, e quem sabe se até no futuro não surjam novas entrevistas sobre diferentes temas.


Convidei então a French Lady para me responder a algumas perguntas e que talvez possam ajudar a desvendar um pouco mais deste mundo secreto das mulheres. Ela simpaticamente de imediato aceitou o desafio. Como é óbvio quisemos manter a sua identidade sob anonimato, mas para ajudar a traçar o seu perfil, posso-vos dizer que é uma mulher casada, heterossexual, e que está na faixa etária entre os trinta e os quarenta anos de idade. É licenciada e trabalha num escritório.

Comecemos então pelo início. French Lady, tens ideia com que idade é que começaste a ver pornografia? Queres contar como é que foi?

Tudo começou por acaso, naqueles dias sem aulas da parte da tarde, em que um grupo de raparigas se juntou em casa de uma e tropeçamos numa velha cassete de VHS.

E o que é que te chama mais a atenção na pornografia? São os atributos físicos dos atores, é a performance; são os diálogos!? É o guarda-roupa? É o quê?

O que me puxa é a historia do filme em si, não ser sexo por sexo, dou muito valor a atores bem vestidos, uma boa representação do papel em si (e não falo do sexo!!) gosto muito de nos dias de hoje encontrar excertos ou peças de filme que tenha visto quando era mais nova e recordar.


Tens categorias de vídeos pornográficos preferidos ou consomes vídeos pornográficos à toa?

Vintage, italianos, alemães franceses.

E o que é que é há de diferente entre a pornografia dos anos oitenta e noventa para a pornografia que se faz agora?

Hoje em dia o pessoal so gosta do caseiro porque dizem ser caseiro, mas a má qualidade e a péssima performance tira a "pica" toda de se apreciar o filme. Sem duvida o porno de finais de oitenta, noventa e 2000 são dos melhores.

Eu tenho colegas que sabem os nomes e seguem até determinadas atrizes (passo a vida a ouvir falar no Cu-de-Melancia!)  Tu também tens atores ou atrizes preferidos, ou não ligas nenhuma a isso?

Não ligo mesmo… existe um ou outro que me recordo apenas para reviver velhas películas (risos).

Tens ideia quantos dias por semana vês pornografia?

Não tenho dias certos, talvez no mínimo 1 a 2 vezes por semana gosto :)

Sendo tu uma mulher casada, que terá certamente um homem sempre à disposição para te satisfazer, queres-me explicar a necessidade que sentes para ver pornografia? Ou a pornografia é uma rotina como quem vê todos os dias a novela da noite?

São coisas diferentes, sexo/ amor e masturbação, são ambas importantes no meu ponto de vista.


É já uma espécie de vício, como quem tem de comer chocolate todos os dias ou serve muitas vezes de motor de arranque para te masturbares? É frequente masturbares-te enquanto vês pornografia ou até é algo esporádico?

Gosto de ver e apreciar, e serve sempre para uma boa masturbação (riso)
Pode acontecer, como pode também não acontecer nada depende da qualidade e da sorte desse dia, há dias em que não se vê um filme de jeito!

Conta aqui aos seguidores-fantasma deste blogue, que tipo de relação tens com o teu marido para as pessoas entenderem. É uma relação tradicional, baseada na fidelidade; ou é uma relação aberta em que cada um pode pode ir petiscar ao restaurante que lhe apetecer?

Tradicional! Fidelidade, respeito, mas não se cruza o risco. É importante o balanceamento na relação caso contrario não funciona.

E o que é que tu dirias aquelas mulheres que acham que os maridos as estão a trair quando os apanham com a boca na botija vendo pornografia?

Não tem nada a ver. Não vivemos enclausurados, somos todos livres dentro do bom senso, e a ver pornografia não arrancamos bocado a ninguém nem ninguém nos arranca bocado.

Tu e  o marido vêem pornografia juntos, ou a pornografia funciona para ti como um refúgio e um mundo secreto?

Se calhar calha, mas não é frequente. Considero mais aquele teu tempo particular de qualidade ao qual o teu corpo merece.

Se é um mundo mais secreto: não receias ser descoberta?

Não há receios desde que tenhas os teus limites bem definidos e em ocasião alguma os ultrapasses.

Outra questão. Vocês mulheres, à semelhança dos homens - e eu ainda me lembro de, de manhã chegar ao trabalho e ter o e-mail cheio de pornografia enviada por colegas de trabalho - vocês mulheres também partilham vídeos pornográficos, ou ainda funciona tudo em segredo de justiça?


Algumas!! (Risos) As mulheres também tem o seu tempo de extravaganza.

Sinceramente: que é que achaste desta minha ideia parva de te entrevistar?


Simpática.

E para terminar...  Frech Lady, o que é que diz a tua vagina?

Não me diz nada!!

Ah ah ah!! Muito obrigado pela disponibilidade. Foi um prazer perder a minha virgindade como entrevistador contigo! Espero que tenha sido tão prazeroso para ti como foi para mim, e claro, desculpa a minha inexperiência! Para a próxima será melhor certamente!