sábado, 30 de setembro de 2017

Ide todos Buzinar pró Caralho

Há diversas situações em que as pessoas julgam que a lei como que se suspende e pode ser infringida livremente só porque...Sim! E uma dessas situações com que ainda à pouco me deparei são as buzinadelas por parte dos condutores. A Lei do Código da Estrada diz que:

Artigo 22.º Sinais sonoros
1 - Os sinais sonoros devem ser breves.
2 - Só é permitida a utilização de sinais sonoros:
a) Em caso de perigo iminente; 
b) Fora das localidades, para prevenir um condutor da intenção de o ultrapassar e, bem assim, nas curvas, cruzamentos, entroncamentos e lombas de visibilidade reduzida.
3 - Excetuam-se do disposto nos números anteriores os sinais de veículos de polícia (...)
7 - Quem infringir o disposto nos números 1 e 2 é sancionado com coima de € 60 a € 300. 

Via Google
Não, no Código da Estrada não diz aqui nada sobre se poder buzinar à vontade quando se vai em romaria num casamento! Será que as pessoas acham mesmo que, só porque vão em grupo, todas muito bem vestidas, a celebrar o casamento (ou enforcamento) de duas pessoas, como que existe uma exceção na lei para poderem buzinar livremente? Não, não há! É proibido buzinar mesmo quando vão em caravana para um casamento, antes ou depois do sim dos noivos!

Não. Também não diz aqui nada sobre ser permitido buzinar só porque o vosso clube foi campeão nacional de futebol ou de outra modalidade qualquer! 

Não. Também não há exceção nenhuma - aliás é expressamente proibido - buzinar dentro de túneis! Mas as pessoas parece que sofrem de um tique incontrolável, e sempre que passam, por exemplo, pelo Túnel da Ribeira no Porto, e mesmo com um sinal de proibição de buzinar, têm de buzinar, só porque parece muito fixe fazer um enorme cagaçal, e os peões que lá vão a passar quase ficam surdos. 

E não, também não diz nada no código da estrada, sobre o último dia de campanha eleitoral. E era à pouco, ouvir as caravanas dos partidos, ainda por cima, depois das dez da noite, todos a buzinar como se não houvesse amanhã. Estamos muito mal, quando até os candidatos às autarquias, por ignorância ou intencionalmente, não cumprem a lei. 

No meio disto tudo eu pergunto: o que é que a policia anda fazer?  

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Última Hora: Passos Coelho aconselha Voto nos Partidos de Esquerda!!

"Imagine que esta estratégia corre bem. Que é possível devolver rendimentos às pessoas, de forma mais rápida que o senhor pretendia, e ao mesmo tempo cumprir os limites orçamentais. Se isso acontecer tira ilações e demite-se?

Com certeza! Passaria a defender o voto no Partido Socialista, no Bloco de Esquerda e no Partido Comunista.
(Passos Coelho / 1 de Março de 2016)


- Menor défice da democracia Portuguesa
- Maior Criação de Emprego dos últimos 17 anos
- Maior Investimento das duas últimas décadas
- Maior crescimento trimestral do PIB dos últimos 17 anos
- Portugal saiu do Lixo

Isso Passos, faz campanha pelos partidos de Esquerda. Mas por favor, não te demitas. A tua constrangedora incompetência diverte-me. Depois to título do Pior Primeiro-Ministro de Sempre, és agora o Pior Líder da Oposição de Sempre, que não tem uma ideia para o pais, e que só sabe dizer que vem aí o Diabo. Olha, o Éder escreveu um livro (ou escreveram por ele) que se chamava "VAi tudo correr bem", tu podes aproveitar e escrever o "Vai tudo correr mal"! Mas não te demitas. Quero-te ver arder em lume brando, até seres verdadeiramente queimado pelos teus pares. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os Bons Exemplos na Estrada

"Há uns tempos fui atrás de ti e tu dás os piscas todos. Até dás pisca se te desviares de uma folha...." 

É interessante analisar como até os comportamentos corretos incomodam as pessoas. Ser um cidadão cumpridor é censurável. Repugna. 

Pois eu há muito que digo que é um desperdício que as marcas de automóveis os fabriquem e enviem para Portugal com piscas. Para quê? Podiam fazer umas edições especiais, só para o nosso país, mais baratas e tudo que a malta agradecia, em que os carros vinham de fábrica sem piscas. Era espetacular, até porque os piscas em Portugal só têm uma utilidade: usá-los quando se está mal estacionado! 

Via Google
Acho que os portugueses pensam que ninguém tem nada que saber para onde é que vão. É o efeito surpresa! E nem de propósito, e isto é absolutamente verdade, vinha hoje a chegar a casa, e vai-me uma mulher, talvez na casa dos cinquenta, sempre pela esquerda, numa estrada de dois sentidos! e eu quase a ultrapassá-la pela direita de tão devagar que ela ia! Lá deixo a mulher voltar à direita, e de repente, cem metros à frente, começa a afrouxar, e para-me de repente! E ali fico eu, feito estúpido, emparedado entre ela e por um carro atrás de mim. Dei-lhe uma valente buzinadela e ao passar por ela, vejo-a inclinada, como se estivesse a apanhar qualquer coisa do chão. Mas usar pisca para sinalizar a manobra? Não é preciso, ninguém tem de saber o que a mulher vai fazer!

E a maioria dos portugueses são assim. Ninguém tem nada que saber se vão virar à direita ou à esquerda, ou se vão parar de repente! Dar pisca porque se contorna um carro estacionado? Nem pensar! Os outros que estejam atentos, se não virem e se se esbardalharem? Olha, azar! Toda a gente sabe que tem de sinalizar as manobras para prevenir acidentes, mas os idiotas, são pessoas como eu, que cumprem escrupulosamente o código que aprenderam na escolinha de condução e que permite que nos consigamos entender nas estradas.
Lembro-me até de, quando certa vez, no ex-grupinho de amigos, começarem a tentar gozar-me quando disse que fui para o Algarve a 120/130Km/hora. "Ninguém vai para o Algarve a essa velocidade"! "Ninguém vai"... e como ninguém vai, vamos todos fazer - mal - o mesmo! Por que é que os comportamentos errados são tão mais fáceis de imitar, ao passo que fazer o que é certo é tão difícil? 

E lá está, os que agem bem são os que não dão piscas, os que não param nos STOP, os que conduzem enquanto falam ao telemóvel, os que atualizam a rede social no semáforo ou até lêem mesmo o jornal em cima do volante (como ainda vi nesta semana) ou que bebem até cair e vão conduzir. Os que nem acendem as luzes quando com o nevoeiro não se vê nada à frente dos olhos. As luzes de nevoeiro, essas ligam-nas de noite, que é para dar mais luz! 

Num país de assassinos na estrada, quem age mal é quem tem respeito por um código que todos aprendemos, para que nos possamos entender nas estradas e quem tem respeito pela vida dos outros. Os outros, toda essa cambada de idiotas que andam nas estradas como se fossem circuitos de automobislismo, onde quase vale tudo, esses é que são os bons exemplos. 


Artigo 21.º Sinalização de manobras 
1 - Quando o condutor pretender reduzir a velocidade, parar, estacionar, mudar de direção ou de via de trânsito, iniciar uma ultrapassagem ou inverter o sentido de marcha, deve assinalar com a necessária antecedência a sua intenção. 
2 - O sinal deve manter-se enquanto se efetua a manobra e cessar logo que ela esteja concluída. 
3 - Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de € 60 a € 300.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Anónimo

"Jonson, aproxime-se.
Sabia que a árvore genealógica da minha família é a mais antiga do que qualquer outra família do reino? Combatemos em Crecy, Bosworth Field, Agincourt. Quando herdei o meu título, era um dos homens mais ricos de Inglaterra. No fim da minha vida,serei um dos mais pobres. Nunca tive voz no governo. Nunca ergui a espada numa gloriosa batalha. As palavras... as simples palavras serão o meu único legado. Só você vê as minhas peças e sabe que são minhas. 
Quando ouço os aplausos...os vivas do público, as mãos a aplaudir... sei que aplaudem outro homem. Mas naquela...cacofonia de sons, esforço-me por ouvir apenas duas mãos. As suas. Mas nunca as ouvi. Nunca me disse...nunca... me disse o que achava do meu trabalho. 

Acho... as suas palavras... as mais...maravilhosas...jamais ouvidas no nosso palco. Em qualquer palco. Desde sempre. O senhor...é a alma dos nossos tempos.


Prometa-me, Jonson... que guardará o nosso segredo que não vai denunciar Shakespeare. 
- Vossa senhoria...
- Já o vi na sua cara. Ele envergonha-o. Como podia não o fazer. Mas ele não é fardo seu. É meu. 
Tudo o que escrevi...as minhas peças, os meus sonetos... mantenha-os em segurança.Esconda-os da minha família. Os Cecil. Espere uns anos e depois publique tudo. 
Vossa senhoria, eu... não sou digno dessa tarefa. Eu traí-o. Contei-lhes da sua...
A tarefa da minha vida foi conhecer o carácter dos homens, Jonson. Eu conheço-o. Pode ter-me traído...mas nunca trairá as minhas palavras. 

Anonymous / Roland Emmerich / 2011

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A Clarividente

"Clara era uma aparição de rendas brancas de Chantilly e de camélias naturais, 
libertando-se como um periquito feliz dos nove anos de silêncio, 
dançando com o noivo debaixo dos toldos e lampiões, 
alheia por completo às advertências dos espíritos que lhe faziam sinais desesperados
 por detrás das cortinas, mas que no meio da multidão e do barulho ela não via."

Para mim ler sobre a Clara é quase como ler sobre Ti, apesar de tão diferentes serem uma da outra. É ler também sobre as várias pessoas que fui e vou conhecendo ao longo da vida e que são uma espécie de tinha telefónica para o mundo espiritual. Dizem, não sei se é verdade ou não, que todos nós temos essa faculdade, de nos conetarmos com o lado de lá da linha telefónica, mas comigo, e acredito que seja o caso da maioria das pessoas, a linha nunca funciona. Esses serviços de valor acrescentado estão barrados e quando se tenta ligar nunca dá qualquer sinal.

O meu anjo da guarda ou os meus guias espirituais, se é que os tenho, ou seja lá quem for que eu possa ter e que esteja do lado de lá e me queira ligar, na esperança de me alertar para algo, todos eles, bem que podem tentar, podem até gritar bem alto, que sabem que irão estar a gastar o seu latim inutilmente, pois eu não os vou conseguir ver, ouvir ou sentir. A linha do telefone está sempre interrompida. Daí que eu ache que essas almas perdidas que andam por aí, contactem precisamente quem saibam que à partida possa atender o telefone. E nem de propósito, neste exato momento, alguém bateu aqui, como se tivesse pegado num martelo, e dado com bastante força no teto desta casa. Talvez só se quisesse só fazer notar, ou então, fazer parte deste texto. É muito comum aqui, está sempre a acontecer, mas eu não sei o que eles querem. Eu só ouço as pancadas. A mensagem, essa,  nunca me chega porque a linha do telefone está cortada.

E talvez até possa parecer estranho a quem me conhece hoje, com esta idade, mas eu, ainda jovem, creio até que foi em dois períodos diferentes da adolescência, peguei na bíblia, como que, tentando que se fizesse alguma luz. Acho que tentava dar uma oportunidade a Deus, na esperança de que aquilo fizesse algum sentido para mim. Mas feliz ou infelizmente, aquilo para mim nunca fez qualquer sentido. Parecem umas historizinhas de horror e de arrepiar, para assustar meninos mal comportados. E acho que não me levarás a mal, se eu te disser que aquele, não é, definitivamente, o meu Deus. Sorrio agora, lembrando quando no início me disseste que eras uma mulher de fé, da religião católica e que querias casar pela igreja. Sorrio também, quando penso que acabaste a concordar comigo. A grande maioria dos padres são mesmo uns grandes filhos da puta!

Virei-me então para outros lados, e cedo comecei também a interessar-me por temas místicos. Fui lendo bastante sobre muitas coisas diferentes e prestando sempre muita atenção, sempre que me contavam histórias de espíritos, de bruxarias, de invejas e maus olhados. E depois, como sabes, também passei por umas coisitas. Nada que se compare a quem tem sempre rede no telefone onde quer que vá, mas serviu para reforçar as minhas convicções e para tentar começar a formar a minha própria opinião de como talvez as coisas se passem. E sem nada saber, que é precisamente o que eu acho que sei sobre o assunto - nada - fui no entanto, começando a ter alguma sensibilidade para a coisa, essencial para perceber melhor com o que me vim a confrontar mais à frente.

E ler sobre a Clara é também ler sobre Ti. Relembro quando me dizias que eles te alertavam acerca de mim, tal como no passado te tinham alertado para outras coisas mais. E eu sei que eles nunca te falharam. Nem falharão. E eu dei voltas e mais voltas à minha cabeça. Quase em desespero. Revoltado. Por que é que eles não queriam que te entregasses a mim? Porquê, se ninguém como eu te queria tanto bem? Eu sei que há coisas que estão para além do nosso entendimento. Do meu entendimento, até do teu, e do de toda a gente. E tu podias não me ter dito nada. Talvez a sensatez te devesse aconselhar a nada me dizeres, até porque não sabias como eu reagiria. Mas tu, sempre com uma honestidade e sentido de justiça notável, contaste-me. E depois eles são eles, e tu és tu. E és tu que tens de viver a tua vida por ti, tomando as tuas próprias decisões, para o bem e para o mal. Os nossas pais também acham sempre que sabem o que é melhor para nós. Muitas vezes talvez até saibam, mas temos de ser sempre nós a tomar as nossas decisões. O nosso livre-arbítrio como tu dirias.

E tantas vezes que me tu disseste que eras uma mulher normal, uma pessoa comum, igual a todas as outras, talvez por eu te colocar num patamar acima de mim na escala da evolução espiritual. Mas a minha admiração e fascínio por ti, tu sabes muito bem ao que se devia. Tu estiveste lá também, viveste as coisas como eu. Disseste-me até que nunca tinhas sentido nada assim. Tantos anos depois de teres nascido, tantas pessoas com quem te cruzaste nesta vida, e aceitaste conhecer a primeira pessoa, vinda lá desse mundo perdido que é a Internet, e disseste-me que nunca tinhas sentido nada assim. E eu também não. "Isto foi um reencontro" disseste-me. Era a tua energia que sempre me puxou para ti, que junto com a minha energia me fazia brilhar. Sempre foi a nossa energia. Sabes que nunca teve nada a ver com a tua clarividência. Aliás, sabes o que te disse, quando te ofereceste para me iluminares o meu futuro. Disse-te que não queria saber de nada. E nunca nada te pedi, só te pedi mesmo, já em desespero de causa, que ficasses comigo... Mas se calhar já não tinha de ser, disseste-me.

Mas revoltava-me saber que eles te alertavam contra mim. Eu poderia não ser o melhor para ti, aceito isso com humildade. Eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo. Mas também deveriam saber que ninguém te quis ou quererá tanto, mas principalmente te quererá tão bem, quanto eu te quis. Eu pelo menos tenho sempre de acreditar nisso. E eu sei que eles nunca te falharam, nem falharão. Talvez outros planos te estivessem destinados, e eles só te estivessem a guiar. Não sei. Mas ninguém nunca te pôde querer tanto bem como eu quis. E continuarei, sempre, a querer-te bem. Talvez porque haja coisas que estão para além da nossa compreensão.

Mas se havia coisa que me deixava feliz, era saber que tu sabias. Nós podemos tentar mostrar e dizer a outra pessoa o quanto gostamos dela, mas se não sentirem, tudo se torna quase num ato de fé. Afinal pode não ser bem assim. Podemos estar a confundir as coisas... Mas no nosso caso tu sabias. Tu sentias! E certa vez, contaste-me. Eu apareci-te mesmo, junto a ti, na tua cama. Eu saí de mim, e mesmo não sabendo onde tu vivias,  apareci-te... E para mim, isso só pode ter sido qualquer coisa de muito especial...

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Na Soleira da Porta

Era na soleira das portas 107 ou 101 que eu gostava de me sentar enquanto esperava pela camioneta. Por vezes lia o jornal, pelo menos o Blitz lia todas as terças-feiras e que custava menos de cem escudos, ou comia um Bolicao que comprava no quiosque da esquina da rua Barão de São Cosme. E foram muitos anos a sair de manhã na última paragem, e entrar nessa mesma paragem ao fim da tarde, no autocarro que me levaria até casa, quarenta e cinco minutos depois, se corresse tudo bem. Mais tarde os autocarros haveriam de passar para o Central Shopping e com eles levaram toda a vida daquela rua. Mais tarde, também este centro comercial haveria de morrer. 

E claro que hoje, quando passei por lá, me lembrei de muitas coisas. Inevitavelmente lembrei-me de ti também. Para mim é inevitável lembrar-me das pessoas que foram importantes para mim, e de todas as memórias que determinados locais carregam. E se tu estiveste presente durante cerca de uma década na minha vida, é normal para mim que me lembre de ti. 


E naquele tempo, disseste-me depois quando nos conhecemos, reparavas muito em mim quando me vias. Mas em boa verdade, também é preciso dizer que toda a gente reparava! E se não era por me achares um deus grego (dessa nunca me vou esquecer!) seria certamente por eu me sentar na mesmíssima soleira que tu mesma também gostavas de te sentar. E eu achei muita graça a esse detalhe. Sabes que eu hoje acredito que determinadas pessoas que vamos conhecer no futuro, muito antes disso já nos andam a rondar. Muitas vezes passam nos mesmos caminhos, vão aos mesmos eventos que nós, e vê lá tu, que às vezes, até já nos andam a ler há anos! No fundo essas pessoas e nós, andamos à espreita de aproveitar uma oportunidade que o destino nos der. Acho que tem um pouco de destino e um pouco de livre-arbítrio talvez. 

E foi ali, junto a uma daquelas soleiras (acho que ainda te consigo ver e estavas de pé) quando ainda não nos conhecíamos, que me viste - e eu sei porque nesse mesmo momento também eu te estava a ver pelo canto do olho - e ouviste o Mota chamar-me por aquele nome, pensando tu que eu seria assim tratado pelos colegas. E acabou por ser esse nome, depois por mim adaptado, que haveria de dar origem ao meu primeiro pseudónimo, e que, ainda hoje, parte dessa palavra (Königvs) ainda uso. 

Tempos depois haveríamo-nos de nos cruzar por mera casualidade, certamente num evento previamente cozinhado pelo destino. Destino e livre arbítrio como te digo. O destino fez-nos esbarrar um no outro. Tu decidiste fazer-me uma pergunta...

domingo, 17 de setembro de 2017

Varinhas Mágicas & Cantores Românticos

Sabes qual é a origem da palavra Sofisticado?
Enganar, falsificar, corromper.




Fernando - quem é que ganhou as eleições autárquicas em 1998 no concelho de Gondomar?
Major Valentim Loureiro.
E qual é que foi o grande trunfo da campanha do Major?
Oferecer eletrodomésticos e bilhetes de graça para os concertos do Toni Carreira.
Varinhas mágicas e cantores românticos. Uma fórmula imbatível.

País Irmão / RTP

Ponte do Infante - Antes e Depois



VC JÁ VIVEU UM AMOR IMPOSSÍVEL?


Como Surge a Simpatia pelo Discurso Xenófobo e Racista

"O que é que nós temos vindo a verificar?
Nós temos vindo a verificar que tem vindo a atingir o poder ou a ficar muito perto de o atingir, gente, com um discurso, de uma violência, duma xenofobia extraordinária. E nós muitas vezes interrogamo-nos: mas como é que isto é possível?
E temos muito a ideia que, aquela gente, só pelo seu carisma, convencem as pessoas disto e daquilo. É infinitamente mais complicado. Porque o que acontece é que, o maior sucesso dessas pessoas é, no meio de outras, que têm um mal estar larvar, que encontra - digo eu - uma falsa resposta nas promessas dessas pessoas. 


As pessoas sentem-se rejeitadas. As pessoas têm falta de emprego. As pessoas sentem-se ameaçadas num processe que é clássico, o ser humano pelos outros, que é: a vida corre-me mal, de quem é a culpa? É muito mais fácil que a culpa seja de um tipo que tem uma cor diferente. E agora aparece alguém, que vem confirmar digamos assim, essas nossas teorias e diz: se nós nos livrarmos do Outro, nós voltamos ao paraíso perdido. Que é outra das táticas, que é dizer, antigamente é que era bom. E portanto, não é nada de admirar, que haja terreno fértil, para que determinadas ideias (muitas vezes nem são ideias, são puramente slogans) possam medrar, e levar a que se ganhem eleições.

Júlio Machado Vaz / O amor é... / 16/9/2017

sábado, 16 de setembro de 2017

As Mulheres Já Não se Arrepiam

"Eu é que não tenho pelos, senão estava toda arrepiada."

Enquanto ela dizia isto, pensava eu, como de facto já muito poucas mulheres devem ficar arrepiadas, com pele de galinha e com os pelos em pé...



Obrigado Diabo!

“Gozem bem as férias que em Setembro vem aí o diabo”
(Passos Coelho / 21 Julho 2016)



quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Eleições & Futebol

Ao que parece, vale o que vale, mas vinha hoje a notícia no Diário de Notícias, que o governo socialista prepara-se para proibir jogos de futebol ao domingo de eleições. Parece que a culpa para termos mais de 50% de abstenção dos eleitores é do futebol. Mas assim sendo eu deixo aqui mais algumas sugestões para os dias de eleições, que, para beneficiar sempre os patrões, até são sempre ao domingo:


- Proibir o bom tempo em domingo de eleições. Dia de sol incentiva as pessoas a irem passear. Isso não é bom para as eleições. A partir de agora o São Pedro passará a estar obrigado, por decreto-lei, a dar tempo cinzento e com chuviscos em todos os domingos de eleições. Mas não muita chuva, nem muito frio, não vão as pessoas serem incentivadas a passarem o dia enfiadas na cama a aquecerem-se.

- Proibir a televisão e a rádio, e obrigar as empresas de comunicações a desligarem o serviço de televisão e internet em casa.

- Proibir a missa dominical, os casamentos, batizados e funerais em domingo de eleições, aliás, o melhor mesmo é fechar as igrejas todas e cemitérios a cadeado. 

- Proibir qualquer festinha ou arraial lá da terra

- Encerrar todos os museus, parques, jardins, teatros e cinemas e proibir a ida à praia

- Encerrar todos os centros comerciais 

- Fechar todos os postos de combustíveis

- E porquê só proibir o futebol? Proibir também todo e qualquer evento desportivo! Proibir tudo que possa permitir distração!

Proíbam tudo e mais alguma coisa. Nós não precisamos de melhores políticos, de políticos decentes e honestos, nem de políticos com quem as pessoas se identifiquem, para que as pessoas não continuem cada vez mais  afastar-se da política. Nem precisamos de educação política e de educação para a cidadania. O que precisamos mesmo é de não ter futebol em dia de eleições! Sim, porque quem vai ver um jogo às seis da tarde não pode votar de manhã!

Por mim até podem proibir o futebol porque não dou um cêntimo que seja para a causa, e acho verdadeiramente vergonhoso o estado a que a coisa chegou. Mas depois, é tão engraçado ver como os políticos se servem do futebol. Ele é nas televisões ou nas rádios a fingirem-se de comentadores desportivos para granjearem simpatias. Ou nas bancadas dos jogos importantes, lá estão eles, ao lado dos presidentes dos clubes para serem vistos, ou então a faltarem às sessões no parlamento para verem jogos (muitas vezes com viagens pagas por empresas como a GALP) para verem os jogos da seleção. Ou quando a seleção vai para uma qualquer competição, lá estão os políticos, a receber a seleção de futebol, que nunca sequer foi campeã do mundo, ao contrário de muitos outros atletas ou desportos, e que não têm, nem nunca tiveram o mesmo tratamento. Mas depois, servem-se também do futebol, como desculpa para a incompetência própria por não cativarem as pessoas a votar. Vão-se mas é foder todos. 

domingo, 10 de setembro de 2017

Vê Mais Longe a Gaivota que Voa Mais Alto


Ó Judite, Escreve 500 Vezes Florida para ver se Aprendes!

Descascava e ia comendo castanhas. Ao longe ouvia na televisão a Judite de Sousa na TVI, pronunciar Florida como se fosse uma palavra esdrúxula: fló-ri-da. Estou a ver que para ela os jardins são todos muito fló-ri-dos! Que ridículo Judite! E que grande pontapé na gramática! E ainda falam no Jorge Jesus! Só que há uma grande diferença: o Jesus é treinador da bola, não tem obrigação de saber falar corretamente português, enquanto tu és uma jornalista. Uma jornalista de competência duvidosa no meu entender, mas que ao menos deveria falar bem a sua língua, senão, ainda menos credibilidade tem!  


É que, que os meus colegas de trabalho tenham todos, teimado comigo que era flórida - afinal eles tinham um argumento de peso!: toda a gente diz flórida! boa! - ainda estou como o outro, afinal, também nenhum deles fez nenhum curso de comunicação social, e por outro lado, ainda não se mentalizaram que, quando eu afirmo algo é porque estou 100% seguro do que estou a dizer. Agora jornalistas a dizer disparates para toda a gente dizer como eles dizem?! Haja paciência!

Ó Judite, escreve mas é 500 vezes para aprenderes: "A palavra Florida é grave e pronuncia-se flurida".

Mas se tens dúvidas no que estou a dizer - afinal que sei eu de português? - olha, faz como eu e vai ao Ciberdúvidas que eles explicam lá tudo!

É Mais Fácil Viver com uma Mulher que se Sente Amada

Então porque não a deixas?
Quem?
À Edith.
- E ia deixá-la porquê?
Por estares apaixonado por outra.
Não estamos na Idade Média...
- Tem acontecido, homens têm deixado as mulheres por outras e sido felizes.
Até começarem a enganar a nova.
Pois, tu é que sabes...
- Contigo não vale a pena falar.
És amoroso de mais para foder sem sentir amor, certo? Portanto comer outra era prova de que não amas a Terry?
Tens falado com a minha amante?
Olha, ama todas as que puderes. E os teus filhos, a tua mulher, mantém a harmonia. E uma vez, só por uma vez, tenta foder alguém só por te saber bem. A tua mulher bem pode estar a viver segundo esses princípios...


Precisava que fizessem amor comigo. Tu já não fazes amor, já só me fodes. Sentei-me nos degraus e o Hank deu-me a mão. E ouviu-me. Ouviu-me enquanto eu falava desta merda de casamento. E disse que se sentia chegado a mim. E fiquei feliz por o ouvir. E feliz por fazer amor com ele, por um minuto senti-me tão estupidamente feliz... Até que pensei em ti. E só me apetecia estar aqui contigo e voltarmos ao que éramos e voltar para esta cama, para o meu marido e para os meus filhos, que é o meu lugar...
Sentimentos realmente admiráveis Terry.
Neste instante eu amo-te, talvez mais do que há anos. Mas estou furiosa, Jack, estão tão fodida...Porque tu preparaste isto tudo, e é claro que aconteceu! E não sei mais o que irá acontecer.
Vais voltar a vê-lo?
Credo, eu sei lá...
Então, está acabado? É o que estás a dizer?
Que se passa nessa cabeça? Para ti fazer amor é como fumar?
É...
- O quê? É uma promessa.
Prometeste-lhe que o voltavas a ver?
Não tive de dizer nada, abrir as pernas já é uma promessa.
E ele também não disse nada? Alguma coisa deve ter dito.
Tu estás a adorar isto...Queres pormenores?
Primeiro demos umas voltas. Depois pôs-me uma mão na mama. Quase me vim, mal me tocou.
E sabes o que aconteceu depois? Fodemos como doidos. E sabes que mais? Eu vim-me antes dele. E da segunda vez, estava eu por cima, olhei-o bem nos olhos e disse-lhe que o amava.
Bom, já chega. Chega.
Devias estar a partir-me os dentes, mas qual quê? Tu não, porque tu gostas. Queres ver-nos Jack? Queres assistir?
Fode quem e quanto queiras, mas poupa-me é as tuas estúpidas noções sobre a alma de um homem que nunca compreendeste. Porque são idiotas!
Estúpidas noções sobre a alma de um homem que não compreendo? Coitadinho...Falas e falas até achares que te conheces, mas olha, sabes? És um porco. Vou dormir; temos dois filhos que daqui a pouco acordam e pequeno-almoço é coisa que não lhe dás.
Eu dou-lhes, deixa que dou.
Ora aí está uma coisa que me podes ajudar...
Infelizmente com o meu outro problema já não podes. É que eu já não sei bem o que fazer...Amanhã que faço, digo ao Hank "Obrigadinha mas aquilo foi ontem, hoje é hoje e não sei se quero foder mais?Admitirás que até o adultério tem de ter alguma moral? Portanto vou ter de pensar bem.

We don't live here anymore / John Curran / 2004

sábado, 9 de setembro de 2017

Esta Noite foi Assim

Uma noite. Três mulheres. Vinte e quatro anos. Todas diferentes. Todas especiais. Como especiais são todas as pessoas com todas as suas especificidades diferentes. O reencontro. O interesse desinteressado em simplesmente estar com quem gosta da nossa companhia. E não será a isso que se chama amizade?

O cansaço de mais um dia de oito horas de trabalho. Lavar a loiça. Deitar o lixo no ecoponto. A gata castrada. Bipolar. O banho. A intimidade. O secador. O cabelo oleoso. A roupa de veludo. O frio lá fora. Duas camisolas de manga curta teve de resolver o problema. Uma-por-cima-da-outra. O estacionamento caótico na baixa do Porto numa sexta-feira à noite. O passo apressado. O restaurante turco. A pronúncia impercetível do rapaz ao balcão. Os molhos. O concerto. O lado do Palco. Comer. Sentados tranquilamente em cima do muro da câmara municipal, defronte para o palco. A amiga delas. 



"E eu disse: mas o que é que isso interessa? E tu disseste: nada"

Não deveria ter pedido picante no Nº. 2 do menu. A boca a arder. 

"Vamos em frente
Olho por olho
Dente por dente 
Ó capitão"

O bolo alimentar preso no duodeno. A necessidade urgente de beber. O público. As gentes alternativas. As caras. As mulheres bonitas. Os homens. Os novos penteados. Como gosto de ver a carneirada toda igual. O cão de focinho aguçado e de rabo por entre as pernas. 1,50€ era o preço de uma garrafa de água na tenda da Superbock. Deambular pela cidade. As conversas sobre os edifícios. Sobre o trabalho. É a profissão delas. A exploração. Os maus salários. Pausa. O bar tinha um mocho na porta. Era um Bufo-real. Tinha muitos mais mochos lá dentro. O conforto. A meia luz ambiente. O empregado com barba à Fidel Castro. A confiança no malabarismo com o guardanapo preto que só depois percebi que não era uma base de copos. E como me senti muito mais confortável por pagar 1,60€ por uma água, mas no conforto de um bar onde se pode falar, sem ser aos berros. As conversas interessantes, e o conforto de estar com alguém que pensa como nós. As histórias mirabolantes. Alguém que dá uma esmola a uma pessoa que julga ser um pedinte e é alguém com uma licenciatura. As aparências iludem. Como eu sei que iludem. E como as pessoas gostam de ser iludidas. O porta-velas era um mocho, branco, cheio de orifícios, pequenos losangos por onde passava a luz. O pentagrama. As conversas ao lado. As cortinas a fecharem-se atrás de mim. E tudo acaba quando as cortinas se fecham. A chuva miudinha. A despedida. O regresso muito ensonado a casa. E esta noite foi assim.


Tiago Capião / Pesadelos de Peluche / Mão morta / 2010

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Inveja é uma Coisa muito Feia

De repente toda a gente se lembrou de falar da Autoeuropa. Parece que os trabalhadores estiveram em greve. E se há uma ou outra pessoa que a ouço defender os trabalhadores, outros há, a maioria, que fazem deles uns abusados, uns idiotas que não sabem o que é melhor para eles, e que não sabem ver que já ganham muito dinheiro e mais não sei o quê. Sim, como se quem os critica, fosse algum exemplo, e passasse constantemente a vida a dizer ao patrão que está a ganhar demais, e que, se tivesse oportunidade de ganhar mais algum recusasse.

Na verdade eu raramente gosto de atafulhar a memória do meu cérebro com informação inútil, e este é um desses casos. Não trabalho na Autoeuropa, estou-me a cagar para a greve, para o que os alemães lhes propuseram. Simplesmente não me interessa. Mas as pessoas querem logo saber! Ultrage! Há gente a ganhar muito mais do que! Esperem, para tudo! Mas só agora descobriram que na empresa que mais dinheiro ganha em Portugal se ganha bem? É que então estavam muito mal informados!

Mas no entanto, depois de tantas manifestações contra os trabalhadores, que não roubaram nada a ninguém, nem foram eles que quiseram mudar as regras do seu contrato a meio (foi a empresa!), pergunto então, a todos aqueles que são trabalhadores como eu, se isso tudo é só inveja? Porque se não é, parece! Parece que caiu o Carmo e a Trindade quando descobriram que são trabalhadores a trabalhar numa linha de produção e que ganham tanto dinheiro. No entanto, e contra os tipos que nem falar sabem, e que simplesmente dão uns chutos numa bola e que ganham numa hora aquilo que os trabalhadores da Autoeuropa ganham num mês, contra isso já ninguém se insurge! Ah, malandros daqueles trabalhadores que deveriam ganhar menos do que eu! 
É que, para mim, é muito feio estar do lado do patrão em vez de estarem do lado daqueles que são trabalhadores como nós. É que, entre uns e outros eu defendo a minha classe, defendo os meus, não defendo aqueles que muitas vezes querem pagar pelo meu trabalho, o mínimo possível. Mas e se fosse convosco nas vossas empresas? Estou a ver que rapidamente vergariam o cuzinho e aceitariam tudo o que vos propusessem.

Então, se não estão por dentro da situação, se não sabem o que é estar na pele deles, então, não julguem os outros. Ainda por cima eu sempre ouvi dizer que quem está de fora racha lenha. E parece-me mesmo muito feio, que, sem conhecerem minimamente a realidade, estarem do lado dos que estão do outro lado da barricada, quando um dia poderá ser com vocês, e gostava de saber o que fariam.

E sabem que mais? A inveja é uma coisa mesmo muito feia. 

Amor em Ruínas


domingo, 3 de setembro de 2017

Atropelar a Língua Portuguesa é Cule

Acho que até hoje nunca me pronunciei aqui no blogue sobre o acordo ortográfico. E para não variar a minha opinião não seria a da maioria. Aliás, neste caso nem se trata da maioria, porque tenho ideia, que 99% das pessoas - vinte anos depois do acordo ter sido assinado, é que se deram conta que a grafia já tinha mudado há muito - e estavam todos contra.

Contra, simplesmente porque há uma coisa que se chama resistência à mudança e então tudo que seja mudar, é muiiiiito chato para as pessoas. Quantas vezes ouço dizer que o Facebook mudou uma vírgula, e os utilizadores manifestam-se violentamente contra nas redes sociais? Porque estava tudo tão bem sem alterações! Parece que o mundo vai acabar para os facebuquianos! Por outro lado, o ser humano tem uma enorme capacidade de adaptação, daí termos proliferado tanto no planeta. Será que as pessoas ainda se lembram do Escudo? Ninguém queria mudar para o Euro! Ninguém. Mas hoje, se formos pela rua, e perguntarmos a dez pessoas diferentes se querem voltar ao Escudo, essas dez pessoas dirão que não querem ficar sem o Euro. E porquê? Não, não é porque o Euro é uma moeda que nos beneficia, porque como é sabido só nos prejudica visto que temos uma moeda que vale duzentas mais do que a nossa economia, é termos uma moeda de ricos quando somos muito pobres, mas as pessoas não quereriam voltar à nossa moeda,  porque sas pessoas detestam mudar.

E se há coisa a que acho muita graça, é ouvir toda a gente - não conheço uma só pessoa que me tenha dito: "olha que boa ideia que tiveram, lá nos anos 90 do século passado, terem uniformizado a língua" - e então, toda a gente manifestou-se radicalmente contra o acordo ortográfico, mas depois, por outro lado - generalizadamente! - cada vez mais, toda a gente, em cada três palavras que usam, uma é em inglês! Deixem ver então se eu percebi, retirar umas consoantes mudas que ninguém pronuncia é um absurdo, mas estar sempre a usar anglicismos, quando para cada uma dessas palavras temos uma palavra em português, isso já é defender a língua portuguesa! Olha que grande coerência! Como se diz agora em bom português: Uotéber!

E há algum tempo, comecei a anotar todas as palavras que ouvia, principalmente na rádio, mas também de colegas, e de conversas que ouvia, e comecei a anotar no telemóvel. Entretanto peguei nesse telemóvel antigo, e encontrei a lista, que é a seguinte:

Highlight   Globetroter   Selfies   Croudfounding   Gaming   Follow up   Draft   Subscription   Flirtar 

Mainstream   People   Cloud   Teasing   Voucher   Big Data   Retro Game   Multiplayer   Oldschool

Top   Mind Grames   Backlog   Sweg on   Delay   Playlist   Mister   Spin Off   Stalker   Foil   Vintage

Track Number   Nerd Budget   Pre Match   Soft   Standards   Outsiders   Show Case   Respect   

Front Man   Repeat   Remake   Sketch   Know How   Headphones   Outdoor   Flash Interview

E para cada uma destas palavras em inglês, existiria sempre uma ou mais palavras, em português, para dizer exatamente o mesmo. Acho que é mesmo caso para dizer, como se ouve por aí, mesmo nos órgãos de comunicação, como até no Telejonal da televisão pública: atropelar a língua portuguesa é muito cule!

sábado, 2 de setembro de 2017

Conversas Improváveis 13

"Ao menos tu tens muita sorte, porque tens mulheres que gostam muito de ti. Não te querem só conhecer para te levar para cama."



De facto, pensando bem, ser abordado por mulheres que só me quereriam usar para as foder à grande, isso deveria ser uma coisa mesmo muito desagradável e traumatizante de se viver...


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A Luz no Fim do Mundo

"É triste saber como o amor jovem morreu
Para saber disso, sozinho, alguém chorou.
Mas as nossas memórias são para guardar
Para vivê-las novamente, no nosso sono."

Basicamente a história que quis contar é um grande poema e quando ouvirem o disco, as letras que eu canto são apenas uma pequena parte desse poema, porque foi impossível incluí-las todas (de qualquer das maneiras o poema está todo impresso no disco).
O poema conta a história de dois amantes que se separam. A mulher infelizmente morre e o homem fica tão amargurado pela dor, que um dos deuses apercebe-se de que realmente tinham cometido um grande erro ao levá-la para longe dele. Então, o Deus vem cá abaixo e diz: "Eu posso oferecer-te um acordo se quiseres passar mais uma noite com a mulher que amas, mas terás de sacrificar a tua vida. Terás de passar o resto dos teus dias numa ilha, no fim do mundo, só, apenas por ti." O homem diz que sim, que se sacrifica. Um dia depois ela regressa e passam uma fantástica noite juntos... e adormecem. Quando acorda o homem está numa ilha distante  completamente sozinho, mas não se arrepende, porque foi ele que decidiu e sabe que valeu a pena. Depois de imensos anos naquela solidão, ele receia ficar louco e sabe que precisa de acabar com a sua vida, pois não pode continuar mais. Então, chega à beira de um penhasco, no limite da luz, olha para baixo e reconhece que se vai atirar ao oceano. Quando levanta os braços estes transformam-se em asas e descobre que é um anjo. Já estava morto e não se tinha apercebido. É essa a imagem da capa. 
(Aaron, vocalista e líder da banda My ying Bride à revista Riff / 1999)

"The light at the end of the world" é uma música especial, tocada por uma banda especial. Pelo menos especial para mim, não fosse uma das minhas bandas preferidas. Talvez seja - quem sabe? - uma das melhores músicas jamais feita que narre o amor eterno. Porque para mim tem tudo. Um lindo poema, tocado por My Dying Bride, uma banda que canta as emoções, a dor e o sofrimento como poucos.









"The Light at The End of the World" / My Dying Bride / 1999