sexta-feira, 31 de maio de 2019

Vinte por Cento dos Fumadores Não Sabe Ler

Hoje, no Dia Mundial Contra o Tabaco, ficamos a saber pelo Destak que vinte por cento das pessoas que fumam no Mundo ainda não sabem que o tabaco pode provocar cancro no pulmão e os fumadores ignoram os riscos para a saúde. Ora, tendo em conta que à uns quantos anos que os maços de tabaco dizem "Fumar Mata" (entre tantas outras informações), não há segundas interpretações: 20% dos fumadores não sabe ler, além de não ver também televisão, nem ouvir rádio, nem usam a internet!


quinta-feira, 30 de maio de 2019

Estou Tão Cansado...


Tropeçando por caminhos estreitos. 
Com medo do que virá a seguir. 
Quando a escuridão se aproxima, 
Eu começo a correr. 
O que eu fiz para merecer 
Esta caça interminável? 
Eu nunca poderei voltar para casa. 
A minha existência está despedaçada. 

Quando eu paro para ofegar por ar, eu pergunto-me ... 
Pergunto quando minha ligação final poderá chegar. 
E se realmente vale a pena escapar. 
Estou tão cansado. 

Entre árvores e pedras. 
Em caminhos antigos, abaixo da minha realidade. 
É como se eu perdesse a chave da minha mente. 
Eu não posso mais me controlar. 
Não quero correr mais! 
Eu vou lutar contra meus demónios aqui mesmo. 

Quando eu paro para ofegar por ar, eu pergunto-me ... 
Pergunto quando minha chamada final poderá vir. 
E se realmente vale a pena escapar. 
Estou tão cansado. 

Querida criança, através dos horrores 
e do medo, desaparecerás. 
Desvanece-se para mundos 
distantes e vidas distantes. 
Como perdes o teu sofrimento, 
não há mais nada em que acreditar. 
A tua crença até hoje tem sido a vida. 
Agora a minha crença preencherá a tua alma, 
enche a tua alma com a morte. 

Quando eu paro para ofegar por ar, eu pergunto-me ... 
Pergunto quando minha ligação final poderá chegar. 
E se realmente vale a pena escapar. 
Estou tão cansado. 

Eu não corro mais, 
Fico firme e espero... 

Eu espero...

"A Lonely Passage" / Saturnus (2012)

Quais São os Partidos Não Populistas em Portugal?

Frase do Dia:

"Os partidos que não são populistas são os que não elegem deputados" 
(Konigvs)



Frases Inspiradoras que se Lêem na Net

Foto emprestada da net

"Quem não quer ter trabalho, gastar água e cortar relva, deve estudar outra solução para o espaço. 
Relva artificial é do mais piroso que há, é como mandar para um funeral flores de plástico." (Veloce)
Daqui

terça-feira, 28 de maio de 2019

Era Uma Vez Uma Rã Que Queria Ser Boi

Esta é a fábula de La Fontaine sobre uma rã que em Março de 2018 começou a inchar a inchar, para ver se ficava como um boi:



Um velho conhecido ainda tentou avisar a rã, que se continuasse assim a inchar ainda acabaria por rebentar....




Mas a rã não ouviu ninguém. E continuou a inchar, a inchar, achando mesmo que iria ficar do tamanho de um boi. E um ano depois teve o lindo enterro que se viu...




O funeral está marcado para as Legislativas de Outubro.

PAN: Quem Quer Ser Grande Tem Que Se Mostrar

"Em 2009, vegans e budistas new age, criam o Partido dos Animais. Só depois da fundação, o seu nome passou a incluir a natureza e ainda mais recentemente as pessoas. É um partido com uma agenda radical poucas vezes explicitada em público, e tem poucas relações com o movimento ecologista europeu. Pretende impor pela via política modos de vida e hábitos pessoais, indo até aos domínios mais íntimos como a dieta de cada um. Arranjou um deputado apresentável e esconde os restantes dirigentes. É o único partido partido português que faz os seus congressos totalmente à porta fechada. Nem o PCP.

O PAN é um partido animalista, nunca foi um partido ecologista. É um partido urbano em conflito violento com modos de vida rurais, avesso à conciliação e ao equilíbrio, e com relações próximas com grupos de ação direta. Ao contrário dos VERDES europeus, não é de esquerda nem de direita, desconfia do Serviço Nacional de Saúde e da medicina moderna e recusa em diversos domínios o discurso científico. O PAN é um movimento mais filosófico e religioso do que político. 

O PAN prepara-se para ter um papel importante nos equilíbrios políticos, podendo dar ao PS, em troco de quase nada, a maioria absoluta que lhe permitiria guinar de novo à direita. Está na altura de começar a ser escrutinado. Sugiro que comecem pelo seu programa. Por propostas como pôr as mulheres a usarem copos menstruais em vez de pensos ou de propostas municipais que apresentou que levariam a retirar os cães aos sem abrigo. Os jornalistas que falem com outros dirigentes para além de André Silva, que exijam assistir aos seus congressos. Quem quer ser grande tem que se mostrar. 



domingo, 26 de maio de 2019

O Sábio Basta-se a Si Mesmo

"Séneca é o exemplo de um espírito que tenta conciliar as ideias mais opostas que constitue o mundo,
e fá-lo, justamente, para que o mundo seja um lugar de encontro e não de discórdia (...)
De Séneca deriva uma atitude que representa um verdadeiro ensinamento:
saber enfrentar as contrariedades sem desalento, 
saber aceitar os reveses da fortuna,
assumir que a realidade não depende da vontade do indivíduo" 


"Tal não implica que, embora se baste a si próprio, ele não deseje ter um amigo, um vizinho, um companheiro. E até que ponto se contenta consigo mesmo mostra-o o facto de, por vezes, se contentar com uma parte de si. Se uma doença, se um inimigo lhe cortarem uma mão, se qualquer acidente lhe roubar um olho, ou mesmo os dois, ele contentar-se-á com o que lhe resta, e conservará tanta alegria de espírito depois de mutilado e estropiado como tinha quando possuía um corpo válido. No entanto, embora não se queixe da sua mutilação, prefere não a sofrer. É neste sentido que o sábio se contenta consigo mesmo: não que deseje, mas sim que possa prescindir de amigos. E ao dizer "que possa" entendo que suportará com firmeza de ânimo a perda de algum. Na realidade ele nunca estará sem qualquer amigo pois tem a possibilidade de rapidamente reparar a falta de algum. (...)


O sábio, embora se baste a si mesmo, deseja no entanto ter um amigo, quanto mais não seja para exercer a amizade, para que uma tão grande virtude não fique inativa; não (como na mesma carta afirmava Epicuro) "para ter alguém que  ajude na doença e no socorros se for encarcerado ou cair na miséria", mas, pelo contrário, para ter alguém a quem ajude na doença, alguém que, caso seja capturado, possa libertar das prisões inimigas. Quem só cuida de si e procura amizades com fins egoístas não pensa corretamente. Tal como começou assim acabará: arranjou um amigo para o auxiliar na prisão, mas assim que os ferros rangerem tal amigo evaporar-se-á! Amizades deste tipo chama-se-lhes correntemente "oportunistas"; alguém que seja tomado por amigo por motivo da sua utilidade deixará de agradar quando deixar de ser útil. Por isso mesmo grande cópia de amigos rodeia os ricaços, enquanto a solidão é apanágio dos arruinados; os amigos fogem de onde são postos à prova; daí todos estes exemplos de deserções ou traições ocasionadas pelo medo. Necessariamente nestas amizades o principio e o fim estão em completo acordo: quem começou por ser amigo por conveniência, deixa de o ser também por conveniência; qualquer interesse prevalecerá também contra a amizade se nela se procurar outro interesse que não ela própria.

"Para quê arranjar então um amigo?" Para ter alguém por quem possa morrer, alguém que possa acompanhar ao exílio, alguém por quem arrisque e ofereça à morte. Isso a que aludis e que tem em vista o interesse, que considera as vantagens práticas, isso não é amizade, é uma negociata!
(...)
"O sábio basta-se a si mesmo". Amigo Lucílio, muita gente interpreta incorretamente esta máxima, afastando o sábio do mundo que o rodeia e reduzindo-o aos limites do seu corpo. Por conseguinte é imprescindível distinguir bem o que significa, e qual o alcance desta frase: o sábio basta-se a si mesmo para viver uma vida feliz, não simplesmente para viver, na medida em que para viver carece de muita coisa, mas para ter uma vida feliz basta-lhe possuir um espírito são, elevado e indiferente à fortuna.
(...)
O sábio precisa das mãos, dos olhos, de muita coisa necessária à vida quotidiana, mas não carece de coisa alguma: carecer implica ter necessidade, ser sábio implica não ter necessidade de nada.
Por isso mesmo, embora se baste a si próprio, precisa ter amigos; deseja mesmo tê-los no maior número possível, mas não para viver uma vida feliz, pois é capaz de ter uma vida feliz mesmo sem amigos.
(...)
A sua cidade fora tomada, os filhos e a mulher pereceram, tudo era pasto das chamas; sozinho, e apesar de tudo feliz, Estilbão partia quando Demétrio, aquele que das cidades destruídas tomou  cognome de Poliorcetes, lhe perguntou se havia perdido alguma coisa. Resposta do filósofo: "não, todos os meus bens estão aqui comigo". Isto é que é ser um homem forte e indomável, capaz de vencer a própria vitória do seu inimigo! "Nada perdi", disse ele; e com isto forçou Demétrio a duvidar do seu triunfo.
(...)
Que importa, de facto, a situação em que te encontras, se tu a consideras má? "Como é isso? Então se um ricaço desonesto, se um homem senhor de muitos escravos mas escravo ainda de mais, disser: "eu sou feliz!", o facto de pronunciar esta frase fará dele um homem feliz?" Não, o que interessa não é o que ele diz, mas o que sente e o que sente continuamente e não num dia qualquer. E não receies que tão afortunada situação possa ser apanágio de um ser indigno: só um sábio se contenta com o que tem, todos os insensatos sofrem de descontentamento consigo mesmo.


Cartas a Lucílio (Carta 9) / Lúcio Aneu Séneca 

sábado, 25 de maio de 2019

O Livro Que se Tem Andado a Ler No Benfica...



Porque é que o FC Porto é Campeão e o Benfica Só Ganha Taças da Liga? Uma explicação económico-financeira de Domingos Amaral / 2012

E Pagam Multi-Salários?


Empresa procura empregado para Multi-Tarefas.
- E será que é para receber Multi-Salários?

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Declaração de Voto nas Eleições Europeias 2019




Não acompanhei grande coisa dos tempos de antena, mas fui acompanhando, na rádio pública, alguma coisa da campanha eleitoral dos diferentes partidos, tal como também acompanhei alguma coisa via internet.

Percebi que há partidos a quem ninguém disse que estas não são eleições legislativas, mas sim eleições para o parlamento Europeu. Ouvi constantemente os partidos de direita, PSD e CDS, a falar dia-pós-dia-após-dia em António Costa, nos incêndios, nos hospitais, mas pouco ou nada falaram sobre temas da Europa. No PS o próprio António Costa lembrou-se de dizer que as eleições europeias são uma espécie de referendo ao governo, como se uma coisa tivesse algo a ver com a outra. 

Por outro lado percebi que houve partidos a trazerem temas europeus para a campanha, e tentando evitar os degradantes ataques pessoais, que a meu ver só irão servir para aumentar ainda mais a abstenção.

E, apesar de eu nem democrata me considerar, vou votar mais uma vez nas eleições. No fundo porque, apesar de tudo, voto sempre e porque começo a achar que, para Portugal, é mais importante o que se passa no parlamento europeu do que o que se passa no parlamento português. 

E, se nas últimas eleições europeias, há cinco anos, contribui com o meu voto para a eleição da Marisa Matias, que, considero que terá sido a deputada portuguesa que mais se destacou pela positiva no parlamento europeu, desta feita considero mais importante ter uma pessoa de um outro partido, que um segundo ou terceiro deputado do BE. Porque aprecio o candidato Rui Tavares do Livre, e porque me parece uma pessoa que sabe muito sobre temas europeus, e, mais importante, porque me parece que tem muito boas ideias, que também vão de encontro às minhas, no próximo domingo eu vou votar no LIVRE para que o Rui Tavares possa ir para o parlamento europeu.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Pessoas Que Não Vemos Mas que Reparam em Nós Todos os Dias

Estava na dúvida. Vou ou não ao Lidl quando sair do trabalho? Nem sei. Vou ao de Avintes ou ao que fica aqui ao lado da empresa mas tenho que ir um pouco para trás? Saí, liguei o carro, e decidi virar para a esquerda e ir para trás, ao Lidl que fica perto da empresa. 
Entrei e não pude desde logo deixar de olhar para as plantas que estão, estrategicamente, expostas à entrada. E eu com as plantas sou pior que uma gaja na Parfoi, e rapidamente cobicei uma Lança-de-São-Jorge. Bom, deixa-me ir lá comprar o que vim comprar e no fim passo por aqui para levar a planta. E assim foi, com as compras feitas, regressei à zona das plantas para levar a plantinha e dirigi-me para a bicha da caixa de atendimento que entretanto se tinha formado. 



À minha frente, um senhor de cabelos brancos, apanhados por um pequeno rabo de cavalo que pareceu ter ficado a olhar para mim.

- Tu és lá dos meus lados (...)!
- Não estou a reconhecê-lo. O senhor conhece-me? Mas não! Sou de bem mais longe!
- Ah, é que tu passas por mim todos os dias, ali perto do Estádio, quando estou a tirar o carro da garagem! 

É muito curioso como, todos os dias, e por este ou aquele motivo, passamos por diversas pessoas nas quais reparamos, enquanto muitas outras, pelas quais também passamos todos os dias, mas que nos são invisíveis. E também nós seremos umas dessas pessoas, invisíveis para muita gente, enquanto que, outras repararão em nós. 

Já a senhora minha mãe, por causa da minha fisionomia, acha que eu sou muito conhecido e que muita gente me reconhecerá de vista. Sim, talvez... ou talvez não tanto assim.

- Pensei que trabalhasses na empresa de música, por causa do teu aspeto viril!

É bom saber que, afinal, ainda é possível travar amizades na bicha do supermercado. Travar amizades com pessoas que nos são invisíveis, mas que todos os dias reparam em nós. 

domingo, 19 de maio de 2019

Alphaville é um bom nome para um Motel

"
- Boa pergunta. Creio que foi o patrão que escolheu o nome. É preciso ver que os nomes dos love hotels não querem dizer nada. Afinal, trata-se de um local onde homens e mulheres se encontram para aquilo que toda a gente sabe. Tudo o que é preciso é uma cama e uma casa de banho. Toda a gente se está nas tintas para o nome, desde que lhes cheire a love ho. Porque perguntas?
- Ahphaville é o título de um dos meus filmes preferidos. De Jean-Luc Godard.
- Nunca ouvi falar.
- É um velho filme francês dos anos 60.
- Deve ser daí que vem o nome. Da próxima vez que estiver com o patrão, já lhe pergunto. Quer dizer o quê, Alphaville?
- É o nome de uma cidade imaginária do futuro - explica Mari. - Uma cidade algures na nossa galáxia. 
- Nesse caso, trata-se de um filme de ficção científica? Como A Guerra das Estrelas?
- Não, não tem nada que ver com A Guerra das Estrelas. A acção e os efeitos especiais são coisas que não existem. Como explicar? É um filme abstracto, mais conceptual. A preto e branco. Povoado de diálogos. Passa muito nos cinemas de arte e ensaio...
- Conceptual? E isso quer dizer o quê?
- Por exemplo, em Alphaville, as personagens que choram são presas e executadas em público.
Porquê?
Porque em Alphaville as pessoas não podem ter sentimentos profundos. Como tal, não existe amor. Assim como não há lugar para a ironia nem para a contradição. Tudo se resume a fórmulas matemáticas, de maneira concentracionária.
Kaoru franze a testa.
- Ironia?
- Ironia é quando as pessoas se observam a si mesmas e analisam os outros à luz de um olhar objetivo, para aí descobrirem o lado cómico e grotesto da coisa. 
A explicação de Mari deixa Kaoru pensativa.
- Não se pode dizer que compreenda lá muito bem - confessa ela. - Diz-me uma coisa: e em Alphaville, existe sexo?
- Sim, há sexo em Alphaville.
- Sexo não implica amor nem ironia. 
- É isso.
Divertida, Kaoru solta uma gargalhada.
- Pensando bem, Alphaville é um nome bem achado para um hotel de amor.   

After Dark - Os Passageiros da Noite / Haruki Murakami (2007)

Dinheiros Públicos Vão Ser Obrigados a Usar Chip

Imagem emprestada da net
Um dos principais problemas da economia portuguesa é a corrupção, a lavagem de dinheiro, a fuga ao fisco, o desvio de dinheiros públicos para o bolso dos privados. 

Em face deste cancro que nos torna a todos mais pobres, fazendo por outro lado engordar os mais ricos, e depois do escândalo das declarações de Joe Berardo na Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósito, a coligação de Esquerda no Parlamento acaba de fazer aprovar, à semelhança do que já se passa com os animais de "companhia", o uso do Microchip nos dinheiros públicos. 

A partir de agora facilmente qualquer empresário ou contribuinte que ande a criar Fundações para fugir ao fisco será apanhado. Toda e qualquer tentativa de lavagem de dinheiro será imediatamente descoberta e responsabilizará o seu verdadeiro dono. Todo e qualquer dinheiro público que for inadvertidamente parar ao bolso de qualquer empresário privado, de imediato será descoberto e será forçosamente obrigado a voltar à esfera pública.

Espera-se que, com esta medida os ricos comecem a pagar impostos e a economia portuguesa comece a crescer 50% ao ano. Em face disso já foi anunciado um salário mínimo de 1500€ mês bem como um aumento nos dias de férias, que passarão dos atuais vinte e dois para trinta e cinco dias. O horário de trabalho passará a ser de, tanto no público tal como no privado de cinco horas por dia.

sábado, 18 de maio de 2019

Qual o Partido com que Mais te Identificas nas Eleições Europeias 2019?

Vale o que vale (porque uma coisa são as propostas ou aquilo que os partidos defendem em teoria e depois o que fariam na prática), mas não deixa de ser curioso fazer o questionário do jornal PÚBLICO  e depois ver os resultados, sem estarmos condicionados por cores ou simpatias deste ou daquele partido ou  desta ou daquela pessoa. Os meus resultados fazem bastante sentido, situando-me mais perto do PAN,  LIVRE, PS e BE  e extremamente distante do populista-salazarista BASTA:


Espinho - Praia do Furadouro

Primeiro passeio de bicicleta do ano. Meti a bicicleta na carroça lá me fui encontrar com o meu amigo em Espinho, ainda que, em piscinas diferentes!!

- Já cheguei. 
- Eu também. Onde estás? 
- Junto à piscina.
- Eu também, em que zona?
- Junto ao mar.
- Mas eu também! Espera que eu vou dar uma volta e já te encontro. Afinal não.
- Tens a certeza que Espinho não tem duas piscinas?

Partimos de Espinho, com passagem pela Barrinha de Esmoriz e paramos no Parque do Buçaquinho. Por ali repusemos energias, que pedalar dá fome, e rumamos pela Ecopista do Atlântico até ao destino, na Praia do Furadouro. Depois foi fazer a viagem de regresso a Espinho.

Uma tarde bem passada e mais de quarenta quilómetros nas pernas. 





domingo, 12 de maio de 2019

Segredos duma Barba Bem Cuidada


 - Não usar champô.
- Não usar amaciador.
- Não usar máscara.
Não usar tintas.
- Não usar toalha.
- Não usar secador.
- Não lavar.
- Não pentear.

Coisas Que Me Lembram de Ti (3) - O Teatro


Uma cidade que tu gostas. Um filme que abortou antes de começar. Um dia de chuva miudinha. O surpreendente conforto da traseira duma carroça.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

O Mito da Monogamia

"No que respeita aos mamíferos, a monogamia é desde há muito reconhecida como uma raridade. Das quatro mil espécies de mamíferos, não mais do que algumas dúzias constituem pares estáveis, embora em muitos casos sejam difíceis de caracterizar com exatidão, já que a vida social e a vida sexual dos mamíferos tendem a ser mais furtivas do que as das aves. 
Na lista dos mamíferos monogâmicos encontramos muito provavelmente os morcegos (apenas algumas espécies) certos canídeos (raposas), alguns primatas, meia dúzia de ratos e ratazanas, diversos roedores sul-americanos, a lontra gigante da América do Sul, o castor do  Norte, meia dúzia de espécies de focas e um grupo de pequenos antílopes africanos. Uma lista miserável. (...)

sabemos agora que não é invulgar 10 a 40 por cento das crias de aves "monogâmicas" terem como progenitor um macho exterior ao casal - isto é, diferente do companheiro social identificado da fêmea em questão (...)

Mesmo antes do ADN, os estudos de grupo sanguíneo na Inglaterra mostraram que o pai presumível era o pai genético em cerca de 94% das vezes; isto significa que, para seis em cada cem casos, o homem que criou os filhos não é o seu pai genético. (...)

O efeito Coolidge é bem conhecido e tem sido confirmado em numerosos estudos de laboratório: ponham-se frente a frente, por exemplo, um carneiro e uma ovelha sexualmente recetiva, e é provável que dos dois copulem, tipicamente mais do que uma vez. Depois a frequência das cópulas diminui, geralmente de forma muito rápida. Mas substitua-se a fêmea por outra, e o aparentemente "exausto" carneiro fica - em certa medida - sexualmente revigorado. A novidade é estimulante

Quanto aos humanos, consideremos este relato de um homem da tribo africana Kgatla, descrevendo o que pensa sobre as relações sexuais com as suas duas mulheres:
Acho-as igualmente desejáveis, mas depois de dormir com uma três ou quatro noites seguidas, ao quarto dia já me cansou, e quando vou para a outra descubro que sinto uma paixão maior; ela parece mais atraente do que a primeira. Mas na verdade não é assim, pois quando regresso à primeira sinto a mesma paixão renovada. Não há razão para pensar que os homens que habitam as sociedades tecnológicas modernas sejam diferentes. Na verdade, a famosa equipa de investigação sobre sexo chefiada pelo Dr. Alfred Kinsey assinalou que (...)

A vigilância da parceira é também uma estratégia masculina comum entre os mamíferos, especialmente quando a fêmea está no cio. Uma vez mais, a finalidade é impedir as cópulas extra-casal (CEC). A vigilância da parceira é também generalizada, quase universal, entre essa espécie de mamíferos a que chamamos Homo Sapiens: um estudo antropológico, hoje clássico, registou que apenas 4 de 849 sociedades humanas não mostravam quaisquer vigilância da parceira, através da qual os homens controlam de perto as suas companheiras. (...)

Por outro lado, apesar de toda a sua lógica, a vigilância da parceira oferece-nos - assim como aos machos vigilantes - uma interessante ironia. O estratagema não seria necessário se os próprios machos não andassem a galantear aqui e ali, em busca de CEC. Se ninguém galanteasse, ninguém teria de vigiar as parceiras. (...)

(No que respeita ao tamanho dos testículos, os seres humanos situam-se algures a meio caminho entre o gorila poligínico e o chimpanzé promíscuo, o que sugere que somos moderadamente poligínicos. Adiante veremos mais - muito mais - sobre este assunto.) (...)



Por esta altura, deve ter ficado claro que os machos trabalham de um forma tremendamente árdua para obterem CEC e, igualmente, para evitarem que machos rivais as obtenham à sua custa. Para os animais, pelo menos, a razão subjacente a todos os estratagemas  - vigilância da parceira, devaneios amorosos e competição de espermatozóides - é o proverbial resultado final: não o lucro financeiro, mas um bónus evolucionário sob a forma de sucesso reprodutivo. O sucesso reprodutivo de um macho é gravemente ameaçado é gravemente ameaçado se a sua parceira pratica uma CEC ou - pir ainda - uma FEC (fecundação extra-casal). Para falar cruamente, não há vantagem nenhuma em criar os filhos de outrem. (...)

Sabemos desde há muito tempo que existe uma variação considerável no grau dos cuidados parentais masculinos; geralmente, os machos das espécies mais inclinados à monogamia têm probabilidade de ser bons pais. Recentemente, tornou-se claro que existe também toda uma gama de comportamento parental dentro da maioria das espécies. Os machos atraentes geralmente dispensam menos cuidados parentais, de forma que as fêmeas acabam por fazer relativamente mais tarefas maternas quando estão acasaladas com "machões". Esta tendência é captada no título aparentemente seco deste artigo científico: "O contributo paternal para a condição da descendência é previsível com base no tamanho dos caracteres sexuais secundários do macho". Quanto maiores são os caracteres sexuais secundários do macho, menor é o seu contributo paternal. É como se os machos machos desejáveis soubessem que são desejáveis e, por isso, inclinados a fazer render essa capacidade de atração; do mesmo modo, as afortunadas fêmeas que conseguem acasalar com tais garanhões tornam-se menos afortunadas quando se vêm sobrecarregadas com a maior parte das canseiras domésticas. (...)

As fêmeas dos primatas, por sua vez, evidenciam frequentemente um interesse particular em acasalar com machos que são "novos na vizinhança" (...) O equivalente humano - se é que existe - não está claro, mas o interesse e mesmo fascínio muitas vezes gerados pelos forasteiros, pelos recém chegados misteriosos, pode fornecer-nos uma pista. (...) A nível evolucionário, é pelo menos possível que esta "preferência pelo macho estranho" derive de um impulso para evitar a consanguinidade. Se for este o caso, o fenómeno não é assim tão estranho. (...)

Primeiro, notemos que o divórcio não é desconhecido entre os animais; tal como se formam, os pares podem desfazer-se e não apenas pela morte de um dos parceiros. (...)

Um dos fenómenos mais bem documentados no que toca à corte e seleção do parceiro no mundo animal (e humano) é o chamado "acasalamento combinativo", pelo qual os parceiros tendem a ser semelhantes (...) é notável o número de indivíduos que escolhem membros do sexo oposto semelhantes a si próprios. Seja em termos de estatura física, formação cultural, inteligência, inclinação política ou grau geral de beleza pessoal, as pessoas gravitam para parceiros que se assemelhem a si próprios.

Assim, como já vimos, as fêmeas escapam por vezes à vigilância  dos parceiros, envolvendo-se em CEC sempre que possível. Quando os papeis se invertem, o objetivo das fêmeas vigilantes é semelhante: impedir que os machos consigam obter parceiras - ou cópulas - adicionais. Desta perspetiva manifestamente sombria, a monogamia não deixa de ser, contudo, uma espécie de história de sucesso: cada um dos sexos é igualmente bem sucedido na arte de frustrar ou desejos do outro! (...)

Entre os mamíferos, consideramos já a possibilidade de o sincronismo menstrual constituir uma contra-adaptação das fêmeas à poliginia, tornando mais difícil a um único macho fertilizar - ou mesmo vigiar - todas as fêmeas férteis do seu harém. No sentido em que este sincronismo intensifica as oportunidades de CEC das fêmeas, a estratégia é provavelmente do interesse destas, mas contrário ao interesse dos machos. (...)

Como veremos, são avassaladoras as provas de que a monogamia não é mais natural para os seres humanos do que para os outros seres vivos. Primeiro voltemo-nos para a poligina.
As provas incluem o "dimorfismo" sexual combinado com a "bimaturidade" sexual. O dimorfismo ("dois corpos") refere-se ao facto de que machos e fêmeas são significativamente diferentes, não apenas nos órgãos genitais, mas também nos atributos corporais básicos, especialmente o tamanho. (...)
A acrescentar a isto em a prova da bimaturidade sexual, o fenómeno singular pelo qual as raparigas se tornam mulheres um ano ou dois antes de os rapazes se tornarem homens. Tal como o dimorfismo sexual, a bimaturidade sexual é um traço consistente que abrange toda a espécie. E, tal como o dimorfismo sexual, a bimaturidade sexual tem tudo a ver com a poliginia. (...)
Há ainda mais provas. Os homens são normalmente mais violentos do que as mulheres, o que é de novo um traço previsível do sexo mais competitivo, detentor de haréns.  (...)



Os Toda, um povo da Índia, por exemplo, não tinham a noção de adultério e até consideravam imoral um homem recusar a sua mulher a outro. (...)

Uma análise de 54 sociedades humanas diferentes revelou que, em nada menos de 14 por cento, quase todas as mulheres se envolviam em CEC, ao passo que em 44 por cento a proporção que o fazia era moderada, e em 42 por cento relativamente poucas - mas, mesmo assim, algumas - o faziam. É revelador comparar estes números com os das contrapartidas masculinas: quase todos os homens se envolviam em CEC em 13 por cento das sociedades, uma proporção moderada faziam-no em 56 por cento, e só uns poucos - mas mesmo assim alguns - faziam-no em 31 por cento. Em resumo, a análise transcultural dos índices de infidelidade mostra que as fêmeas e os machos são notavelmente semelhantes. (...)

A espécie humana é preferencialmente e biologicamente poligínica, mas também principalmente monogâmica e - quando as ocasiões se proporcionam - avidamente adúltera... tudo ao mesmo tempo. Não há nenhum modelo anima único que abargue toda a condição "natural" humana. Assim, nalgumas espécies, os machos buscam CEC; noutras são as fêmeas que o fazem. Qual é o modelo para os humanos? Provavelmente ambos. (...)

De acordo com Bertrand Russel, em Marriage and Morals,
A perspetiva cristã de que toda a relação sexual fora do casamento é imoral foi (...) baseada na perspetiva de que toda a relação sexual, mesmo no casamento, é deplorável. Uma perspetiva deste género, que vai contra os factos biológicos, só pode ser vista pelas pessoas sãs como uma mórbida aberração. (...)

O mundo tem uma adoração pelos amantes, e quanto mais profundamente ele ou ela amam, melhor. Não é comum falar-se de um "casamento apaixonado". Falamos, sim, de um bom casamento, de um casamento feliz, confortável ou compatível, mas raramente de um casamento apaixonado. Ou, pelo menos, não por muito tempo. "E viveram felizes para sempre." Está bem, pronto. Mas será que "viveram apaixonados para sempre"? Dificilmente. (...)

Habituámo-nos aos cheiros, aos sons, e mesmo às vistas, tal como quando deixamos de ver os quadros e fotografias com que decorámos as paredes da nossa casa. Uma forma de contrariar a habituação é mudar os estímulos: podemos estar habituados ao som do motor do frigorífico, mas quando este se desliga, ou muda de tom, voltámos subitamente a ouvi-lo. Algumas pessoas alteram periodicamente a posição dos quadros para poderem voltar a apreciá-los. Reordenar a nossa vida amorosa, contudo, é uma questão bem diferente. (...)

O Mito da Monogamia / David Barash & Judith Eve Lipton (2001)

terça-feira, 7 de maio de 2019

7777777 ou Quando Só Vemos o Que Queremos Ver

No dia 7 recebi o livro que me ofereceste. Reparei, por curiosidade, que o tinha acabado um mês depois, precisamente no mesmo dia 7. E há tanto tempo que andava para te dizer o que achei do livro, aquele que a autora tem o mesmo nome que tu, e penitenciava-me, porque, o tempo vai passando, passando, e até já passaram dois meses que o terminei. Que vergonha!
Talvez hoje, quando me apercebi que era dia 7, talvez fosse um bom dia para, finalmente, te dizer o que achei do livro. E estava, precisamente a escrever-te, dizendo o que achei do livro, quando é a minha vez de ser atendido. 

De papel na mão, dirijo-me ao balcão de atendimento olhando e sorrindo para os números, porque no dia 7, por ali cheguei às nove horas e 7 minutos, e o meu número era o dez mais 7...



Na numerologia o número 7 é considerado o número da perfeição e está associado (entre outras coisas) ao misticismo. 

domingo, 5 de maio de 2019

Rezemos Todos Pelo CDS de Conceição Cristas. Amén.

PSD e CDS Descobriram Agora na Oposição que São de Esquerda?

Esta semana aconteceu o insólito! 

PSD e CDS votaram ao lado de Bloco de Esquerda e PCP no parlamento, a favor da contagem integral de tempo dos professores. Tão preocupados que estes partidos de direita estão com os funcionários públicos!

- Mas será que já se esqueceram do que eles mesmos disseram em campanha eleitoral, e o que depois  fizeram mal tomaram o poder em 2011?



É uma pena que PSD e CDS só descubram a sua veia de Esquerda quando estão na oposição! Eu sugiro desde já, que proponham medidas no parlamento para que devolvam todo o dinheiro que roubaram enquanto eles mesmos foram governo! Isso é que era verdadeiramente coerente!



Há Profissões que Justifiquem Diferenças Salariais Tão Grandes?

Nos últimos tempos temos sido confrontados com sucessivas greves e contestações, em que diferentes profissões (maioritariamente vindas do setor Estado) reivindicam melhores salários. São os enfermeiros, os médicos, os professores, os juízes, etc. Na verdade é tudo gente que trabalha imenso e ganha muito pouco! Suponho que lixeiros, auxiliares, e indiferenciados ao serviço do Estado ganhem mesmo muito bem, porque desses nunca ouço dizer que estão em greve.  

E o que eu acho é que os salários deveriam ter diferenças mínimas. Sim, mínimas e não como se vê em Portugal, que temos das maiores diferenças salariais na Europa, e pelos vistos irão aumentar ainda mais.



“Ah, mas eu sou juiz, tive que aprender a aplicar a lei da idade média e a favorecer a maçonaria e os ricos. Tenho muita responsabilidade, tenho até que ganhar mais que o primeiro-ministro”.

“E eu que sou enfermeiro ou médico, tenho que ganhar muito mais que os outros porque estudei muitos anos e sou doutor”.

Pois é, uns acham que precisam de ganhar muito mais que os outros (a eterna guerra de classes em que cada um só olha para o seu umbigo) mas depois vêm uns tipos que até podem só ter a quarta classe, mas que conduzem uns camiões, e se esses tipos se recusam a trabalhar, os juízes, médicos, enfermeiros, professores, deputados (que parece que também ganham muito mal no nosso país), toda essa gente fica em casa e não pode ir trabalhar porque não há combustíveis nas bombas. 

Então por essa lógica de pagar muito a uns e mal a outros, pela “importância”, então digam-me lá qual é mais importante: um juiz, um médico, um deputado, um professor, ou um motorista de matérias perigosas que pode simplesmente paralisar o país?

Quem sabe o que é uma linha de produção, sabe que tão importante é o tipo que aperta parafusos, como o que está no fim a fazer o controlo de qualidade. E numa linha de produção, dependem todos uns dos outros. A linha de produção (e a empresa) vale sempre por aquilo que o trabalhador mais lento fizer! De nada adianta ter cinquenta trabalhadores muito rápidos, se um for muito lento. Todos dependem uns dos outros, todos têm que se ajudar, tudo tem que funcionar verdadeiramente em equipa. 

E para mim, uma sociedade é como uma linha de produção. Todos dependem uns dos outros. Todos são importantes. Hoje não fazemos troca direta de produtos, como antigamente, existe o salário em  dinheiro (e não em sal), mas todos são precisos, todos são importantes. Só numa sociedade muito injusta é que se permite que 1% das pessoas tenha tanto dinheiro como todas as outras juntas. Os ricos são muito ricos, mas se os pobres deixarem de trabalhar para eles, todo o dinheiro que eles possam ter no banco não vale nada! E nem sequer podem limpar o cu às notas porque todos esse dinheiro é virtual, são zeros e uns e não existe na realidade.

E num país justo, nunca que poderia haver pessoas a ganhar cinco, dez, vinte, cem salários mínimos ou cem vezes mais. Porque não há nenhuma pessoa, por melhor que seja, que valha por outras cem. 

sábado, 4 de maio de 2019

Por Que é Que Ninguém Está Empenhado nas 35H Semanais para Todos os Trabalhadores?



Nesta última semana comemorou-se o dia do Trabalhador, mas ironicamente, aos poucos, no 1 de Maio, começa a ser instituído o Dia da Promoçãozinha, à custa de trabalhadores que, em vez de folgarem este feriado (como antigamente) não, vão mas é trabalhar que os mais ricos de Portugal, os merceeiros, querem ganhar mais um bocadinho de dinheiro à custa do dia do escravo. 

De relance apanhei as reivindicações da CGTP. Querem a curto prazo um salário mínimo de 850€.

Mas o que eu não entendo é o porquê de ninguém, nem partidos nem centrais sindicais, nem governo, estarem empenhados em dar as 35 horas de trabalho semanal para todos, e não só para alguns, como aconteceu com a devolução aos funcionários públicos por parte deste governo. 

Neste momento uns trabalham 35 horas por semana, os outros que se fodam, que trabalhem mais um mês e meio por ano!! Sim, disse bem, os funcionários públicos trabalham, só no horário de trabalho normal, menos um mês e meio por ano! Que ricas férias! E ainda passam a vida em greves! 

Acho que não me enganei, e não é preciso ter um curso de matemática para fazer (como a outra) as contas. 

1 Hora a menos por dia são:

5 Horas a menos numa semana

Como trabalhamos 11 meses por ano, são 5 horas x 48 semanas:

Que dá o belo número de 240 Horas!! 

Como um mês de trabalho são 160 Horas, 240 Horas representam, precisamente, um mês e meio a mais de trabalho para um trabalhador do privado. 

Mas um trabalhador numa empresa privada trabalha bem mais que 240 horas num ano, quando comparado com um funcionário público. Nada contra a devolução de direitos cortados pela coligação de Direita, mas, se somos todos trabalhadores, todos devemos trabalhar o mesmo número de horas, e ter os mesmos dias de férias. Isso sim é Igualdade, e não haver trabalhadores de primeira, de segunda e de terceira categoria. Contudo não vejo Ninguém, nem partidos, nem sindicatos, nem governo, empenhados em combater essa tremenda Injustiça.