Não acompanhei grande coisa dos tempos de antena, mas fui acompanhando, na rádio pública, alguma coisa da campanha eleitoral dos diferentes partidos, tal como também acompanhei alguma coisa via internet.
Percebi que há partidos a quem ninguém disse que estas não são eleições legislativas, mas sim eleições para o parlamento Europeu. Ouvi constantemente os partidos de direita, PSD e CDS, a falar dia-pós-dia-após-dia em António Costa, nos incêndios, nos hospitais, mas pouco ou nada falaram sobre temas da Europa. No PS o próprio António Costa lembrou-se de dizer que as eleições europeias são uma espécie de referendo ao governo, como se uma coisa tivesse algo a ver com a outra.
Por outro lado percebi que houve partidos a trazerem temas europeus para a campanha, e tentando evitar os degradantes ataques pessoais, que a meu ver só irão servir para aumentar ainda mais a abstenção.
E, apesar de eu nem democrata me considerar, vou votar mais uma vez nas eleições. No fundo porque, apesar de tudo, voto sempre e porque começo a achar que, para Portugal, é mais importante o que se passa no parlamento europeu do que o que se passa no parlamento português.
E, se nas últimas eleições europeias, há cinco anos, contribui com o meu voto para a eleição da Marisa Matias, que, considero que terá sido a deputada portuguesa que mais se destacou pela positiva no parlamento europeu, desta feita considero mais importante ter uma pessoa de um outro partido, que um segundo ou terceiro deputado do BE. Porque aprecio o candidato Rui Tavares do Livre, e porque me parece uma pessoa que sabe muito sobre temas europeus, e, mais importante, porque me parece que tem muito boas ideias, que também vão de encontro às minhas, no próximo domingo eu vou votar no LIVRE para que o Rui Tavares possa ir para o parlamento europeu.