terça-feira, 23 de abril de 2019

Tenho Amor Verde em Botão



... Mas no meu coração
Para um dia tu colheres
Tenho amor verde em botão.


Flores para Sylvia - Carlos Lança - 1982

domingo, 21 de abril de 2019

E Por Falar em Notre Dame...



"Ajudas-me a soprar as velas? Não é o que tu pensas..."



Black Birthday / Notre Dame (1999)


sábado, 20 de abril de 2019

Dúvida Existencial 9 - Vaticano e Notre Dame

Já alguém sabe quantos milhões é que o Estado do Vaticano, dono e senhor de todas as igrejas católicas, e que tem dinheiro para acabar com a fome do mundo, vai aplicar na reconstrução da Notre Dame?


Imagem emprestada da net

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Petição: Pela Justiça nos Debates Televisivos



Assinar petição AQUI

Não Há Desgosto de Amor Como o Primeiro


Imagem emprestada da net

Frases feitas. "Não há amor como o primeiro".
Mas será mesmo assim? Afinal isso significa concretamente o quê? Que nunca iremos viver um amor tão intenso como com aquela primeira pessoa que, muitas vezes, o único mérito que teve foi, simplesmente, no nosso pequeno universo, ter sido a primeira a aparecer? E, se tantos anos depois, pudéssemos voltar atrás, e fizéssemos uma troca temporal na nossa vida? E essa pessoa, que teve a sorte de ter sido a primeira, aparecesse mais para a frente no tempo, e outra pessoa, de quem também gostamos muito, passasse a ter sido a primeira pessoa que amamos? Como é que seria? A importância das pessoas seria a mesma? Qual seria agora o amor mais importante? Seria a mesma pessoa, independente do lugar em que aparecesse, ou já seria a primeira? Mas então a relevância do amor mede-se só pelo acaso de termos esbarrado em determinada pessoa em primeiro lugar?

Para mim, o encanto do primeiro amor tem unicamente que ver com uma coisa: a descoberta das novas sensações. Foi com aquela determinada pessoa que descobrimos aquele sentimento forte, o amor, sentimento esse que, todos aqueles que o sentiram, acreditaram e quiseram que tivesse sido para todo sempre. Tal como foi com essa pessoa que, muitas vezes, se descobriram tantas outras coisas em conjunto. Mas, por este ou por aquele motivo, as pessoas afastaram-se, e, como que traíram esse sentimento. E o tempo há-de passar, e muitas vezes um novo amor há-de aparecer e as pessoas voltarão a estar sozinhas, e em vários momentos das suas vidas voltarão de novo a olhar o passado com nostalgia.

A nostalgia dos tempos passados. A mesma nostalgia que invade as pessoas quando se lembram de coisas que faziam na sua infância, quando se lembram dos colegas de escola ou amigos de longa data que não vêem há anos. Lembrar o primeiro amor é mergulhar na nostalgia do primeiro encantamento, no tempo em que ainda se pensava que o primeiro amor seria para sempre. Mas afinal não foi. E não raras vezes o segundo e o terceiro também não. E, se calhar, o melhor seria voltar ao passado, ao tempo do primeiro amor, e fazer tudo de novo, para que o primeiro amor pudesse dar certo e não tivesse sido preciso falhar tantas vezes de novo. Certo? Não, errado.

Eu, sarcasticamente, costumo dizer que não há amor como o segundo. Mas, em boa verdade, acho que não deveria haver amor como o último que vivemos. Porque é sempre desse que temos que nos curar. Não é do primeiro. O primeiro já lá vai, longe, distante, tantas vezes já lembrado e esquecido. Mas, quando o primeiro amor não resulta, as pessoas descobrem uma outra coisa, por vezes tão intensa e trágica: o primeiro desgosto de amor. E, por mais amores que voltem a ter, não mais voltarão a ter outro primeiro desgosto de amor, será, tão simplesmente, só mais um.

Então, se voltamos a amar alguém, que não se comparem amores, independente do lugar espaço-temporal que tenham ocorrido. Contudo, por mais amores que possamos viver, só por uma vez perdemos a ilusão que o primeiro amor seria para sempre. Daí que, se calhar, não se deveria dizer que não há amor como o primeiro, mas sim, que não há desgosto de amor como o primeiro.

Um Carro Não é Para Ser Bonito

Não. Para já ainda não ando à procura de outro carro, mas, por vezes, tropeçamos em anúncios que, pela sua descrição e, neste caso pela frontalidade que apresenta, são por si só muito divertidos:




sexta-feira, 12 de abril de 2019

Consegues Encontrar-me no Teu Coração?




"Pale Tortured Blue" / Draconian (2015)

Não Invoques o Passado... Porque Ele Pode Entrar-te Pela Janela Sob a Forma dum Passarinho

Foto Emprestada da Net

Há coincidências verdadeiramente curiosas. 

Na mesma semana em que, estupidamente, decidi colocar o teu nome lá na rede social onde as pessoas colocam fotografias de si mesmas a olhar para o chão ou em frente de espelhos, um passarinho entrou-me sala adentro e confirmou-me o que há muito suspeitava. Estás separada.

Sim, não sei que me passou pela cabeça para colocar o teu nome. Sempre que me lembro disso apetece-me ir buscar o cilício e malhar com ele forte e feio nas costas para não voltar a cometer tamanha estupidez. O pior é que tu estavas mesmo lá. Felizmente que a tua conta está privada e só vi a foto de perfil com os três nomes com que sempre assinaste. Entrei em choque. E espero mesmo esquecer-me desse vislumbre atual e manter na memória a imagem da pessoa que conheci há mais de vinte anos. 

Foi uns dias depois de ter comprado uma estante preta, toda modernaça, e vê lá tu que é o primeiro móvel IKEA que comprei para minha casa (aquela que eu sempre dizia que era a nossa casa) e logicamente que foi uma estante usada (como nova) e a um excelente preço, porque, como já não te lembrarás, eu não brinco com essas coisas de gastar dinheiro, e, depois de a ter montado (parecia que tinha voltado atrás no tempo para montar os Legos que não tive em criança) entrou-me um passarinho preto, de tons azulados na sala e, no meio de todas as pilhas de tralhas que estavam por lá dispostas, ao ver uma pequena moldura, com várias fotografias tuas e com uma minha no meio, disse-me, assim do nada, que estavas separada. Nada que eu já não suspeitasse há anos, afinal, tu mesma me confidenciaste. Ele não iria ficar contigo para sempre como eu ficaria...

Sorrio cinicamente quando penso que, tantos anos depois, estamos ambos na Casa da Partida. Não me invade nenhum sentimento de regozijo ao saber disso. Pelo contrário. Tenho pena. A sério. Não por nós, mas por ti. Tinhas obrigação de saber que o Karma é muito fodido. 

E ontem tinha ido ao carro buscar uma esferográfica para escrever umas coisas com a minha camarada de trabalho, quando olhei para a caneta e lhe disse que a tinha recebido numa entrevista de emprego há uns bons anos. Éramos uns nove candidatos para uma só vaga. E como é que eu poderia ter ficado com a vaga? Até o meu ex-chefe (com melhor currículo) estava lá!

E não é que hoje, estávamos os dois, lado a lado a trabalhar, quando o senhor administrador, que tinha entrado com alguém de fora da empresa, me chama.... Olho, ainda à distância, e... é o Carlos!!
O que é que estava ali a fazer o Carlos?, o meu primeiro formador da anterior empresa onde trabalhei até ter encerrado portas? Estava lá, precisamente, de camisola vestida com o nome da empresa para a qual eu tinha concorrido e eram nove candidatos, e onde também tinha estado o meu ex-chefe, que era ele, e que por ali entrou hoje, um dia depois! Então foi mesmo ele que ficou com a vaga!

Claro que não fiz vista grossa, cumprimentei-o efusivamente, tendo-me até alheado do que o senhor administrador me havia pedido. Não foi por mal!

E devo ter repetido umas duzentas vezes "que engraçado"....
- Tens falado com alguém que trabalhou lá na empresa?
Não, não estou no Facebook e afins, não tenho falado com ninguém.
Como te compreendo!

Mexer na merda implica sempre um cheiro nauseabundo. Seria impossível remexer no passado e não ficar a pensar nele. Como é que se chamava a última empresa onde trabalhaste nos últimos meses que estivemos juntos? Não me conseguia lembrar... Mesmo tendo sido eu a ter visto o anúncio no Expresso e a incentivar-te que enviasses, de novo, para lá o currículo, para  que para lá regressasses... Mas como é que se chamava a merda da empresa? De vez em quando temos brancas.... O Freud é que explicava isso bem. Deves saber melhor que eu, afinal, tu é que és de psicologia. Mas é sabido que por vezes apagamos mesmo certas informações. Não acho que tenha sido o caso, mas pronto, queria-me lembrar da merda do nome da empresa! Mas nada que com a internet hoje em dia não se descubra, não é? E de novo o choque. Eu sempre digo que nós andamos sempre à volta uns dos outros, mas estar a trabalhar a cinco minutos dessa empresa é um bocado coincidência demais, não?

E para finalizar em grande a semana, o reencontro com o João.

"Eu sento-me como quiser"!

Como assim, não estou ver. Relembra-me...

Quando tu não estavas corretamente sentado, e passa uma empregada e diz-te que não é assim que se senta e tu: "eu sento-me como quiser", e o pessoal todo a olhar... Hei....

A sério, já não me lembrava como era tão rebelde!

De tarde quando me ligavas, falavas que o passado tinha regressado - também a ti?, perguntei!

Foi muito bom o reencontro que aconteceu há meia dúzia de minutos. Histórias semelhantes. Relações que acabam de forma semelhante. Olhar o passado com os olhos de quem já cá está há algum tempo. O que correu mal... como poderia ter sido tão diferente... ou tão igual. As mesmas histórias repetidas até à exaustão, porque se calhar todas as histórias de amor são iguais.

Mas todos os dias voltamos à Casa da Partida. Todos os dias são novas oportunidades. Quanto ao passado, bom, é melhor não invocá-lo, porque ele pode mesmo decidir aparecer.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Conversas Improváveis 39 - Quanto Litros de Água Bebe um Cavalo aos Cem?

Palácio do Bussaco - Luso

(com voz de tia de Cascais)

- Sabe que antigamente, nos anos vinte, a elite ia toda para o Palácio de Vidago.
Sim, Vidago e Bussaco, não?
Sabe que o rei ia para lá para o truca-truca com a badalhoca da atriz francesa.
- Que rei?
O Dom Manuel...
Mas no Bussaco ou em Vidago?
Bussaco. Acha que o rei ia lá para cima? Antigamente os cavalos bebiam muita água...
Pois. Nem imagino quantos litros de água é que os cavalos beberiam aos cem... 

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Conversas Improváveis (38): Secar uma Figueira

Ui, ela começando a falar seca uma figueira!
Não! Uma figueira não! Que seque antes um eucalipto, que uma figueira dá bons figos!


Foto emprestada da net

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Dúvida Existencial 8

Os casais que têm uma só conta nas redes sociais, funcionando duas pessoas como um só siamês, também só têm um número de telemóvel para os dois?

Foto emprestada da net

domingo, 7 de abril de 2019

Teatro: Odeio este Tempo Detergente


Já tinha ouvido falar da peça na rádio. Ana Nave apresentava em palco a poesia de Ruy Belo, interpretada por si e por Maria João Luís, acompanhadas musicalmente por José Peixoto que reconhecemos, por exemplo, dos Madredeus. 

Eu nunca li Ruy Belo, quase não leio poesia, não sei se iria gostar da poesia de Ruy Belo. Bom, mas certamente que iria gostar da Ana Nave. Há pessoas de quem os nossos olhos gostam muito de olhar. E a Ana Nave é uma pessoa que os meus olhos gostam mesmo muito de olhar e os ouvidos de ouvir. 

Em boa verdade eu não vou ao teatro e ficava sempre bem acrescentar que não sei bem porquê. Mas na verdade até sei. Eu não vou ao teatro porque nunca fui habituado a ir. Nunca me convidam a ir, não me relaciono com pessoas que tenham por hábito ir; não me relaciono com pessoas que me digam que foram ver determinada peça e que me aconselham a ir ver.

Mal soube que a peça ia estar no Teatro Constantino Nery em Matosinhos, fiquei inclinado a ir. Comentei com uma amiga que vive nessa cidade, e estava tudo acertado para irmos juntos ver esta peça. Mas, à última hora, por questões pessoais, ela não pôde ir.

E ainda bem que foi à última hora, pois já eu tinha estacionado a trezentos metros do teatro. Se me tivesse dito com muitas horas de antecedência, eu poderia ter encontrado aqui uma desculpa para ter ficado em casa, afinal, quem é que vai ao teatro sozinho? 

Fiquei no carro a ler enquanto esperava que a chuva parasse e fui comprar o bilhete. Dias antes tinha telefonado e a senhora que simpaticamente me devolveu a chamada, disse-me que, para duas pessoas, no próprio dia arranjava bilhetes, e que se viesse um pouco mais cedo, até arranjava melhores lugares. Fiquei na terceira fila, a meio, muito bem situado, a poucos metros do palco. 

Antes do teatro fui jantar. Imensos restaurantes por aquelas ruas de Matosinhos junto ao Porto de Leixões e o Rio Leça. Entrei, sim, é uma mesa só para mim, e escolhi um bife. Saquei do livro que ando a ler e coloquei-o em cima da mesa. É sempre bom aproveitar estes tempos mortos para adiantar umas páginas. O bife estava bom, mas achei que havia bife demais e batatas a murro e verduras de menos. Come-se demais. Come-se carne demais. 

E lá fui para o teatro. Perguntei ao segurança onde era a casa de banho. Subi ao primeiro piso. Quando saía entrava um senhor, alto, forte, de grandes barbas brancas. O rosto fez-me lembrar o Alfred Molina no filme Fridha Kahlo. Desci e encostei-me a um canto. À minha frente um casal. Ela tinha uns sapatos um tanto ao quanto góticos. Quando subi os olhos vi que o estilo condizia com a argola que tinha no nariz. 

As portas abriram-se. Procurei o meu lugar e sentei-me. A sala estava quente. Tirei o casaco e dobrei-o por cima das pernas. No palco de um chão preto, estava disposta do lado direito uma mesa com um computador portátil e uma cadeira, na frente dum ecrã onde se projetavam imagens, e do lado esquerdo do palco, sozinhos, estavam dois pares de sapatos.... à espera que as atrizes entrassem em cena para os virem calçar.

"Odeio este tempo detergente" é um espetáculo de sessenta minutos, com duas atrizes e um músico reconhecidos, e que custa menos que um bife na brasa. E se calhar deveríamos todos ir mais vezes ao teatro. Ali não são precisos óculos porque ali tudo é tridimensional, real e genuíno. Nem há pipocas, nem gente a falar e a olhar para o telemóvel. E no fim há aplausos e as atrizes curvam-se perante o público.

(e não deixa de ser absurdo que o Estado cobre mais do dobro do IVA por uma ida ao teatro que por uma tourada)

Onde Está o Mundo que Eu Vi Nos Teus Olhos?


Onde está o mundo que eu vi nos teus olhos?
Ele viveu durante noite mas depois despediu-se.
Os cortes na tua pele e o vermelho nos meus olhos.
Este Inverno esmaga-me por dentro. 

"... não me lembro de te esquecer, apenas resisto à tempestade"

O amor que eu tive afogou-se com a maré, 
agitando as águas onde o coração fica nu....

"Rivers Between Us / Draconian (2015)

O Outro Lado dos Provérbios III - Chuva e Frio em Abril, Onde Já se Viu?

Habitualmente levo comida de casa para almoçar na empresa, mas na sexta-feira isso não aconteceu e fui almoçar ao restaurante mais perto. Eu por norma até me sento de costas para a televisão, mas já no restaurante e a pensar em tirar o livro que estou a ler do saco, sento-me na primeira cadeira da primeira mesa livre que encontro, mas desta feita de frente para o grande televisor (ou telecrã) plano lá ao fundo da sala. 

Meto a mão ao saco para sacar do tal livro que ando a ler e me abstrair do que se passa ao meu redor, mas constato que, afinal, o livro tinha ficado no carro. Merda! E pronto, lá fiquei eu sentado, sozinho, como se fosse a primeira vez que ia a uma praia de nudistas, com uma mesa de seis pessoas mesmo coladinha a mim, todos nus a conversar lá sobre as suas vidas. E não tive outro remédio se não olhar em volta. 

Como é muito raro não levar comida de casa (nem que seja só uma sopa) são raras as minhas visitas a este restaurante. Reparei na empregada de mesa nova, de cabelo preto apanhado para trás, que muito vagarosamente tomou nota de todos os pedidos da mesa de seis pessoas ao meu lado, mas que a mim preferiu não me ver, ou fez de conta, ou acho talvez aquela mesa estivesse destinada a outros empregados. Não sei. Mas o que sei é que se eu fosse preto já podia já dizer que fui vítima de racismo, não sendo preto, acho que fui vítima de outra descriminação qualquer. Incompetência, provavelmente. 

Tudo demasiado lento. Talvez quando já se tratam os clientes pelo nome e se conhece as suas preferências, já achem que se podem desleixar, porque este no dia seguinte voltará. Ainda assim eu não facilitaria, e segundo sei o que não faltam por ali são restaurantes.


Contei as mesas, reparei nas pessoas e constatei que, apesar de só haver dois pratos do dia, apesar de só ser preto ou branco, houve pelo menos dois pratos que chegaram à mesa e o cliente disse que não foi aquilo que havia pedido. Tudo muito lento e nem por isso eficaz.
E pronto, lá fui olhando também para a televisão que estava no mesmo canal de sempre: a TVI. Talvez neste restaurante ainda não tenham sabido da notícia que a Cristina Ferreira foi para a SIC, e que é líder de audiências, ou então porque deve dar muito trabalho mudar de canal; ou então porque talvez achem mesmo que, aquela hora, e apesar dos não sei quantos canais de televisão que os restaurantes têm, talvez achem mesmo que, aquela hora de almoço, o melhor que se podem mostrar aos clientes é um programa a fazer conversa de café a falar de assassinatos.

Entretanto começam as notícias das 13h. Bem, deixa-me lá ver quais são as notícias mais importantes do dia para a TVI, pensei. 
Notícia de abertura: Estava a nevar na Serra do Alvão mas a reportagem mostra de imediato neve na Serra da Estrela! E lá estava um reporter a tilintar de frio e a entrevistar um casal e um criança. De seguida sim, fazem uma reportagem na Serra do Alvão. Terceira notícia mais importante do dia: "Choveu no Algarve e afastou os turistas das esplanadas"! Quarta notícia: "Acidente na A1 provoca quatro feridos ligeiros"! 

Para a TVI, a notícia mais importante no dia 5 de Abril de 2019 é que estava chuva e frio. Acho que estes jornalistas certamente não andaram na escola, ou se andaram, ficaram em casa quando se deram alguns dos muito provérbios de Abril:

"Em Abril águas mil"  ou "Em Abril queima-se o carro e o carril". 

Mas para os jornalistas da TVI (bem como para muitos outros canais)  há agora um novo provérbio: "Chuva e frio em Abril - onde já se viu"?

sábado, 6 de abril de 2019

Nome em Árabe


O meu nome em árabe. 
(isto se o sujeito não escreveu para ali outra coisa qualquer!) 
Esta pintura (chamemos-lhe assim) foi feita há uns 15-19 anos na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira. 

Para Ser Mais Ético que o Cavaco Silva é Preciso Nascer Duas Vezes


Será que Há uma só Oficina Automóvel em Condições neste País?

"Se não fosse um amigo meu que lá trabalha, 
e que me tivesse dito, eu não acreditava: 
na Bosh Car Service não mudam o óleo, 
acrescentam"

Imagem emprestada da net


Começo a achar que não. 

O primeiro mecânico sempre me pareceu bom, ainda que nessa altura, do meu primeiro cavalo, que era branco, a mecânica era outra. Basicamente era mesmo só mecânica e não tanta eletrónica como agora, em que os vidros deixam de funcionar por tudo e por nada, um qualquer sensor passa-se e o carro já só anda a 50Km/hora.

O primeiro mecânico sempre me pareceu bom mas a verdade é que o carro, apesar de ter 1200cc a gasolina e ter 300 mil Km, também nunca dava problemas. Mudava o óleo e o filtro, trocava pneus, e calços, e basicamente o carro só tinha que ver substituídas peças de desgaste. E o mecânico sempre me pareceu bom, mas passados uns anos logo aí começaram os problemas. 
- Não é que o mecânico decidiu ter um AVC e morrer?!

Fiquei sem mecânico, e entretanto também decidi comprar o meu atual cavalo preto, carro que está comigo há já bem mais tempo que qualquer relação amorosa: onze anos! Bom, o carro foi comprado com 50 mil km, num estado quase semi-novo, e assim sendo, achei por bem meto-lo na Renault. E tudo foi correndo bem - tirando que logo na primeira vez que me deram cabo da pintura e tentaram convencer-me que aquilo terá ficado assim, porque "se calhar" vim para casa atrás de um camião que salpicou qualquer coisa e estragou a pintura... Espera lá, mas qual foi a parte do carro estar com a pintura toda picada, a toda a volta, incluindo o vidro da frente em que mais parece que andaram a fazer tiro ao alvo que vocês não perceberam? Não acham que se calhar foi da lavagem automática que eu não solicitei?

As manutenções programadas lá foram sendo feitas, e eram bem caras e, mesmo que no centro de inspeções dissessem que estava tudo bem, conseguiam arranjar qualquer coisa que "se calhar era melhor mudar"! Isto até ao dia em que, por culpa da marca, que, mesmo tendo sido alertada por mim, se não deveriam fazer uma certa substituição de peças (que já me haviam alertado) dizem-me que não, que não é preciso porque aquelas peças não avariam (fartos e cheios de saber que é o cancro daqueles motores DCi) e o carro avariar 5 mil Km depois e me ter dado um prejuízo de mais de mil euros! Claro, não assumiram o erro e o comportamento totalmente negligente que tiveram (apesar de tudo ter ficado escrito) e, depois de escrever no Livro de Reclamações e ter recorrido a Tribunal Arbitral (que é uma autêntica anedota!) tive que arcar com as despesas numa outra oficina porque caso contrário teria que gastar ainda mais dinheiro num tribunal comum.

Nova oficina mesmo ao lado do emprego. Da primeira vez correu bem, não tive nada a apontar. Lá voltei da próxima vez e eis que começaram os problemas. Mecânico demasiado voluntarioso! Uma pessoa diz que é só para mudar o óleo, previne-o que se encontrar mais alguma coisa é para avisar antes (como antes já não tinha avisado) e chegados lá apercebemo-nos que mudou mais peças, trocou as rodas da frente para trás, lavou o motor e aplica-nos uma conta (sem IVA!) mais ou menos do dobro que estávamos à espera! 

O melhor livro de reclamações é não pôr mais os pés na oficina e então, depois de ter falado com uma pessoa de família, passei a deixar os carros numa oficina perto da terrinha .

As primeiras vezes tudo bem. Preços bastante acessíveis, parecia que, finalmente, tinha encontrado a oficina da minha vida! Até que, depois dum tio meu ter tido um acidente, e ter ficado com o carro com algumas amolgadelas, sugeri-lhe que lá deixasse o carro. Entretanto, e vários telefonemas depois, o carro já lá está há mais de três meses, e do outro lado só ouço desculpas. 

Os mecânicos ganham imenso dinheiro, e têm, por exemplo, grandes comissões só nas peças. Mas ainda assim, trocam coisas que não são precisas, cobram serviços que não fazem (ainda me lembro do colega arquiteto se queixar que levou o Smart à marca, e cobraram-lhe uma carga de ar condicionado, quando o carro simplesmente nem ar condicionado tem!) sem falar nas peças usadas que metem, quando dizem que metem e lá continuam as mesmas peças velhas, e, juntando a isso, muitas vezes toda uma série de reparações mal efetuadas. 

Acho que é mesmo caso para começar a pensar que não há uma oficina automóvel em condições neste país... E não exijo muito. Só peço: competência, seriedade e profissionalismo. Se alguém conhecer alguma que avise.