domingo, 29 de dezembro de 2019

# Somos Todos Porta dos Fundos



"Eu não tenho medo nem da morte e vou ter da censura? 
Ao contrário. Eu quero agradecer aos censores. Sim, porque não tem nada melhor para a classe dos humoristas do que a figura do censor. Não há nada mais patético ou mais risível e ridículo, mais propício a piadas do que essa contradição humana que é o sujeito pudico que passa o dia à procura de sacanagem..." (Gregório Duvivier 4/11/2019 no Supremo Tribunal Federal)

Na véspera de Natal a sede da produtora onde se realizam os programas da Porta dos Fundos foi atacada com cocktails molotov por um grupo religioso cristão de extrema direita. Tendo em conta que no ano anterior houve igualmente um programa humorístico da Porta dos Fundos satirizando Jesus Cristo, facilmente percebemos que o que mudou entretanto foi o que aconteceu em Janeiro deste ano: a tomada de posse de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil apoiado por seitas religiosas fundamentalistas. 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Alterações Climáticas Natalícias

Para memória futura. Aqui, acima do rio Douro, no dia de Natal de 2019 estiveram vinte e um graus. Sim, quase dava para ir para a praia.



domingo, 22 de dezembro de 2019

Antes da Bonança Vem a Tempestade


Nunca, nunca, nunca, nunca, nunca te deixarei
Estarei aqui sempre sempre, sempre para ti
Encontrei-te, encontrei-te, encontrei-te,
nunca te deixarei
Nunca
Estarei aqui sempre contigo
Ficando melhor, melhor, melhor, melhor

Está a ficar mais frio, eu estou a ficar mais frio, mais frio, está a ficar mais frio
Deixa ficar mais frio até que eu não possa sentir mais nada

As sombras, as sombras

(...)

"The Storm Before The Calm" / Anathema (2012)

A Crise da Verdade ou como Adof Hitler é o Pai de Todos os Populistas Mentirosos

"Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, 
e eventualmente todos acreditarão nela"
(ADOLF HITLER)


"A diminuição da confiança na História aparece como uma das manifestações da crise da verdade, como um dos sintomas mais graves do nosso mal, mais grave mesmo que a "decadência da liberdade", porque é um ferimento que vai direito ao mais profundo do ser. Devemo-nos lembrar das palavras atrozes de Hitler, no Mein Kampf:

"Uma mentira colossal trás em si uma força que afasta a dúvida... Uma propaganda hábil e perseverante acaba por levar os povos a julgar que o céu é, no fundo, um inferno, e que a mais miserável das existências é, pelo contrário, um paraíso... Porque a mentira mais descarada deixa sempre rasto, mesmo se foi reduzida a nada".

Estas fanfarronadas de um prisioneiro e de um louco, aegri somnia, viram-se realizadas pela prática corrente da vida política, no decurso da nossa geração. O desprezo da verdade histórica patenteou-se em toda a parte. Digo em toda a parte, porque os exemplos que vêm espontaneamente ao espírito são os do Estados totalitários (assim a utilização pelos culpados do incêndio do Reichtag, do massacre de Katyn...). Mas as democracias ocidentais não estão isentas de mácula. Basta pensar no recurso a calúnias incontroladas, por parte dos "caçadores de bruxas", nos Estados Unidos, ou, entre nós, nas mentiras balbuciantes que são os "desmentidos oficiais" dos nossos ministros. O recurso a eles tornou-se tão normal que acabamos por ver nisso uma mera figura de retórica e uma praxe.

Nesse mundo transtornado, que lugar resta para a História? Não passa de um jogo de máscaras no armazém dos acessórios dos comediantes da Propaganda. Podemo-nos dar por felizes quando eles não vão ao ponto de fabricar integralmente uma história que sabem que é falsa. Na melhor das hipóteses, vêem no conhecimento do passado um reportório de incidentes pitorescos, paralelos ou de precedentes úteis a invocar.   

"Do Conhecimento Histórico" / Henri Irénée Marrou (1954)

As Falsas Necessidades Com Que o Capitalismo Atola as Pessoas em Dívidas

É curioso observar como as coisas têm mudado nos hábitos de consumo e como há coisas verdadeiramente contraditórias. Se por um lado, por alturas do 25 de Abril de 1974 o salário mínimo era, em comparação, maior que os 600€ que temos hoje, por outro lado, ainda por cima cada vez mais há mais despesas que são impingidas e que de repente parece que são imprescindíveis à vida. 

Quando eu era criança, por norma, em cada casa havia uma só televisão e eram raras as casas que tinham telefone. Nos anos noventa já todos os lares tinha televisão a cores e telefone. E as pessoas recebiam três cartas com contas para pagar: água, luz e telefone.



Vinte anos volvidos todas as casas têm agora, não uma mas várias televisões pela casa. Além do telefone, que se passou a chamar telefone fixo, agora todos os elementos da casa têm também o seu telefone portátil, que por cá, estranhamente, se passou a chamar telemóvel (por oposição ao cell phone). Há vinte anos, cada lar, tivesse três, quatro ou vinte pessoas, gastava em telefone uma média de três contos de rei (15€) por mês. Hoje em dia, quase todos os lares pagam para ver televisão (ou para ter internet) e cada elemento do agregado familiar tem o seu telemóvel, que entretanto anda a ficar cada vez mais esperto, mas pouco económico porque o gasto será uma média de 15€ vezes o número de pessoas de cada casa.

Há vinte anos o telefone tinha um aluguer (tal como ainda hoje temos o aluguer do contador da eletricidade e da água) mas não se gastava dinheiro para o substituir. Se avariasse os TLP (empresa pública que os nossos políticos privatizam e os nossos grandes empreendedores empresários trataram de falir) logo se apressavam a substituir, tal como substituíam, gratuitamente, quando os modelos ficavam ultrapassados. As listas telefónicas e as Páginas Amarelas também eram entregues gratuitamente.

Hoje, além de cada pessoa do agregado familiar ter a sua fatura telefónica para pagar, por norma, excluindo pessoas como eu, que os outros acham que vivem numa caverna, têm ainda que substituir, frequentemente, o seu aparelho para telefonar. Pois é, um telemóvel hoje é muito esperto, faz muitas coisas, mas nenhum outro faz e recebe chamadas, não é?

Esta semana, na TSF (rádio que quase deixei de ouvir por causa da publicidade) ouvi um programa - sim, se antigamente era expressamente proibido fazer publicidade às marcas, hoje, por vezes a publicidade é mesmo descarada - e nesse programa falavam dos melhores telemóveis que os pobres poderiam comprar por menos de 500€. Relembro de novo que o salário mínimo português é de 600€!
E a certa altura, a pessoa que apresentava o programa "Mundo Digital" dizia mesmo "Não compre nada abaixo dos 150€. Eu sei que gostaria de poupar uns bons euros mas a verdade é que, mais cedo ou mais tarde, vai arrepender-se", e o que aconselha, no mínimo, é mesmo entre os 200-250€, mas os preços vão, não até ao infinito, mas facilmente até aos 1000-1500€.
Bom, mas seria de esperar que um bom telemóvel que custa mais que um televisor ou um computador (o meu portátil custou 250€) durasse, pelo menos, uns bons anos. Não! Numa rápida pesquisa fiquei a saber que os portugueses trocam de telemóvel, em média, ao fim de dois anos!

E, se há umas quantas décadas as coisas eram feitas para durar, desde as mobílias das casas, os automóveis, a roupa, toda e qualquer geringonça durava que se fartava, com o avanço tecnológico passou-se a programar as coisas para terem um fim certo e ao fim de xis tempo, que por norma é pouco depois do tempo de garantia!, e lá tem que se ir comprar novo que agora não se repara nada e o Ambiente - todos preocupados com o Ambiente não é?, agradece! Acontece que, além da obrigatoriedade de comprar, as coisas agora duram menos tempo e gasta-se mais dinheiro. Mas não só. Temos também uma publicidade cada vez mais agressiva que mete na cabeça das pessoas que não serão felizes se não comprarem, se não tiverem o que todos os outros têm ou se não se comportarem como todas as ovelhinhas imaculadamente brancas, todas iguais, se comportam.

O capitalismo vive de crises sucessivas, para que os pobres fiquem ainda mais pobres, e os ricos fiquem ainda mais ricos. Para se ter noção, estamos hoje em 2019 e o rendimento dos portugueses é, em média, menos 175€ por mês que em 2009! Sofremos uma crise terrível e seria de esperar que as pessoas tivessem aprendido a lição e estivessem mais contidas nos gasto, certo? Não, errado!

"A verdade é que, o número de famílias a bater à porta da DECO por estar com dificuldades financeiras, ele não está a abrandar, pelo contrário, ele está novamente a aumentar. E aquilo que nós verificamos relativamente às famílias que nos estão a pedir ajuda este ano de 2019, estão a fazê-lo muita vezes devido a crédito que já foi contratado este ano ou em 2018. Isto é claramente demonstrativo que as famílias não estão a recorrer ao crédito de forma tão responsável quanto era desejável". (Natália Nunes/DECO)

Concluindo. Com o passar do tempo e com as sucessivas crises do capitalismo, o rendimento disponível das pessoas é cada vez menor. Ironicamente a pressão é cada vez maior para o consumo e as pessoas satisfazem as suas necessidades de escravatura acedendo ao crédito fácil não aprendendo com o passado recente e endividam-se ainda mais. 

Conversas Improváveis (48) - Tempestades Íntimas

O Fabien já passou por aí? Fizeram muitos estragos juntos?

- Não era a Elsa?

Foi a Elsa até ontem; hoje já é o Fabien. Era um casal!

Ah, não sabia. Não estou a par das fodas das tempestades!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

André Ventura: o Deputado Que é uma #Vergonha


Muito interessante saber que a múmia Sousa Lara, o Secretário de Estado de Santana Lopes que vetou o livro de José Saramago para o Prémio Literário Europeu, regressou para ser porta-voz do partido que André Ventura criou depois de sair do PSD! Ou seja, um censor fascista a representar outro facho. Olha que bem!

Para quem não conhece o ilustre senhor condecorado por Cavaco Silva (que recusou pensão a Salgueiro Maia!) , podemos vê-lo aqui a explicar-se no parlamento.


 

Entretanto foi uma tremenda chatice que esse escritor tenho sido aclamado com o Prémio Nobel da Literatura. Sim, André Ventura, há políticos que são mesmo uma VERGONHA!

sábado, 14 de dezembro de 2019

A Demanda do Vazio



"...Eu não quero fazer coisas
Fazer coisas é estúpido
Uma existência sem sentido:
Fazer coisas para viver para ter que fazer mais coisas...

... e fiquei sem emprego
E tenho que arranjar outro emprego
Mas eu não quero mais nenhum emprego
Mas tu tens que arranjar em emprego
Enfeita o teu currículo
Apara essa barba
Não!

Mas eu não quero andar à caça de um emprego
Existência sem sentido:
Trabalhar num emprego para viver e ter que trabalhar num emprego..."

"Adulting" - Psychostick (2017)

Pintainhos Num Caixote Com Um Candeeiro

Cada vez menos me apetece sair da cama de manhã, ainda que nunca tenha precisado de despertador. Se antes da mudança da hora de Outono é a luz que penetra por entre os orifícios do estore que me desperta, agora é o desconfortável entumescimento pressionado contra o colchão que me acorda para aliviar a bexiga. Mas o que apetece é ficar no quentinho da cama e cagar para esta vida de escravidão. Tem sido com cada vez maior sacrifício que lá atiro os cobertores para trás e encaminho-me para o quarto-de-banho para me meter debaixo do chuveiro. É de novo a muito custo que lá fecho a torneira e saio da banheira com os longos cabelos ainda pingar nos pés, e me enrosco na toalha para regressar ao quarto, para aplicar a merda da espuma gélida na psoríase e vestir-me para ir para o pequeno-almoço. E é quando as necessidades básicas estão saciadas que apetece, de novo, voltar para a cama e saciar a necessidade que ainda não está totalmente saciada: o sono. 


É ainda de noite e com as luzes da rua acesas que lá tenho ir à cavalariça, carregar no botão da ignição e acordar o cavalo preto para me levar até à empresa que dista vinte e cinco quilómetros de casa. À hora que nesta altura do ano poderia estar a acordar é a hora a que tenho que começar a trabalhar. Entretanto nove horas depois, à hora que saio da empresa é de novo de noite. Um dia da minha vida, um dia atrás do outro, desperdiçado, fechado todo o dia num caixote de cimento, sem janelas nem luz natural. Dias e dias perdidos sem sequer ver sequer a luz do dia.

E de repente lembro-me de quando era criança e via os pintainhos em caixotes de cartão com a luz de um candeeiro por cima, para os aquecer. Estamos no século XXI e a vida dos seres humanos é igual às dos pintainhos. Dias passados dentro de grandes caixotes, não de cartão mas de cimento e iluminados por luz artificial, cumprindo uma função estúpida e desperdiçando as suas vidas enclausurados. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

sábado, 7 de dezembro de 2019

Regras de Etiqueta e de Boa Educação Numa Orgia

Imagine o leitor que, inesperadamente, se encontra no centro de uma orgia. Saiba que existem regras de etiqueta e de boa educação que convém saber para não passar por rude e mal educado e depois acabar por ser excluído de novos convites.
"Um advogado de Hanovre, 44 anos:  "Quando nos casámos, a minha mulher tinha 20 anos e eu 26. Passaram-se burguesmente quinze anos. A minha mulher não teve nenhuma aventura e eu deitei-me uma vez ou outra com uma prostituta, mas isso, então, não o sabia a minha mulher. Depois, fomos convidados para a casa de um dos meus colegas de Hamburgo. Éramos oito a jantar e a seguir ao café toda a gente se despiu e aqui a coisa pegou. Ninguém nos tinha prevenido e claro está foi um choque. Olhei para a minha mulher, ela olhou-me, encolhemos os ombros e então fizemos como os outros. Depois disto, tínhamos serões em nossa casa, ou em casa de amigos, duas vezes por semana. 

(...) A monotonia da sexualidade conjugal é, com toda a evidência, o primeiro motivo para a conversão. 

(...) A boa educação também conta, mas a que se recebeu em casa não conta: existe um savoir-vivre paralelo. As regras são estrictas e mais de um amador viu fecharem-se-lhe as portas do paraíso por ter esquecido que nem tudo é permitido na "sociedade permissiva". E essas regras variam segundo os grupos que têm princípios diferentes, quando não opostos. 

(...) Participar numa orgia significa para aquelas ter aceite todos os homens presentes como virtuais amantes; aquelas que têm de escolher devem tomar a iniciativa. Neste caso, é o homem que se encontra embaraçado, porque repelir as avançadas de uma mulher é grosseiro. Enfim, é também repreensível escapar-se às relações lesbianas, que são de rigor. A homossexualidade masculina, pelo contrário, é excecional e sobretudo desconsiderada. 

O casal é sagrado. Casados ou não, os que vêm juntos, juntos devem partir. É muito inconveniente segredar ao ouvido de uma mulher acompanhada para lhe pedir o seu número de telefone ou propor-lhe um encontro a "solo" para o dia seguinte. É permitido cumprimentar uma mulher sobre a sua beleza e até recomendado exaltar a sua habilidade; ridículo é, todavia, puxá-la ao sentimento, cair no romanesco, numa palavra "baratinar". 

É indecente lançar-se quando uma mulher está muito rodeada. Convém tomar honestamente a sua vez. Melhor, ainda, ocupar-se das damas que "fazem renda". Do mesmo modo, é deslocado, para uma mulher, manobrar para arrancar um homem à sua parceira do momento. 

A discrição é de regra, salvo para os velhos conhecimentos ou por virtude de um comum. A etiqueta manda que não se pronunciem senão os apelidos, até que uma simpatia mútua se manifeste e incite à troca de nomes e moradas. 

Ficar vestido no meio da multidão despida, é grotesto e suspeito. Talvez se passe por um desses indiscretos que "vieram ver como aquilo se passa". Não se dão espetáculos para estranhos curiosos. 

Antes que se desencadeie a ação propriamente dita, - o que acontece muito rapidamente, de costume - e logo que toda a gente se voltou a vestir, o tom é mundano e não é feita nenhuma alusão ao que se vai seguir, ou ao que acabou de terminar. A não ser para uns tantos libertinos intelectuais e combativos, a orgia é uma distração, não um assunto de conversa. 

Nas reuniões de massas, a proporção exata de participantes dos dois sexos não é primordial. Certos "simétricos", contudo, não admitem homens ou mulheres sozinhos: o número deve ser par e os dois sexos representados em igualdade.

"Os Últimos Dias da Monogamia" / Laslo Havas - Louis Pauwels  (1969)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Ao Cuidado do Provedor da RTP

Semana passada. Saio do trabalho e vou na viagem para casa. Às 18 horas ouço o noticiário da rádio pública na Antena 1. Chamou-me a atenção a notícia que, apesar da enorme quantidade de pobres que o país tem, o risco de pobreza tem vindo de forma sustentável sempre a descer nos últimos anos.  

Pouco depois já em casa dos pais, a televisão depois 19 horas costuma estar sempre sintonizada na RTP e aquela hora o Fernando Mendes é senhor das audiências. Até que, de repente, entra o Telejornal, e eis se não quando, entra José Rodrigues dos Santos, extremamente exaltado e  em tom sensacionalista abre o noticiário dizendo: "Risco de pobreza em Portugal aumentou"!


Foda-se! Espera lá! Mas isto não é o mesmo que ler o escarro do Correio da Manhã e depois ler algo diferente no Diário de Notícias! Estamos a falar do mesmo órgão de comunicação social que foi beber a informação ao INE! E o mais engraçado de tudo é que, no próprio site da RTP de 26 de Novembro, consta lá que, de facto o risco de pobreza em Portugal diminuiu! 

Isto é um facto tão interessante que eu acabei de questionar o senhor provedor da RTP, se afinal as notícias na RTP são dadas em função da ideologia do senhor apresentador. Porque se não é parece!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Aproveitamento Político Seletivo

Saía de casa para o trabalho e ouvia na rádio o presidente da república a justificar-se que não iria cumprimentar Greta Thunberg, a adolescente sueca que pôs os putos de todo o mundo a fazerem manifestações em defesa do Ambiente e do Clima, para não parecer que estaria a tirar "aproveitamento político" da situação. 

Olha que bem! Que presidente extremamente correto e nada populista que nós temos!!

jornalacores9.pt
Já ligar em direto para um programa de televisão no primeiro dia da mais mediática apresentadora de televisão que mudou de estação e só para lhe desejar boa sorte é um comportamento perfeitamente isento e com muito sentido de Estado!

Tal como é preciso ter o perfeito sentido de Estado para ir a correr abraçar um sem abrigo mentiroso só porque apareceu, erradamente na imprensa sensacionalista como falso herói de ter resgatado um recém nascido de um ecoponto!

Perfeito sentido de Estado é aparecer num hipermercado para a recolha de alimentos das tias de Cascais que acham que nem todas as pessoas podem comer bifes.

Já receber condignamente a figura mediática internacional do momento do combate às alterações climáticas, Não!, que isso pode ser interpretado como aproveitamento político!

De facto a miúda só pode estar a fazer um excelente trabalho para incomodar tanto a Direita que acha que o Ambiente e o Clima são só entraves nos negócios e incomoda tanto que o nosso presidente da selfies nem ousou recebê-la para não causar urticária no seu eleitorado, porque ele ainda tem uma reeleição para ganhar!

Mas quando não queremos chamar a atenção para algo, tentamos passar de fininho por entre os pingos da chuva. E se o nosso presidente não queria chamar as atenções, poderia, por exemplo, desaparecer durante esta semana, mais ou menos como desapareceu durante quinze dias aquando da crise dos professores em que o primeiro-ministro ameaçou com a demissão. Quando precisávamos de um presidente da república ele simplesmente desapareceu! No momento mais turbulento da legislativa, o presidente que vai a todos os croquetes e rissóis, desapareceu do mapa e fez de conta que não era nada com ele! E vir agora tentar justificar o injustificável saiu pior a emenda que o soneto. 

"Aproveitamento político" senhor presidente? Que noção de "aproveitamento político" tão seletivo que o senhor tem! 

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Achas que Chamar uma Ambulância Devia Custar 2500€? És Neo-Fascista-Liberal e Não Sabias!!


Reação dos ingleses quando questionados sobre os cuidados de saúde nos Estados Unidos. Chamar uma ambulância 2500€; ter um filho 30 mil euros! É isto que quer a Iniciativa Liberal e o Chega do André Ventura: acabar com o Sistema Nacional de Saúde e privatizar a saúde. Votem neles e depois morram ao desmazelo como está a acontecer com milhares de americanos que nem dinheiro têm para a insulina.