"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Conversas Improváveis (86) - Mãe-de-Sete
domingo, 7 de janeiro de 2024
Amar o Trabalho é Abraçar a Nossa Escravidão - Mais Glamour e Menos Salário
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
A Minha Vida é uma Paródia
sábado, 4 de junho de 2022
Conversas Improváveis (68): do Ombro Amigo à Mama Amiga
Conversa no trabalho. Relações e infidelidades.
Fazendo só um parêntesis para contextualizar os seguidores-fantasma do blogue que teimosamente ainda resistam em ler o que se passa por aqui, dizer que, depois de sete anos a trabalhar numa empresa que se chama "Terra-Mãe", acabei por não sobreviver à crise dos sete anos e ter mesmo que sair, eu e toda a gente (menos a colega mais velha na empresa) e então, desde o início do ano, estou a trabalhar num outro lugar que se chama "Voz-Calma". Obviamente que sim, só aceito trabalhar em empresas que considere que tenham um nome sonante, que se enquadre no meu perfil, caso contrário rejeito de imediato!
Um dos colegas é da minha opinião. Não há lugar mais propício às infidelidades que o local de trabalho. Eu sempre o disse e por aqui também terei escrito. Esqueçam as redes sociais. É no campo fértil do trabalho, muitas vezes com largas dezenas ou até centenas de trabalhadores, mas também até só com meia dúzia de colegas, como no meu anterior emprego, as coisas dão-se.
Deu-se com pessoas que conheço e deu-se comigo mesmo por isso sei do que falo por experiência própria. Onde houve pessoas a conviver dia após dia após dia é muito mais fácil passar-se do trabalho para o quarto do Hotel ou para a minha casa ou, se quiseres, na tua. Não dizem que os Moteis estão cheios à hora de almoço? Certamente para a sobremesa ou para melhor fazer a digestão!
Quando trabalhei na Nokia, que é uma cidade viking da Finlândia, eu bem ia vendo namoros acontecer e acabarem. A colega do atendimento numa semana chegar ao trabalho com um colega, na semana seguinte chegar com outro. Infelizmente nesse mapa de turnos rotativos não fui incluído, mas alguma coisa de especial aquela colega deveria ter tal era a atração que provocava, mesmo nos colegas casados.
E depois, como disse à minha nova colega que assinou contrato no mesmo dia que eu e que tem idade para ser minha filha (e eu ainda não percebi como de repente sou a pessoa mais velha numa empresa!) tudo é muito lindo aqui entre nós. Damo-nos bem, rimos, dizemos piadas, encomendamos comida, é fixe criar uma boa empatia entre todos. Contudo, com o teu namorado, e por mais que gostes dele, tens que lidar com todas as coisas menos boas. Mas se um dia o deixares por aquele colega de trabalho que está sempre ali, que é simpático e te trata bem, mais à frente perceberás que tudo voltará ao que era com o teu ex-namorado. (De repente já nem sei se estava a falar com a minha colega de trabalho ou se viajei no tempo para falar com a minha primeira ex-namorada que me trocou por um colega de trabalho...)
Entretanto e porque reforcei que o importante é cada casal ter as suas regras e ver o que funciona para si, lembrei uma conversa que tive com uma pintora que conheci no Tinder e que me disse que não levaria nada a mal se o companheiro, e só porque teve uma vontade momentânea, decidiu ir com alguém dar uma valente trancada. Porque são instintos e foi uma coisa do momento e isso é perfeitamente aceitável. Agora registar-se numa cena qualquer e andar à procura de alguém, isso seria traição e seria impensável. Interessante como diferentes pessoas têm diferentes pontos de vista sobre as relações.
Mas mais importante, foi a frase que ficou, rematada pelo meu colega sobre as relações de amizade no local de trabalho. Tomem nota:
"Do ombro amigo à mama amiga é um pequeno passo".
domingo, 12 de dezembro de 2021
Por Isso é Que o Trump Nunca Teve um Blog ou Não Há Ócio Que Não Dê em Negócio
![]() |
https://www.pikist.com/ |
Depois de quase sete anos de outra coisa qualquer, 2021, que está agora a acabar (e parece que ainda foi ontem que tantos suspiravam em 2020 por um novo ano que findasse com a pandemia, e ainda tanta pandemia temos pela frente) tem sido um ano de mudanças para mim.
Nem que seja só nas rotinas.
Sempre que algo acaba há necessariamente algo que muda, nem que seja nas rotinas. Todas essas rotinas de levantar e rumar a um determinado destino e estar 8h com determinadas pessoas e passamos a ter outras rotinas, nem que seja deixar de ter rotinas e ficar um pouco mais na cama ou fazer uma sesta depois de almoço. E tão bem que me soube fazê-la durante uns meses.
Há um ditado que diz "põe-te a dormir que depois comes do sono". Como quem diz "não te mexas e espera que as coisas venham ter contigo".
Mas a verdade é que as coisas acabaram mesmo por vir ter comigo, sem eu mexer uma palha. E, de um dia para o outro, ainda que mais ou menos temporariamente, a minha vida deixou de ter quase todo o tempo livre para fazer o que me apetecesse, para passar a trabalhar de segunda a sábado. Acabou-se o bem bom do ócio para vender o meu tempo livre.
E basicamente é isto. Ultimamente a minha vida resume-se a trabalhar e treinos de ténis-de-mesa, duas vezes por semana, quase sempre sem tempo, mas, principalmente, sem vontade, daquela falta de vontade tantas vezes transformada em "dores de cabeça", para parar um pouco e escrever aqui no diário, as minhas lamentações. Porque escrever um texto, por pequeno que seja, exige bem mais do que partilhar uma frase no Twitter. E por isso é que o Trump escrevia uns 25 tweets por dia mas nunca teve um blogue (e eu até tenho três).
domingo, 12 de abril de 2020
Cuidado Com O Que Se Deseja
![]() |
https://www.saatchiart.com/parvinnabati |
Talvez seja do cair da folha. Eu por exemplo ficava sempre muito mal em Setembro. Talvez também haja qualquer doença que dá nas empresas por essa altura do cair da folha. Não sei. Mas o que sei é que desta vez não houve as necessárias explicações. Afinal, já todos tínhamos passado pelo processo, não é? Acho que deve ser mais ou menos como quando o marido (ou esposa) trai o respetivo e, depois de perdoado, quando o voltar a fazer, não deve sentir qualquer necessidade de voltar a contar. Para quê? Uma vez corno, corno para sempre não é? Então falar para quê?
Depois da prolongada chuva deste Inverno (e já ninguém se lembra que tivemos cheias este Inverno, pois não? Nem que o Trump mandou assassinar o Soleimani e vinha aí a terceira guerra mundial no início do ano, ou que em Portugal os média descobriram que afinal a Isabel dos Santos não é uma empreendedora mas sim uma grande ladra, não é?) mas, depois das chuvas do Inverno vinha aí a Primavera. E eu tenho sempre tanto para fazer no jardim.
E se há coisa que me chateie mesmo é, no Inverno, todos os dias, ter de sair de casa ainda de noite para ir trabalhar e quando regressar ser novamente noite. Tanta vida lá fora desperdiçada. Nem sequer nos apercebemos da mudança das estações.
"Se ao menos agora ficar desempregado..."
Mais valia que tudo isto se decidisse de uma vez por todas. Ou sim ou sopas. Ao início é o choque. Se a empresa fechar lá vem o fantasma do desemprego para nos assombrar. O processo de andar todos os dias a ver anúncios e mandar currículos e ir a entrevistas e aparar a barba e vender-mo-nos o melhor possível como putas nos classificados dos jornais. Mas depois começamos a relativizar. É assim com tudo. Criam-se defesas. Não há-de ser o fim do mundo.
Mas o tempo passa. Um ano, dois anos, três anos. Tudo continua na mesma. Nem fode nem sai de cima. Os anticorpos avançam e a vontade de seguir um novo rumo já é muito superior ao medo da incerteza. E a Primavera está quase a chegar e os dias vão ficar maiores. E eu tenho sempre tanto para fazer no jardim.
Eu não acredito propriamente no que diz o Paulo Coelho no Alquimista, que o universo conspira a nosso favor para concretizar os nossos desejos. Ainda por cima porque há tantos desejos contrários, de tantas pessoas diferentes, que o universo iria ficar completamente baralho acerca de quem conspirar a favor.
Mas a verdade é que eu secretamente, desejava ficar por casa nesta Primavera. E o universo lá me fez a vontade. Eu só acho é que não seria era necessário lançar uma pandemia mundial só porque eu tenho tanto que fazer no jardim, mas tudo bem. De qualquer forma eu já aprendi a minha lição. É preciso muito cuidado com o que se deseja.
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Quantos Anos é Preciso Trabalhar Para Compensar uma Licenciatura?
heraldsun.com.au/ |
Daqui por seis anos e seguintes:
58.800 / 14.000
68.600 / 28.000
78.400 / 42.000
88.200 / 56.000
98.000 / 70.000
107.800 / 84.000
117.600 / 98.000
127.400 / 112.000
137.200 / 126.000
147.000 / 140.000
156. 800 / 154.000
166.600 / 168.000
Respondendo, um licenciado que fique cinco anos na universidade, com estes valores estimados que introduzi, precisa de dezassete anos para ultrapassar o rendimento obtido por um aluno que se ficou pelo secundário.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Já Que se Fala Tanto em Ambiente e Produtividade...
terça-feira, 29 de outubro de 2019
De Onde Vem a Palavra Trabalho?
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Não Trabalhar a Partir de Casa
sábado, 2 de março de 2019
Dúvida Existencial (6) - Trabalhadores do Porto e Trabalhadores de Lisboa
![]() |
Via Pinterest |
sábado, 23 de fevereiro de 2019
Trabalhadores Pseudo-Dedicados
Na imagem abaixo vemos um exemplo do trabalhador pseudo-dedicado. Mal o patrão ou a chefia abriu a porta ou ficou num ângulo em que o possa observar, ele ataca furiosamente o teclado:
O trabalhador pseudo-dedicado tem um ego imenso. É o maior. Não há ninguém como ele. Os outros é que são uma merda. Ele é que trabalha muito e os outros é que não fazem nenhum. São super despachados, principalmente a despachar o seu trabalho para os outros! Mas quando entram mais pessoas para a empresa "no tempo deles é que era"! Sozinhos faziam o trabalho de três ou quatro pessoas! Eu nem quero imaginar como seria!

Só que, infelizmente, não se consegue enganar toda a gente ao mesmo tempo. Há ângulos de visão diferentes e, aos poucos, estes pseudo-dedicados começam a ser apanhados nos seus estratagemas. E nós, os trabalhadores comuns, até fazemos de conta, mas por favor, não insultem a nossa inteligência ou os nossos ouvidos! Eu estou-me a cagar se os pseudo-trabalhadores não fazem um caralho! Não sou eu que lhes pago o salário! Eu não sou polícia, quem paga que abra os olhos, se quiser. Mas já me incomoda um bocadinho, quando vejo certos espertinhos a picar o ponto depois de almoçar, ficando assim com quase meia hora de almoço que eu. Contudo, também não me estou a ver no papel de queixinhas. Incomoda-me e revolta-me, mas, o papel de queixinhas está reservado aos pseudo-dedicados. No entanto, quando elas tiveram que sair, certamente que sairão.
Mas como os pseudo-dedicados gostam de mostrar que se preocupam muito com a empresa, passam a vida a enviar e-mails às chefias. A fazer queixinhas, a mostrar como os outros é que são maus trabalhadores, para que eles passem pelos pingos da chuva. Daí que seja normal ver um pseudo-dedicado chegar a chefe. Porquê? Porque um chefe não tem de trabalhar como os outros, só tem que mandar os outros fazer!
Por isso, muito cuidadinho com risinhos e palmadinhas nas costas. Pode ser só um trabalhador pseudo-dedicado a espetar-te uma faca nas costas.
domingo, 18 de novembro de 2018
A Fidelidade Laboral Não Compensa - Queres um Aumento? Muda de Emprego!
sábado, 3 de novembro de 2018
O Evangelho da Riqueza

domingo, 16 de setembro de 2018
Bem-vindos Às Falsas Promessas do que Seria o Trabalho no Século XXI
sábado, 3 de março de 2018
Ofereço-me para Trabalhar na Indústria Hoteleira Portuguesa
Estou pronto a abandonar a minha profissão, o ténis-de-mesa diário na empresa e, dois meses depois, ingressar nesta nova atividade. Não quero que fiquem novos hotéis ou novos negócios turísticos por abrir. Eu estou aqui! E digo presente! E todos os portugueses deveriam fazer o mesmo.
É incompreensível que tantos portugueses abandonem o país, tantas vezes para trabalhar em hóteis, fazendo camas e limpando e que depois, em Portugal, os empresários do turismo não tenham gente para trabalhar! Não faz sentido nenhum.
![]() |
Diário de Notícias |
Se calhar vão para tão longe, fazer as camas dos outros, limpar e trabalhar nos hotéis dos outros, porque se calhar os donos dos hotéis e empresários do turismo em Portugal querem é ter escravos para trabalhar. Não querem pessoas que recebam salários minimamente dignos. Querem é escravos, sem direitos, que trabalhem sábados e domingos, a troco - pasmem-se!! - de um salário médio de 632€ por mês!! Quando na maioria dos casos não contratam pessoas a falsos recibos verdes a troco de salários mínimos.
Pois bem, eu estou disposto a deixar a minha atividade e ir trabalhar para o turismo, e estou a falar muito seriamente, e nem exijo muito. Sé peço um mero salário mínimo. Mas é um salário mínimo do Luxemburgo. Arredondando são dois mil euros. E por um contrato de 2 mil Euros mensais, um mero salário mínimo do Luxemburgo, eu estou à vossa disposição para trabalhar no turismo, no que for preciso.
Ofereçam salários decentes. Deixem de ser um chupistas e de quererem ficar com o dinheiro todo. Portugal bate recordes no turismo, os empresários fartam-se de ganhar dinheiro, mas continuam a pagar salários miseráveis. E é por isso que as pessoas abandonam o país. Ofereçam salários decentes que as pessoas deixarão de abandonar o país. Deixarão de estar longe dos seus familiares e amigos, e trabalharão, com todo o gosto, fazendo no seu próprio país, as merdas que vão fazer para o estrangeiro.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
A Inveja é uma Coisa muito Feia
terça-feira, 20 de junho de 2017
Só Quando me Apetece Time
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Coração de Desportista
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Conversas Improváveis II
![]() |
Via Pinterest |
"Viste como ele impermeabilizou aquilo tudo? Ele parece o Dexter antes de assassinar as vítimas..."
E minutos depois. surge outra observação:
"Estás a ver o que ele está a fazer?"
Mas ouve, ele não sabe o que está a fazer! Ele está a fazer naturalmente, porque ele não vê televisão"!!
Após uma breve pesquisa por "Dexter" parece-me que esta imagem é bastante apropriada ao que eu estava a fazer... (sorriso maléfico!)