"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
domingo, 20 de abril de 2025
Diz-me Quem São os Teus Quatro Maiores 'Influencers' e Dir-te-Ei Quem És
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Amor Contactless
Uma das notícias desta semana é que o nosso cartão de cidadão vai passar a ser contactless, sem contacto, basta aproximar e já está, tal e qual os cartões multibanco (e nunca foi tão fácil comprar, pagar e ficar sem dinheiro na conta!)
Tudo está cada vez mais rápido, mais fácil, mais descartável. Tudo está cada vez mais contactess.
A sociedade humana evoluiu tanto e estamos tão modernos que também as relações humanas, quer sejam de amizade ou amor, também elas passaram a ser contactless. Sem contacto, sem afeto, sem toque, sem conversa, sem presença. Contactless.
Bem vejo à minha volta. Não se conversa, mete-se os fones nos ouvidos e está cada um no seu mundo virtual a ser escravo do divertimento muitas vezes idiota.
Ainda por estes dias o Júlio Machado Vaz dizia que as queixas dos casais no que se refere à intimidade evoluíram do "ela fica a ler na cama" para "ele fica a ver televisão" para "fica cada um na cama a olhar para o telemóvel.
A ditadura do divertimento matou as relações humanas. E o amor passou a ser contactless.
sábado, 27 de maio de 2023
Há uma Baixíssima Tolerância ao Sofrimento
Foi difícil para si, enquanto psiquiatra, admitir numa entrevista que esteve deprimido?
Falei nisso com a maior das naturalidades numa entrevista há mais de 20 anos. Se bem me lembro, o assunto surgiu quando estava a explicar a necessidade de destrinçar a tristeza da depressão e no problema que se tem vindo a agravar de medicalizarmos a tristeza, um sentimento que não é agradável, mas que é natural. Só que, nessa altura, não havia redes sociais, por isso não teve as mesmas repercussões que agora, quando voltei a falar no assunto numa entrevista à Fátima Campos Ferreira, no programa “Primeira Pessoa”, na RTP. Houve colegas meus e amigos que ficaram assustados. Disseram-me que corria o risco de perder doentes e que a minha clínica privada, provavelmente, ia falecer. (risos) Fiquei a pensar que, se calhar, juntei à naturalidade a ingenuidade. Eles podiam ter razão.
E tinham?
Não. Tive mais procura e ainda hoje há pessoas que marcam consulta e depois, quando chegam ao consultório, dizem: “acho que o senhor vai perceber melhor a maneira como me sinto”.
O facto de ter passado por essa experiência aproximou-o mais dos seus doentes?
Sim. Não é uma experiência nada agradável. Dispensava bem ter estado deprimido. Mas que me deu uma visão diferente das coisas, deu. Acontece a pessoa na consulta tentar explicar-me o que sente, a apatia, a dificuldade em “arrancar” de manhã e eu simplesmente dizer: “às vezes, até abrir a persiana custa, não é?” A pessoa fica surpreendida e diz: “É exatamente isso!” Mas, afinal, antes de tudo o resto, qual é o grande objetivo da psiquiatria e da psicologia? É fazer com que o outro se sinta compreendido. É por isso que fico preocupado quando oiço cada vez mais as pessoas dizerem que foram a um psiquiatra que os medicou, marcou consulta para daí a três ou quatro meses e que lhes deu o nome de um psicólogo porque eles precisam de falar da sua vida. Se a psiquiatria só confia na medicação e deixa a relação com o doente para os psicólogos, fica terrivelmente empobrecida. As pessoas precisam de sentir-se ouvidas. Mas vamos ser justos. Não estou a falar só da psiquiatria. A primeira linha da psiquiatria são os médicos de medicina geral e familiar, que têm às vezes uns miseráveis minutos para falar com as pessoas, que têm listas de utentes de 1900 pessoas, etc.
A saúde mental é o parente pobre do SNS? Há vários médicos e psicólogos a dizer que a situação é muito preocupante porque o sistema público não consegue responder às necessidades que são cada vez maiores.
Estive pouco tempo no SNS. Fui muito mais um professor universitário do que um médico e depois um psiquiatra em funções. Mas não é preciso ter 40 anos de SNS para saber que houve sempre um olhar parcimonioso em relação à saúde mental. Aquilo que nós [profissionais de saúde mental] ambicionamos é que a pessoa, ao sentir-se entendida, consiga dar mais uns passinhos na perceção do que está a acontecer consigo. Que fatores externos estão a contribuir para o “burnout”, para a depressão, para a ansiedade, etc. Esse é o primeiro passo para modificar as coisas. Algumas coisas estão completamente fora do nosso controlo, mas outras estão. E, portanto, temos de mudar de vida. Não podemos pedir isso às “pastilhas”. A Organização Mundial de Saúde tem vindo a passar a mensagem de que tem de haver uma abordagem holística da saúde da pessoa no seu todo. Hoje não passa pela cabeça de ninguém dizer que há doenças exclusivamente físicas ou exclusivamente psicológicas. E sabemos, cada vez mais, que as pessoas com depressão têm o sistema imunológico mais fragilizado. Mas, voltando ao SNS, mesmo que um colega de medicina geral e familiar decida encaminhar um doente para uma consulta de psiquiatria, isso pode significar meses de espera, o que é completamente inaceitável.
Houve sempre um olhar parcimonioso em relação à saúde mental.
Essa abordagem holística tarda em ser implementada?
O que é trágico é que quando surgiu a pandemia cavou-se um fosso ainda maior entre os recursos dados a uma medicina considerada mais “respeitável” e a saúde mental. Recentemente, o professor Miguel Xavier, que é o diretor do Programa Nacional de Saúde Mental, disse que é necessário duplicar o orçamento para a saúde mental. Ele reforçou que é preciso, no mínimo, duplicar os psicólogos nos cuidados de saúde primários. O bastonário da Ordem dos Psicólogos entoa a mesma canção há anos e anos. Depois, tivemos o professor Caldas de Almeida [ex-coordenador nacional para a saúde mental] a dizer numa entrevista ao Expresso que as questões da saúde mental também estão ligadas às questões sociais. Os pobres não sofrem da mesma maneira. E também referiu que aqueles que ainda não eram pobres estão a sofrer horrores. E é verdade. A classe média e média baixa, de repente, começou a ver-se deslizar para situações que eram impensáveis. No fundo, é a velha questão do fosso que existe entre os que têm muito e os que têm pouco.
Quando é que a tristeza deixa de ser normal?
Quando “enquista”, se prolonga e sobretudo nos impede de fazermos a nossa vida normal e de conseguirmos ter momentos de prazer. Aí é preciso parar e avaliar. Há situações em que o que é preocupante é não ficar triste. Por exemplo, alguém que amávamos deixou-nos ou morreu, o nosso negócio foi à falência... Viver essa tristeza não significa que fiquemos paralisados por ela. A pouco e pouco, a pessoa que perdemos mantém-se viva dentro de nós, mas não nos impede de seguirmos caminho. Se, pelo contrário, passamos a estar obsessivamente colados a essa imagem psicológica interna e estamos paralisados naquilo que é o nosso quotidiano, a probabilidade de estarmos a começar a lidar com um plano inclinado para uma depressão é muito grande.
Há agora, depois da pandemia, uma maior literacia sobre saúde mental?
Há uma iliteracia que se desenha sobre um pano de fundo de iliteracia global. Neste momento, ainda se junta um outro condimento que torna a situação mais complicada, que o facto de termos o “doutor Google” à disposição. As pessoas vão para a internet angustiadas porque têm medo de ter esta ou aquela doença, a informação que lá consta está longe de ser toda de boa qualidade e depois há uma tendência para ir buscar as piores hipóteses. Uma coisa que acontece muito é as pessoas chegarem ao meu consultório já com o diagnóstico feito. O mais clássico é a doença bipolar. A pessoa chega e diz que acha que já sabe o que tem. Diz: “Acho que sou bipolar porque tenho dias em que estou bem disposto e outros em que estou mal disposto”. Isto não tem nada a ver com ser bipolar. A iliteracia, de mão dada com a incapacidade de triar informação, num mundo que está cheio de notícias falsas, é algo que é muito complicado.
O facto de o SNS não estar a dar resposta, pode estar a contribuir para em Portugal haver um elevado consumo de psicofármacos?
Sim, mas não é a única razão. Nesta sociedade há uma tolerância baixíssima aos sentimentos negativos, ao sofrimento. Existe uma enorme nostalgia da “pastilha” que resolve tudo. Há pessoas que nos vêm consultar que ficam completamente desiludidas se não levarem uma receita. Mas o mais importante é do lado dos médicos. A consulta de medicina geral foi completamente espartilhada em termos temporais. Há uma sobrecarga de variáveis que os médicos têm de controlar, de campos de computador para preencher, etc. Começaram a surgir queixas dos dois lados da secretária – dos médicos e dos doentes. Os utentes dizem: o médico nem olhou para mim na consulta, esteve sempre a olhar para o computador. O que é verdade. E os próprios médicos também se queixam porque isto compromete a relação médico-doente, que é a base de tudo. As pessoas não se sentem ouvidas e muito menos escutadas, e do outro lado da secretária os profissionais de saúde sentem uma pressão brutal para apresentar números. Neste tipo de situação e com esta pressão, é muito mais simples receitar medicamentos. Mas há mais um fator. A indústria farmacêutica também exerce pressão sobre os médicos. Não vamos iludir-nos. Sempre exerceu. Mas, na minha opinião, o que mais contribui para os números recorde no consumo de psicofármacos é o facto de não haver as condições ideais para consulta. Não há tempo para falar com as pessoas.
No primeiro semestre de 2022, os portugueses compraram 10,9 milhões de embalagens de ansiolíticos, sedativos e antidepressivos. Estando tanta gente medicada, que implicações isto tem tanto para os próprios como para nós, enquanto sociedade?
Em primeiro lugar, isso não é um bom sinal em termos de sociedade. Uma das coisas que esta sociedade não tem sido capaz de impedir é o isolamento progressivo de cada vez mais pessoas. O que é terrível para a saúde mental. Por outro lado, o facto de haver mais pessoas que estão medicadas, traduz-se em riscos. Nós, sobretudo depois de uma boa jantarada, estamos sempre a pensar se aparece a brigada de trânsito. Se a brigada aparecer e, além de dosear o álcool, for dosear ansiolíticos, antidepressivos, etc.…, apanhamos todos um susto enorme. Há, ao volante ou a atravessar a rua, milhares e milhares de pessoas cujos reflexos estão lentificados porque estão medicadas. E, além disso, grande parte desses medicamentos provocam dependência. Aparecem-nos pessoas que dizem que tomam aquela medicação há 15 ou 20 anos. Aquela “pastilha” já faz parte da sua rotina. Outras dizem: sinto-me embotado em termos de sensibilidade ou, quando tomam medicações mais pesadas, dizem que se sentem embrutecidos, a cabeça não funciona com a clareza que desejavam, etc. Haverá sempre pessoas que têm de ser medicadas, algumas sem fim à vista. Mas o que temos neste momento são pessoas que, por vezes, são medicadas quando não deviam ser. A melhor maneira de abordar a situação, pelo menos naquela altura, não é essa. Na verdade, muitas vezes o que as pessoas sentem é um enorme vazio dentro de si. Uma rede social de apoio, por exemplo, é algo com um efeito terapêutico brutal para as pessoas. Nomeadamente para os mais velhos, mas não só.
De que é que as pessoas se queixam no seu consultório?
Se a brigada de trânsito aparecer e, além do álcool, dosear ansiolíticos e antidepressivos, apanhamos todos um susto enorme.
Há um desencanto nas pessoas com aquilo que as rodeia.
Há de tudo. Uma das queixas que mais tem aumentado é o desencanto com o que as rodeia. As pessoas dizem-me: ontem desliguei a televisão porque passaram horas a cobrir isto ou aquilo. Estamos numa situação política muito pouco agradável. Há problemas que, obviamente, têm de ser abordados, investigados e esclarecidos. Mas é uma espécie de telenovela que está a anos-luz das preocupações reais da população. Neste momento, o português médio está preocupado com o desemprego. A precariedade laboral é terrível. Há pessoas que dizem que não sabem se para o mês que vem ainda têm emprego. Também existe uma preocupação com as condições de vida e o receio do que o futuro pode trazer. Uma pessoa cuja prestação da casa aumentou 80 ou 90 euros e, ao mesmo tempo, leu que no primeiro trimestre os bancos lucraram mais de 950 milhões de euros, como é que se sente? Daí o desencanto. As pessoas estão céticas e, muitas vezes, de uma forma injusta acabam por meter tudo no mesmo saco. Dizem-me que deixaram de acreditar nos políticos. Quando se ouve as pessoas dizer “é tudo igual”, é muito mau. Agora, indo mesmo para a clínica, sem surpresa, aquilo que eu tenho encontrado mais são síndromes depressivo-ansiosos.
As questões económicas são determinantes para a saúde mental?
O agravar do fosso entre pobres e ricos não só tem consequências em termos sociais, porque as pessoas ficam revoltadas, mas tem obviamente consequências ao nível da saúde mental. Há artigos a dizer que em Portugal pode demorar quatro gerações para sair da pobreza e chegar à classe média. Quatro gerações? Isto é obsceno! As políticas de saúde, cada vez mais, têm de ser multidisciplinares. Não podem estar concentradas só no Ministério da Saúde. A Segurança Social, o Ministério da Educação e a própria arquitetura das cidades, que se tornaram selvas de concreto, têm de estar envolvidos.
Ainda existe um estigma sobre a doença mental. Haver figuras públicas a admitirem que tiveram uma depressão ou que têm transtorno obsessivo-compulsivo, por exemplo, contribui para diminuir o estigma?
Contribui. Pessoas com prestígio social, cujas intervenções são seguidas por muita gente, que são bem-sucedidas na vida (seja lá o que isso signifique), ao admitirem que sofrem disto ou daquilo, faz com que as outras pessoas percebam que não é impossível obter determinadas coisas nesta sociedade mesmo tendo este problema.
sábado, 7 de janeiro de 2023
A Americanização dos Serviços de Saúde Europeus em Curso
domingo, 27 de março de 2022
Nada Substituiu o Toque Humano
terça-feira, 17 de agosto de 2021
Qualquer dia Estamos a Acabar uma Relação com um Emoji
A propósito das afirmações de Cristophe Clavé, que relaciona o empobrecimento da linguagem com o emburrecimento coletivo (temos primeira vez uma geração com um QI inferior ao dos pais) aqui deixo alguns excertos do programa "O Amor é" da Antena 1 com Júlio Machado Vaz e Inês Menezes.
"Ao simplificarmos cada vez mais a linguagem é inevitável que, atrás da linguagem vá também o processo de pensamento.
Vou-lhe dar um exemplo, que por caso me irrita bastante. Eu gosto muito de adjetivos e, hoje em dia, assistimos, quer na televisão, quer nas redes sociais, hoje em dia parece que só temos um adjetivo que é o "incrível". O incrível dá para tudo. Não quer dizer que eu não o use, porque eu também o uso, mas, tudo está resumido ao incrível e isso terá a ver com este empobrecimento da linguagem, com esta preguiça. Nós não vamos procurar outra forma de adjetivar, serve-nos o incrível.
Se nós não conseguimos articular (antes de dizer as palavras nós pensamos). Numa discussão estamos a elaborar um argumento. Se a poupo e pouco isso se vai tornando cada vez mais difícil nas nossas cabeças, antes de as escrevermos ou dizermos, isto vai empobrecer a nossa capacidade de argumentar. Perante essa incapacidade de argumentar, uma das pseudo-soluções é a emoção tomar o lugar do processo de pensamento. E então o que acontece é que, com meia dúzia de palavras, o que nós acabamos por verificar é que desaguamos no conflito, as posições são rígidas, tão mal explicadas, as pessoas não têm maleabilidade. Veja por, por exemplo, à medida que nós vamos tendo mais dificuldade de criar aquilo que é dito - e não é só a palavra pura e dura - é a maneira como a palavra é dita. Nós vamos perdendo a capacidade de discernir, de vez em quando, entre o insulto e o humor. E isso pode ser catastrófico num diálogo.
As nuances da linguagem. Há palavras muito próximas. Quem tem muito bom vocabulário tem a capacidade de fazer um autêntico degradé no seu léxico, e isto é, muito enriquecedor, para a pessoa, porque tem ao seu dispor uma paleta, não de cores, mas de palavras, para traduzir o que sente, muito mais rica, mas também para quem ouve.
domingo, 11 de novembro de 2018
O Grande Feito de Donald Trump - E Quem São os Fanáticos Defensores Trump?
Fascinante, para quem trabalha na área que eu trabalho é como, o núcleo duro de apoiantes de Trump, que dizem, vezes sem conta às televisões "estou-me nas tintas para isso tudo; mesmo que seja verdade o que dizem dele eu continuo a votar nele" quem são?
A espada de Dâmocles - O Amor é / Júlio Machado Vaz
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Traição e Quebra de Confiança nos Tempos Modernos
As mulheres são mesmo emocionalmente diferentes dos homens? O Amor é / Antena 1
domingo, 18 de março de 2018
Não Basta Gostar
"Criar um filho com o "Ex" - O Amor é / Antena 1
domingo, 4 de março de 2018
As Médias Altíssimas Não Provam Rigorosamente Nada
(Júlio Machado Vaz)
Dar Más Notícias / O Amor é / Antena 1
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Certezas & Gavetas
domingo, 17 de setembro de 2017
Como Surge a Simpatia pelo Discurso Xenófobo e Racista
domingo, 2 de julho de 2017
Monogamia ocorre em Menos de 5% dos Mamíferos... e nem os Arganazes são fieis!
Arganazes-do-campo (Todd Ahern) |
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Depressão: o confronto com o inevitável
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Admiração pelo Outro
sábado, 5 de novembro de 2016
Será isto definitivamente o Amor?
E o que me parece é que, só o simples facto de alguém se separar e desejar o melhor para o outro já não será para todos. Mas tudo dependerá sempre da forma como as coisas acabam.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Preconceitos: O sexo e o envelhecimento
Há dias fui abordado por gente simpática que tenciona introduzir o tema da Sexologia num portal da Internet. Pediram a minha opinião sobre os conteúdos propostos. "Acrescentaria mais alguma coisa"?, perguntam. Respondi que não vira nada sobre sexualidade e envelhecimento. Deram uma vista de olhos ao índice e concordaram, surpreendidos. Um pôs hipótese que reputo de verdadeira: "no fundo estamos sempre a pensar nos utilizadores mais jovens". E ainda bem!, eles precisam de boa informação e espaços de conversa, lixo já existe de sobra. Mas o esquecimento é natural, vivemos em mundo obcecado pelos números que habitam o bilhete de identidade das pessoas; não ser jovem - ao menos de espírito! - começa a estar perigosamente fora de moda. No dia seguinte um certo mail desaguou no meu computador. Uma organização sem fins lucrativos - é bom salientar estes factos! -afirmava ter um projeto para familiarizar os idosos com a Net. Imaginem para que área desejavam a minha ajuda?
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Os amigos-sósia
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
O mestre
Mas não se pense que o programa falava só sobre sexo. Falava de sexo sim, mas abordava de tudo um pouco. Amor e relações, cenas de filmes, livros, até de futebol se falava, principalmente do Benfica claro, a perdição do professor que nasceu no Porto, e ainda respondia às cartas dos leitores.
Pois é, mas ó professor, olhe que eu na prática vim a aprender que nem sempre é assim! Nem sempre podemos generalizar como bem sabe, e melhor que eu. E eu entretanto aprendi, que nem sempre é com muitas delicadezas que lá chegamos. Às vezes, o que algumas querem mesmo, é que não percamos muito tempo com demasiadas atençõezinhas, querem mesmo é que lhes saltemos para cima, façamos arranques bem rápidos e violentos e deixemos o ponteiro sempre colado com as rotações no vermelho!