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terça-feira, 19 de junho de 2018

O Ser Humano está Sempre Pronto a Fazer Mal a Outro Ser Humano

Qual terá sido a grande lição que retirou desta grande cobertura de terramotos, por exemplo, até conversações de paz. 
Que lição é que retira enquanto jornalista?

Que o ser humano está sempre pronto a fazer mal a outro ser humano. Eu vi isso em zonas de conflito e vi isso infelizmente em zonas de desastres naturais. Por exemplo, creio que foi em El Salvador, pouco tempo depois de um terramoto, apareceu um gangue de colombianos a vender os caixões a dez vezes o preço normal, obrigando as pessoas a sepultar os seus entes queridos em sacos de plástico numa vala comum como se fossem lixo. Noutra ocasião venderam a água a dez vezes o preço normal às pessoas que tinham sido vítimas de um terramoto. Na Nicarágua o presidente a roubar dinheiro que foi dado para a recuperação de um furacão (...) e o presidente achou que a melhor maneira de gerir o dinheiro que tinha sido dado para a recuperação do país era uma parte ficar para ele. E podíamos estar aqui o dia todo com exemplos destes. 

O ser humano está sempre pronto a fazer mal a outro ser humano, é uma das lições. 

Luís Costa Ribas no programa À volta dos Livros da Antena 1. 

sábado, 26 de maio de 2018

O Pragmatismo Chegou ao Amor

Agora que já fiz a digestão do meu próprio livro, eu acho que o meu livro e os últimos livros que eu tenho escrito, são sobre a nossa incapacidade de amar. Não é só azar não é só incompatibilidade de feitios... Não. É que acabaram algumas coisas que antes eram sagradas. E ainda bem que já não são como a renúncia, a entrega, a dádiva o amor incondicional, o amor unilateral que acontecia muito no caso das mulheres, etc. O próprio sentido de sacrifício. Isso tudo está completamente arredado da nossa vida do quotidiano... O pragmatismo chegou ao amor.

No caso deste livro ele vive no Porto ela vive em Lisboa já não dá muito jeito. E dantes tinha de haver diligências que levavam uma carta ao fim de seis meses, de um amante que estava embarcadiço ou não sei quê. Pronto. Hoje em dia há todas as facilidades. Podemos falar ao minuto com quem estiver na Austrália mesmo assim o amor não se aguenta com muitas dificuldades. 

Isto é a minha última descoberta, que parece uma paliçada, e que eu não acho que seja. Eu tenho três casamentos falhados, e tenho uma tendência universal de dizer: "foi azar". Não foi azar porquê? Primeiro porque isto é um bocadinho a história da Cinderela ao contrário. Tens um sapato que servia e é aquela a amada. E aqui é: "nós temos que ter o mesmo sapato". O sapato está um bocadinho apertado já não andamos bem;  se está largo já andamos como umas patas. Portanto, a chinela para o nosso pé é das coisas mais raras e difíceis de conseguir. É como acertar no Euromilhões. Ou desromantizamos  a hipótese de termos ao virar da esquina uma pessoa que seja a chinela do nosso pé, e percebemos que quando isso acontece, é aí sim, uma bênção extraordinária que temos que honrar, ou não nos vamos sentir frustrados quando cada vez que um sapato começar a apertar ou a alargar. Basicamente é a nossa incapacidade de amar. 


Rita Ferro, a propósito do seu último livro "Um amante no Porto" no programa "À volta dos livros". 

sábado, 18 de novembro de 2017

Acreditar no Destino



Mulher de coragem a sua mãe, porque muitas vezes no campo arriscou a vida, passou comida através da cerca eletrificada, comida e medicamentos a outro preso, assumiu a culpa pelo desaparecimento de alguma comida, e correu sempre risco de vida...

Sim. A minha mãe é uma mulher muito corajosa e eu tento analisar isso no livro, e eu acho que grande parte dessa coragem se deve ao facto de ela acreditar completamente no destino. Então ela nunca se preocupa "ah eu vou morrer" ou "eu vou apanhar alguma doença"ou "vai acontecer alguma coisa comigo". Ela entrega a vida dela para o destino e eu acredito que é isso que lhe confere tanta coragem e que fez também com que ela conseguisse sobreviver, porque ela não ficava se poupando, e privando de uma forma egoísta ou vaidosa. Ela sempre soube ser humilde e aceitar as coisas como elas vinham, e até hoje ela é assim. 

Noemi Jaffe, autora do livro "O que os cegos estão sonhando?" no programa À volta dos livros" de 16 de Novembro na Antena 1.


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Mulher Virgem Extra

Esta semana, enquanto conduzia no caminho do trabalho para casa, apanhei o programa À volta dos Livros da Antena 1 e que versava sobre o livro "A Vida Virgem Extra" de Cláudia Vilax. 



O que é que distingue este azeite virgem extra dos outros, Cláudia?

O azeite virgem extra é um azeite que tem melhor qualidade. É um azeite que não tem defeitos e só tem qualidades. E quando é um azeite que é bem feito de verdade, é um azeite cheio de nutrientes bons que nos fazem bem à nossa saúde. Como por exemplo a Vitamina E que, hoje em dia, está provado cientificamente, é muito melhor ingeri-la através dos alimentos do que artificialmente através de suplementos vitamínicos; tem também ácidos gordos monoinsaturados que são essenciais à nossa saúde; outros anti-oxidantes além da Vitamina E; têm vitaminas lipossolúveis; O azeite é de facto algo que nos faz muito bem. 

E fiquei a pensar nisto no que é que distingue o melhor azeite dos outros. Com que então o azeite virgem extra só tem qualidades e nenhuns defeitos e que só nos faz bem à saúde? Mmm.. é isto! O que eu preciso é de uma mulher como o azeite! Mas tem de ser uma Mulher Virgem Extra!