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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Estátuas Pornográficas no Cu dos Outros

Só para relembrar. Rui Moreira, o ex-comentador da bola que os portuenses escolheram para último presidente de câmara municipal do Porto, expulsou os feirantes da Feira da Vandoma para fora da cidade; ter mandado a polícia expulsar os sem abrigo; acabou com o Museu Romântico; despreza a maior e verdadeira casa da música da Europa, o STOP, onde ensaiam 500 bandas - porque parece-me evidente que o problema não é o risco do edifício, mas sim a especulação imobiliária e o apetite voraz pelo local onde o antigo centro comercial se encontra; impôs altas taxas (que podem chegar aos 700€) aos artistas de rua. E por fim, e não menos ridículo:  meteu-se com a estátua do Camilo! 




Rui Moreira meteu-se com a estátua de Camilo porque parece que uma enorme onda de indignação de bons cidadãos, zeladores da moral e dos bons costumes do Porto, umas incríveis trinte e tal pessoas, queriam a remoção da estátua de Camilo que está colocada junto à cadeia da relação porque é "pornográfica"! Aliás, isso facilmente se comprova pois sempre que lá passo são dezenas as pessoas que para ali vão para se masturbar, dado o alto nível de excitação que a estátua espoleta!

Porque o significado de pornográfico é esse: "provocar excitação sexual".  E então o atual presidente da câmara do Porto decidiu retirá-la e ponto final. Porque ele é que manda, ele é que é o "presidente da junta"! Verdadeira chatice foi que no dia seguinte já existia uma petição de mais de oito mil pessoas, certamente todas taradas, na defesa da permanência da mesma estátua do escritor.

Curiosamente hoje andei de novo pelos Jardins de Nova Sintra e estive de novo junto à estátua que a câmara ali colocou, ironicamente a mando de Rui de Moreira em 2017.

Ponho-me a olhar para a estátua e penso: então mas esta estátua, de uma jovem de mamas durinhas e arrebitadas a apontar para o céu já não é pornográfica?

O problema é que Para Rui Moreira umas nádegas são pornográficas porque a estátua foi mandada colocar no mandato do presidente da câmara anterior. Já estas novas mamas, descaradamente ao léu, ali a apanhar frio e sem o aconchego de Camilo, e sujeita como diria Marcelo, a apanhar uma pneumonia  já está tudo bem porque foi adjudicada diretamente por si e pelos seus. 

Até para ser estátua é preciso ter sorte e estátuas pornográficas no cu dos outros é refresco. 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

A Origem do Bolo-Rei (que deixou de ter fava)

"Se calhar a maioria das festas do meu quinteiro teve origem em comemorações remotas adaptadas a novos tempos. Assim, folguedose e costumes da Natividade foram - digamos - a cristianização das saturninas romanas. 

As saturninas, celebradas a 16 e 17 de Dezembro - quando começa a novena de Natal -, eram grandes festejos a Saturno (que, na tradição romana promoveu a paz, trouxe a abundância e ensinou a agricultura aos homens). Tais honrarias celebravam a igualdade entre os indivíduos e davam origem às maiores licenciosidades e liberdades. Incusive dos escravos, a quem tudo permitiam. Rezam as crónicas que pessoas de bem e gent séria até abandonava Roma, ness ocasião, para não serem incomodadas. 

Porém, não só herdámos do passado as grandes festividades - Natal, Páscoa, Entrudo, São João e outras - mas também pequenas tradições, humildes e significativas. É o que caso da fava que aparece no bolo-rei, estranho costume hoje visto ao contrário do seu significado original. A história é assim: o alimento base dos primeiros romanos, camponeses e rudes e sóbrios, tinha o nome de pulmentum, composto de farinha de trigo (ou cevada) e água. No serão que precedia a festa saturnal - que tem evidente analogia com a atual consoada -, era costume comer daquela espécie de pão, em cujas entranhas se escondia uma fava seca. O comensal que, bafejado pela sorte, a recebesse no prato convertia-se no homem principal da comemoração de Saturno. E isto independentemente da sua condição social, já que, por sorteio, a igualdade da condição humana era proclamada.

O crescimento do Império transformou o pulmentum em pão de qualidade e a própria festa saturnal em extensa e imaginativa orgia. Neste novo contexto festivo-luxirioso, os escravos, vestidos como os amos, vinham para as ruas fazer pantominas nas calendas de Januaris, e o velho costume do sorteio gastronómico da fava converteu-se em jogo erótico. Mediante ele elegia-se o rei escravo que encontrasse o fruto seco, aquando da partilha de um grande doce chamado scriblita. O poder daquele "rei por um dia" não era mais do que possuir mulher (ou homem - conforme os gostos) que quisesse escolher, de qualquer condição social. 

Estes saturnais, criticados por Séneca na frase non semper sunt saturnalia (nem tudo são saturnais), foram abolidos após a cristinização do Império, que, todavia, não conseguiu evitar o enraizamento da crença nas virtudes da fava. Desde há mais de 2000 anos ela adquiriu novos cambiantes, deslizando das formulações eróticas e sexuais romanas para as interpretações que atualmente lhe damos: encontrar a fava é pouca sorte, pois implica comprar um novo bolo-rei para a festa seguinte. 

No entanto, mesmo este costume pacífico e amigável não corresponde à lenda cristã sobre a origem do bolo-rei e do uso da fava: aquando do nascimento do Menino-Deus, começaram a chegar a Belém sábios, sacerdotes e magos. Vinham prestar homenagem ao anunciado redentor do mundo. Os magos não chegaram, todavia, a acordo sobre qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino. Resolveram então fazer um bolo contendo, no interior, uma fava (a continuidade do uso romano). O bolo seria repartido por todos, em partes iguais, e aquele a quem saísse a fava teria sorte de oferecer o presente antes dos outros (é a crença num objeto benfazejo e signo da sorte). 

A lenda não diz a quem saiu. Mas o facto correu de boca em boca e, a partir daí, propagou-se o hábito de cozinhar um bolo com a fava dentro sempre que fosse necessário resolver - pela sorte - qualquer divergência. Posto isto, se lhes sair a fava, em vez de chorarem o que vão ter que pagar, pensem como, há milhares de anos, em Roma, ficaria o felizardo a quem caberia ser rei por um dia - com os atributos e facilidades daí advindas. 

"Vistas do Meu Quinteiro" / Hélder Pacheco (1995)

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

De Olho em Ti

"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens mas sim em ter novos olhos".

sábado, 26 de dezembro de 2020

Porque é Que os Asiáticos Resolveram o Problema Pandémico e os Ocidentais Não?

 Ontem, dia de Natal, a grande generalidade dos portugueses ainda estava a dormir porque se deitou muito tarde porque ficou à espera do Pai Natal que este ano não veio porque lhe mataram as renas todas na Quinta da Torre Bela e já eu andava de bicicleta junto ao rio Douro. Mas não satisfeito, logo após o almoço que aqui em casa dos meus pais é sempre ao meio-dia, meti a bicicleta no reboque e rumei em direção à cidade do Porto. Deixei o carro a três quilómetros do Freixo, peguei na bicicleta e fui dar uma volta, para exorcizar do meu corpo os últimos vestígios de bolo-rei da noite anterior. Fiz o passadiço de Valbom e rumei ao passadiço de Rio Tinto, passando pelo Parque Oriental. 

Ainda era cedo e fui vendo poucas pessoas a caminhar. Maioritariamente ninguém usava máscara, e na rua, a caminhar ao ar livre eu também não vejo grande problema com isso uma vez que o distanciamento facilmente se consegue. Eu também não ando de bicicleta com a máscara colocada, ainda que de vez em quando lá passa uma pessoa com ela colocada. 


No entanto, comecei a prestar atenção. Passo por um casal de asiáticos (eu não os distingo, se são japoneses, chineses, coreanos ou vietnamitas!) e ambos com a máscara corretamente colocada. Adiante outro asiático de meia-idade, sentado num banco com uma criança, também de máscara colocada corretamente. Depois de feito o passadiço de Rio Tinto decidi rumar até à Ponte da Arrábida e ao Jardim do Passeio Alegre. Fui passando por cada vez mais pessoas na rua quando me aproximei do jardim, e aí já ia vendo mais pessoas com máscara mas a grande maioria não usava. Continuo a dizer que isto não é uma crítica, é unicamente uma constatação, pois o que a lei diz é que o uso da mascara só é obrigatório quando o distanciamento não é permitido, e relembrar que estamos a falar de espaço ao ar livre. Mas fui contado, e a verdade é que passei por uns dez conjuntos de asiáticos e, sem exceção, estavam TODOS de mascara e corretamente colocada.

Sobre a China muita gente coloca dúvidas como é que eles erradicaram o vírus tão rapidamente e já fazem a sua vida normal e vão aos bares e discotecas. Colocam-se dúvidas porque é um regime autoritário que não cumpre os direitos humanos e devemos sempre ter cautela com as informações que de lá vêm. Contudo a China não foi o único país asiático a resolver o problema da pandemia, foi a grande generalidade. O Japão, por exemplo, pertence ao G7 (os países mais industrializados do mundo) e é de todos eles o país que está melhor. 

Podem-me dizer que por aquelas bandas eles estão mais preparados porque já convivem com as máscaras há mais tempo e é verdade. Em muitas cidades chineses sei que já se usava máscara simplesmente para as pessoas se protegerem da poluição. Existe essa familiaridade com esse objeto que para nós, excluindo as pessoas que já as tinham que usar nos seus trabalhos, era ainda uma novidade. 

Mas os asiáticos resolveram os seus problemas com a pandemia porque cumprem! Os asiáticos que estão em Portugal poderiam comportar-se como qualquer português e não usar a máscara, ou usá-la no queixo, mas não, eles usam-nas sempre e de forma correta. Estão em Portugal, e aqui não há nenhum regime autoritário de pontos que os possa prejudicar. Da Ásia também conheço nem ouvi falar em grupos negacionistas como aqui na Europa, e que infelizmente chegaram também a Portugal, que são contra o confinamento e contra o uso das máscaras como os conhecidos grupos de mentirosos pela verdade.

Os asiáticos têm um sentido de comunidade muito forte. Ajudam-se uns aos outros e respeitam o próximo. Nós portugueses e ocidentais em geral, só pensamos no nosso umbigo. Devemos guardar distanciamento e respeitar as regras para que a pandemia acabe mais depressa? Nada disso, eu faço o que me apetece e ninguém manda em mim e têm que respeitar a minha liberdade individual de ser um atrasado mental. 

domingo, 30 de agosto de 2020

O Turismo na Cidade do Porto em Agosto de 2010

Estava por aqui à procura de umas fotografias e eis se não quando, por obra e graça de sabe-se lá que santinho, tropecei numas fotografias tiradas por mim na cidade do Porto a 30 de Agosto de 2010. Precisamente no dia de hoje há dez anos! 

E muito se tem falado este ano da crise do turismo por causa da pandemia. Os profetas da desgraça já falam em fome, nas sete pragas da bíblia, no regresso do Diabo... (respirar fundo) mas atentemos como era a cidade do Porto em Agosto de 2010.

Dá muito que pensar e refletir que, apesar da pandemia que estamos a viver, ainda assim as ruas do Porto têm hoje muito mais gente que em Agosto de 2010.

Praça da Liberdade quase vazia:



Convento dos Carmelitas e Praça Gomes Teixeira (Leões) vazias:



Livraria Lello e Rua das Carmelitas vazias: 



Praça da Ribeira vazia:



Cais da Ribeira com meia dúzia de pessoas:



Sé do Porto vazia:




Vista de São Bento com a Igreja dos Congregados ao centro, passa um autocarro de turismo e meia dúzia de pessoas a atravessar uma passadeira...


segunda-feira, 22 de junho de 2020

A Ponte Despiu-se de Pessoas


Esta imagem terá duas horas. Poderia dizer que a ponte Dom Luís despiu-se de pessoas. Só para mim. Os miúdos que se penduram no tabuleiro para se mandarem lá para baixo, quinze metros até ao rio, também ficaram sem audiência. Mas quando passei junto ao rio a pé e com a bicicleta pela mão na Ribeira, por um passeio muito estreito, entre as mesas encostadas ao muro de granito e os restaurantes, cafés ou lojas de recordações, senti a dificuldade que aquelas pessoas podem estar a viver. Um senhor mais velho abordou-me em inglês e eu estava a levá-lo a sério antes de ter visto o emblema do FC Porto no casaco e antes dele me dizer que precisa de dinheiro para comer. Não dei nem darei mais. Conheço bem alguns pedintes profissionais. Há uns vinte anos conheci umas crianças que andavam a pedir em Santa Catarina e percebi que eram os pais que, quais proxenetas exploravam as crianças, porque qualquer pessoa sente mais pena das crianças do que dos adultos. Ganhamos resistência a este tipo de coisa e podemos estar a dizer não a quem até precisa mesmo, mas ninguém gosta de ser enganado e paga o justo pelo pecador. 

Está tudo errado nesta sociedade mas não se culpe a pandemia, até porque a pandemia só apareceu graças aos hábitos absurdos que levamos a sociedade global e consumista. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Conversas Improváveis (45) - Ignorância Cultural do Grande Porto

Ao passar por uma tenda de vendas de uma artesã que faz pinturas em pedras com motivos celtas, e depois da pessoa que estava comigo ter perguntado sobre os motivos, e sobre quem é que fazia aquele trabalho, que era mesmo a própria senhora que ali estava, perguntou-se sobre como estava a decorrer a Viagem Medieval... E tal como eu sempre achei (até porque já tive o retorno de uma amiga) não corre assim tão bem para os artesãos, mas a senhora descreve de forma muito interessante o cenário:

"As pessoas do grande Porto são completamente ignorantes do ponto de vista cultural. E nós somos do grande Porto. Então Gondomar ou Famalicão... ui! 
- Então e que zonas são boas?
- Tomar, Torres Novas...

Aqui, para a maioria das pessoas, a feira medieval é para vir cá comer e beber. Não valorizam o trabalho do artesão. Os próprios média só fazem alusão à comida e esquecem os artesãos. Ainda antes da feira começar já a comunicação social só falava, como se eles precisassem de publicidade, da comida, e dos porcos que aqui na zona já tinham esgotado."  

Viagem Medieval 2001

sábado, 22 de setembro de 2018

Entretanto no Portugal da Idade Média

No Portugal da Idade Média uma mulher desmaiada é violada numa casa de banho pelo barman e pelo porteiro de uma discoteca de Gaia. E no Portugal da Idade Média apesar dos factos terem sido provados pelo tribunal, os criminosos os homens bons costumes ficaram em liberdade, com pena suspensa, porque o Tribunal da Relação confirmou a sentença de primeira instância, alegando no acórdão que "a ilicitude não é elevada" visto que "não há danos físicos nem violência". Ou seja, violar é grave se se partir um braço ou uma perna à vítima, agora desde que se viole no cumprimento de todas as regras, com jeitinho e sem deixar marcas, a vítima é que se calhar ainda deveria pagar ao violador.

No Portugal da Idade Média é assim. Porque na volta a culpa de ter sido violada foi da mulher, que se lembrou de desmaiar, ficando ali a pedi-las. O que é que qualquer homem faz quando vê uma mulher desmaiada? Viola-a! Que é que um médico faz antes de operar uma mulher?  
E estar desmaiada, sem sequer ter hipótese de se defender e dizer não, no Portugal da Idade Média não é agravante. Então se ainda por cima eles usaram mas até fizeram o trabalho com jeitinho, sem deixar marcas, queriam o quê? Meter na cadeia dois bons homens que cumpriram o seu papel de machos cobridores?



Nesta mesma semana, no Portugal da Idade Média, na exposição de Robert Mapplethorpe em Serralves (Porto na linha da frente da Idade Média em Portugal!) o diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea resolveu interditar a menores de 18 anos uma parte da exposição dedicada ao fotógrafo norte-americano. É que o respeitinho é muito lindo e no Porto não há cá poucas vergonhas!

domingo, 3 de junho de 2018

Viaduto do Cais das Pedras

Há uma ponte no Porto de que ninguém fala. É uma ponte original. Por norma as pontes ligam duas margens. Esta é especial. Esta ponte dá para o mesmo lado da margem.


domingo, 21 de janeiro de 2018

Anda Tudo Muito Desconsoladinho

Esta semana, ali a dois passos da Torres dos Clérigos no Porto, a propósito da arte do pizaiolo napolitano ter sido reconhecida como Património Cultural e Imaterial da Humidade, decidiram confecionar e oferecer fatias de pizza a quem por ali passasse. Mas eu não pude deixar de ficar boquiaberto quando a minha colega de trabalho me diz que uma amiga dela partilhou no Instagram - parece que já ninguém usa o Facebook não é? (gargalhada maléfica!) - e que ela escreveu que já ali estava há mais de uma hora para poder dar duas trincas numa pequenina fatia de pizza. Vou repetir para melhor interiorizar: esperar mais de uma hora para dar duas trincas numa fatia de pizza!

O que é que move esta gente? Há qualquer coisa que se passa nos cérebros humanos, eu não sei bem o que é mas certamente que a psicologia deve explicar, que mal as pessoas ouvem a palavra saldo, promoção, rebaixa ou "dá-se" que como que ficam todos paralisados e hipnotizados. Isto até seria um teste interessante: qual seria o máximo tempo que alguém estaria disposto a estar ali, de pé, em pleno frio de Inverno, a esperar, salivando, pelas suas duas trincas numa fatia de pizza? Duas horas? Três horas? Até desfalecerem e caírem para o lado?

Mas eu sei muito bem o que isto é, pois, certa vez, coloquei um anúncio em que oferecia algumas plantas, visto que tenho muitas e precisava libertar espaço. E então pude constatar que, para comprarem, mesmo que seja a um preço muito barato 'tá quieto! Mas mal eu decidi colocar "Oferece-se", apareceram-me pessoas, que fizeram não sei quantas dezenas de quilómetros só para poderem levar para casa uma planta que valia menos que o dinheiro que gastaram na deslocação. 

Por algo gratuito há pessoas que vão até ao fim do mundo se for preciso! Isto é mais ou menos como aquele pessoal que é capaz de fazer dez quilómetros de carro só para poder abastecer o depósito de combustível cinco cêntimos por litro mais barato, não tendo em conta o gasto que tiveram na deslocação, muitas vezes tendo até de estar meia hora à espera para abastecer, nem fazendo as contas que com o combustível que abasteceram (menos limpo) dificilmente vão fazer tantos quilómetros como se se tivessem abastecido um combustível aditivado.

Mas depois ainda há outra questão. Estamos ainda a meio de Janeiro (e ontem na Loja do Cidadão ainda ouvia alguém a desejar "Bom Ano!" - até quando mesmo é que se pode desejar um bom ano? Até quê, 30 de Dezembro?) e ainda há menos de um mês as pessoas empanturraram-se com a consoada de Natal, com o almoço do Dia de Natal, com a consoada do jantar de fim de ano, com o almoço do primeiro dia do ano, com a consoada dos reis e com todos os dias seguintes a comer restos e mais restos de quinhentos mil doces diferentes, mas mesmo assim, ainda há gente disposta a esperar mais de uma hora numa bicha, para dar duas trincas numa pequena fatia de pizza! Parece que anda tudo desconsoladinho.

sábado, 21 de outubro de 2017

sábado, 24 de junho de 2017

São João no Porto

Fernando Veludo / nFactos

Exércitos de Mortos-Vivos, aos milhares, de quem é difícil escapar por entre eles, com olhos de quem foi para a piscina nadar sem óculos de natação, munidos de martelo plástico numa mão e copo de cerveja na outra (pelo meio intervalado com o telemóvel) a correr para todo o lado e para nenhum em especial.

(E no meio de toda aquela confusão, abalroo um morto-vivo gigante e pesado, que vira-se para mim e diz: "You are very strong"!)