É verdade, na sequência do encerramento do Google+, que foi basicamente a única rede social que usei desde os tempos do Myspace, acabei por me registar, no último ano e alguns meses, nas três maiores redes sociais da década que termina no fim deste ano e aqui fica um breve resumo do que encontrei e do que achei de cada uma delas.
Primeiro fi-lo no Instagram porque a minha amiga
blogger que percebe destas coisas das redes sociais e dos blogues insistiu disse que fazia todo o sentido, porque até os
bloggers estavam todos a abandonar os blogues e a mudar-se para lá, e porque eu tenho tantas fotografias espetaculares, e porque poderia trazer visitantes para os meus blogues tal e coisa. Tanto falou que eu acabei mesmo por me registar naquilo para ver como funcionava, apesar de o ter feito no computador porque ainda não uso um telemóvel com internet (apesar de ter um velho que cá ficou do meu tio). Registei-me e lá fui metendo uma fotografia de vez em quando, adicionando alguém de vez em quando e sendo seguido por mais uma ou outra pessoa de vez em quando.
O que é que eu achei do Instagram? Parece-me um Pinterest ou blogue de fotografias, com muitas fotos dos cus das gajas empinados ao espelho, mais parecendo que se estão a oferecer para uma canzana, e muitos decotes e gajos em tronco nu, e muitos pratos de comida! Comentários muito poucos porque dá trabalho escrever e quer-se já passar à fotografia seguinte e não há tempo para isso (excluindo claro, os perfis de figuras públicas porque aí já têm mais interação). Mas uma rede social é aquilo que cada utilizador quiser, e como a mim me interessa seguir algumas coisas, nem chateia nada. Cinco minutos por dia chega para ver as fotografias de toda a gente, e não, não tenho paciência para ver as stories de ninguém. Mas quantas pessoas leram a biografia do Instagram e quiseram visitar os meus blogues? Zero!
Mais recentemente o
Inferno Congelou quando me registei no Facebook! E porque é que eu me registei lá se até escrevi um texto a explicar porque estava fora da
cardeneta? Dois motivos, primeiro por causa de divulgar material relativo ao clube de ténis-de-mesa, segundo para ganhar dinheiro. E percebi que andei a perder algum dinheiro estes anos todos porque, tanto por via do Marketplace quer por via de determinados grupos específicos, é um bom sítio para promovermos as coisas que queremos vender. E tem sido basicamente essa função da coisa. O grupo de conversa do clube, partilhar e divulgar material do clube e fazer dinheiro com vendas.
Tirando isso, o que é que eu achei do Facebook como rede social? Um vazio completo. Um deserto. Parece que o Facebook entrou em quarentena há muito tempo e as ruas estão vazias e toda a gente mantém grande distanciamento social! Ninguém publica nada, ninguém comenta nada! Não entendo como é que, por exemplo, o meu patrão, que é uma pessoa muito informada sobre redes sociais e as últimas novidades do digital me diz que é a maior rede social do mundo e há-de continuar a ser. Não, não é! É verdade que determinados grupos, sobre determinados temas são muito ativos na entreajuda e nas publicações, mas não é isso que vejo nas contas pessoais. Um colega do meu clube até me disse passado um mês,"ainda agora te registaste e já partilhaste mais coisas que eu nos últimos anos"! Sim, eu partilho mas nem é para ter gostos, partilho porque fica ali espalhada informação. E, por falar em informação, aproveitei também para criar uma página do Bucólico-Anónimo nesta rede social que vai precisamente funcionar para divulgar certas coisas que não cabem como publicação. Ah, coisa espetacular, mal faço o registo, e, surpresa!, tinha lá vários pedidos de amizade com vários anos! E eu ainda nem sequer lá estava, mas já tinha pedidos de amizade! Espetacular! Sinal evidente que, sim, esta rede social tinha os meus dados pessoais lá, apesar de eu por lá nunca ter andado. Por último dizer que, não, até à data não fui fazer qualquer pesquisa sobre as ex namoradas!
Por último falar no Twitter. Registei-me no Twitter no primeiro dia de 2019. Primeira impressão: "não percebo um caralho desta merda! que raio de confusão"! Mas pronto, nada de desistir ao início e deixa lá ver que no que isto dá. Começa-se a seguir uma pessoa e depois outra, vêem-se comentários de outras pessoas e lá se descobre que aquilo até pode ser interessante. Sigo hoje cerca de trinta pessoas, maioritariamente jornalistas e por vezes é muito mais divertido vê-los a discutir entre eles que ver porno! Nesta rede social sim, há um lado de voyeur em mim que se diverte com as postas de pescada que uns mandam aos outros. E depois é ou parece-me, a rede social das discussões, das ideias, da política. E eu gosto disso! E é por isso que é o Twitter hoje, das três grandes redes sociais da década, aquela que mais me prendeu a atenção. A minha miga dizia-me que eu ainda me iria perde rno Facebook. Mas isso se calhar poderia acontecer se tivesse sido há dez anos! E eu não me perdi com o Twitter, simplesmente acho interessante e, fofinho vá, especialmente quando a Rita Marrafa de Carvalho se põe a dar música aos seguidores em tempos de quarentena!
Sobre os blogues e as redes sociais, e, na minha modesta opinião de gajo que não percebe um cu disto, é que as redes sociais não substituem o blogue. Podem ajudar a divulgá-lo, podem complementá-lo mas não o substituem. Apareceu o Facebook por volta de 2009-10 e foi ver muita gente a desistir dos blogues. Mais à frente, quando já davam os blogues como mortos, aparece uma nova vaga de gente a fazer dinheiro e foi ver muita gente de novo a regressar pensando que iriam ficar todos ricos. E as pessoas deixam a informação espalhada por dezenas de redes sociais que mais à frente abandonarão, mas quem fica no blogue como eu ficarei, tem a informação toda sempre aqui. É uma espécie de diário, um blogue é isso mesmo, uma espécie de diário. Um dia mais à frente, podemos sempre relembrar qualquer texto ou fotografia. Daqui a uns anos as redes sociais que fazem hoje furor se calhar não existirão, ou estarão vazias, como as ruas ficaram vazias de pessoas em tempos de quarentena. Mas o blogue é sempre a minha casa, onde me posso refugiar quando me apetecer.