Há polémicas e discussões intermináveis que a sociedade desconhece e que só quem está no Twitter é que sabe. Bom, se eu quiser ser mais correto, nem assim!, porque eu estou no Twitter vai para dois anos e meio e, se no primeiro acho que não percebi como é que aquele rede social social funcionava, agora, que até sou muito ativo, muitas das vezes apanho polémicas a meio e nem sei de onde é que elas vieram.
Eu posso dizer que, ainda precisei duns quantos dias até perceber porque é que muitas mulheres diziam beber a própria
menstruação! Depois lá percebi que era tudo uma grande ironia exponenciada pela Fernanda Câncio.
Mas ainda por estes dias, não fosse a minha ex-colega de trabalho (e única pessoa que conheço pessoalmente do Twitter) me ter perguntado se eu sabia o que a Carmo Afonso tinha dito sobre os talibã e não fazia ideia do porquê dela estar nas "trends", ainda por cima porque não tenho grande interesse em temas como Afeganistão, Síria, Israel, Turquia, Polónia, etc.
Mas o Twitter cada dia tem as suas polémicas, nem que seja porque alguém se lembra de dizer que não gosta de Bolas de Berlim! No fim-de-semana passado a polémica foi a missa na RTP. Não propriamente o absurdo da estação pública transmitir celebrações religiosas, mas sim porque alguém que, certamente não leu a Bíblia, indignou-se com a Epístola de São Paulo aos Efésios, ainda por cima porque, por estes dias, o tema Afeganistão e talibã está na ordem do dia, e chegaram à conclusão que a Bíblia tem passagens ao nível da burka.
E vai daí, qual não é o meu espanto quando vejo que as conversas das redes sociais, nomeadamente as do Twitter, em que também eu deitei umas valentes achas para a fogueira da queima da religião, na capa daquilo que se supõe ser um jornal!
O jornalismo sério e credível, seja nos jornais (que deixei de comprar) bem como na televisão (que deixei de ver) está em extinção. As editoras dedicam-se a editar lixo; televisões como a SIC, tem um diretor-adjunto, José Gomes Ferreira, que vive numa realidade paralela e todos os dias difunde teorias da conspiração e uma editora edita-lhe um livro de história que deixa os historiadores de cabelos em pé; e há jornais que fazem primeiras páginas com conversas das redes sociais.
Jornalismo sério e credível, paz à sua alma.