quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Pra Cima de Pasquim

 



Há polémicas e discussões intermináveis que a sociedade desconhece e que só quem está no Twitter é que sabe. Bom, se eu quiser ser mais correto, nem assim!, porque eu estou no Twitter vai para dois anos e meio e, se no primeiro acho que não percebi como é que aquele rede social social funcionava, agora, que até sou muito ativo, muitas das vezes apanho polémicas a meio e nem sei de onde é que elas vieram. 

Eu posso dizer que, ainda precisei duns quantos dias até perceber porque é que muitas mulheres diziam beber a própria menstruação! Depois lá percebi que era tudo uma grande ironia exponenciada pela Fernanda Câncio.

Mas ainda por estes dias, não fosse a minha ex-colega de trabalho (e única pessoa que conheço pessoalmente do Twitter) me ter perguntado se eu sabia o que a Carmo Afonso tinha dito sobre os talibã e não fazia ideia do porquê dela estar nas "trends", ainda por cima porque não tenho grande interesse em temas como Afeganistão, Síria, Israel, Turquia, Polónia, etc. 

Mas o Twitter cada dia tem as suas polémicas, nem que seja porque alguém se lembra de dizer que não gosta de Bolas de Berlim! No fim-de-semana passado a polémica foi a missa na RTP. Não propriamente o absurdo da estação pública transmitir celebrações religiosas, mas sim porque alguém que, certamente não leu a Bíblia, indignou-se com a Epístola de São Paulo aos Efésios, ainda por cima porque, por estes dias, o tema Afeganistão e talibã está na ordem do dia, e chegaram à conclusão que a Bíblia tem passagens ao nível da burka. 

E vai daí, qual não é o meu espanto quando vejo que as conversas das redes sociais, nomeadamente as do Twitter, em que também eu deitei umas valentes achas para a fogueira da queima da religião, na capa daquilo que se supõe ser um jornal!

O jornalismo sério e credível, seja nos jornais (que deixei de comprar) bem como na televisão (que deixei de ver) está em extinção. As editoras dedicam-se a editar lixo; televisões como a SIC, tem um diretor-adjunto, José Gomes Ferreira, que vive numa realidade paralela e todos os dias difunde teorias da conspiração e uma editora edita-lhe um livro de história que deixa os historiadores de cabelos em pé; e há jornais que fazem primeiras páginas com conversas das redes sociais. 

Jornalismo sério e credível, paz à sua alma. 

2 comentários:

  1. Acho que há polémicas que só quem está na comunidade Twitter é que tem conhecimento delas. Enquanto por lá o pessoal quase que se esfolam vivos uma aos outros,fora do Twitter, a vida das pessoas segue exatamente igual e na paz do senhor! ( Olha não foi de propósito, juro! Saiu assim 😂😂)

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    1. Não podemos ver a sociedade só com os olhos de uma comunidade, seja rede social ou outra qualquer, e, a partir daí extrapolar ao resto do país. Cada tribo / rede social tem as suas especificidades e nem o país é todo igual.
      O que eu gosto do Twitter é mesmo a comunicação e troca de ideias, até a simpatia que se cria entre alguns utilizadores (mas a antipatia também!). Mas falando por mim, preciso também dosear o tempo que por lá perco! Porque há mais vida para além do Twitter!

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