domingo, 31 de março de 2019

Conversas Improváveis (37): Casamento

"Quero-te ver casado antes de um de nós se ir embora daqui".

(a sério que achei isso muito bonito... ainda que isso possa não ir de encontro aos meus objetivos)

Imagem emprestada da net

terça-feira, 26 de março de 2019

Que Eurodeputados Portugueses Votaram a Favor da Censura na Internet?


Não me vou esquecer de quem votou a favor, que foi a maioria dos 21 eurodeputados, excluindo a eurodeputada Ana Gomes (PS), Marisa Matias (BE) e os três deputados do PCP.

Ajudar Moçambique em 2032

Se um envio que fiz em correio normal, do Porto para Barcelos demorou um mês e meio a chegar, estou em crer que a ajuda solidária dos CTT chegará a Moçambique, não sei, mas com boa sorte, talvez lá para 2032. 


segunda-feira, 25 de março de 2019

A Citação que Aprendi Hoje...

... e que me deixou a pensar:


(Ouvi esta citação no programa "O ar do tempo" de Gabriela Canavilhas, na Antena 2).

terça-feira, 19 de março de 2019

Um Abraço de Dois Anos

Não me esqueço de quem se lembra de mim e não me esqueço que faz hoje dois anos que vieste, lá de tão longe, só para me ver e constatar que, apesar da falta de algumas peças e um bocado remendado, eu ainda estava inteiro. Não esqueço também de quem me telefonou, todos os dias, sem falta, para saber como estava, de quem se preocupou, e, de uma ou outra forma, esteve presente num momento complicado, e é nos momentos difíceis que fazemos a chamada e vemos quem está presente. 

Mas, por este ou aquele motivo, acabaste por ser a única pessoa que o fizeste pessoalmente, e mesmo que tivesses tido oportunidade de ter ficado só umas dezenas de minutos, a verdade é que vieste na mesma. E essas coisas não se esquecem.


Eu não cuidava era que aquele abraço, um bocadinho menos forte que o habitual, mas só para que não me pudesses rasgar pelo picotado, tivesse que aguentar tanto tempo, sem que as tuas águas viessem, de novo, banhar a minha areia...

Terra Sagrada



"Hallowed Land" / Paradise Lost (1995)

Coisas Que me Lembram de Ti (2) - Árvore das Rosas




Um pouco por todo o lado vêem-se agora rododendros em flor. E agora, como todos os anos por esta altura, sempre que os vejo em flor, em especial com flores vermelhas, vejo-te a posares para esta fotografia num dos sítios mais bonitos do país, sítio esse que te levei a descobrirmos, os dois, juntos, pela primeira vez. 

Ensinei-te o nome, e repeti-te em diferentes alturas: "ro-do-den-dro"!
- Acho que já não te lembrarás! É normal. Eu sei que não é propriamente um nome de muito fácil memorização e podia-te ter explicado o nome, bem mais interessante que tem em português.

Rododendro vem de "Rhodon" + "dendron". Em que "rhodon" significa "rosa" e "dendron" significa "árvore". Ou seja, a um rododendro podes chamar-lhe: "Árvore das rosas".

Já viste que bonito que é? E agora já sabes que sempre que vejo uma árvore das rosas é-me impossível não me lembrar de ti...

domingo, 17 de março de 2019

Os Utilizadores do Facebook São Vítimas da Violência Doméstica?



Por estes dias, depois de ter tomado conta do mais recente escândalo facebuquiano, em que, qualquer pessoa, (mesmo não estando registado) dessa rede social, pode, através de várias aplicações, informar o Facebook de dados pessoais como, por exemplo, quando determinada mulher está menstruada ou quando está no período fértil, e depois dessas informações privadas terem sido comprometidas, surgiu-me a pergunta:

Nos dias de hoje, depois de tantos escândalos que se sucedem uns atrás dos outros, será que um ainda utilizador de Facebook não é como uma vítima de violência doméstica que tolera o seu agressor porque acredita, lá na sua cabeça, que o agressor bate-lhe porque gosta de si?



Eu devo ser o último português (ou quase) sem Facebook. Nunca me registei apesar das muitas pressões, e só eu sei pelas pressões por que passei. É que nem se compara às pressões que vou tendo agora para usar um tal de Whatsapp (fui agora ao Google ver como se escreve) porque descobri agora que, afinal, segundo algumas pessoas, enviar e-mails dá muito trabalho! Anexar imagens nem se fala! Mas não sei, talvez com esse Whatsapp baste às pessoas pensarem e as outras pessoas amigas com quem queremos comunicar, recebam de imediato, virtualmente, o que queremos dizer! Se assim é deve ser realmente espetacular! Não dá trabalho nenhum!

Mas entretanto os mais jovens começaram a debandar do Facebook e muitos agora já nem se registam lá ("porque não querem frequentar o mesmo sítio de pais e avós") e, aos poucos, começaram os sucessivos escândalos. O senhor Zuckerberg, qual criancinha que fez uma asneira, teve que dar explicações no Senado americano e no Parlamento Europeu, e ficamos a saber, verdadeiramente, como eram tratados os utilizadores do Facebook, e mais grave ainda, pessoas que, como eu, que nunca sequer lá estiveram registados, mas que, mesmo assim, podem lá ter dados pessoais por causa de pessoas comuns que lá estejam e interajam connosco.

A DECO/Proteste colocou o Facebook em tribunal e as pessoas querem indemnizações. Claro que querem algum dinheiro que venha, contudo, o que eu pergunto é: toda essa gente que subscreveu a petição para ser indemnizada apagou as suas contas de Facebook ou ainda continuam por lá?

E esta semana, todos os sites do senhor Zuckerberg (Facebook, Instagram, Whatsapp) estiveram em baixo. E foi o caos! Houve mesmo uma televisão australiana que pediu à população para não chamar a polícia! Afinal, como é que as pessoas conseguem viver sem redes sociais, sem gostos ou sem cuscar a vida das outras pessoas? Felizmente que foi só um dia, e o Twitter estava a funcionar, senão, certamente iriam acontecer suicídios em massa! 




Será que não poderemos então dizer que os utilizadores do Facebook estão para a internet como as vítimas de violência doméstica para com os agressores? Repare-se que, neste apagão do Facebook, é como se a vítima de violência doméstica, reclamasse por não ter o seu agressor para lhe dar porrada! 
Mas o mais grave é que, uma vítima de violência doméstica, na pior das hipóteses pode morrer; uma vítima do Facebook, se morrer, ainda assim continuará a ter a sua conta por lá, eternamente, a ser interagida pelas outras pessoas. 

quarta-feira, 13 de março de 2019

Deste Lado do Mar Vermelho

"Numa das tardes antes da vinda de Emídio, a poucos metros do casebre, um homem vindo de nenhures dirigiu-se-lhes. O olhar do tio alterou-se e ordenou que fossem imediatamente para dentro. Jaime empoleirou-se no janelo e, mergulhado numa espécie de ingénua especulação, ficou a espreitar. Quando o desconhecido se afastou, Anselmo veio contar-lhes uma longa história. Num certo sítio da terra chamado Egipto, muito longe dali, reinava um faraó. Sob o domínio desse faraó e desse povo, os egípcios, viviam os hebreus. Todos os hebreus eram escravos. Homens, mulheres e crianças eram obrigados a trabalhar noite e dia, carregavam fardos pesadíssimos, cultivavam, limpavam e tratavam das cabras. Uns morriam de fome e, outros, de cansaço. Sempre que queriam dormir ou quando ficavam doentes, os egípcios batiam-lhes. Apesar das duras condições, os hebreus eram cada vez mais. Posto isto, o terrível faraó começou a temer que se revoltassem. Decidiu, então, que todas as crianças hebreias fossem atiradas ao rio. Algumas mães, não muitas, conseguiram esconder os bebés e levá-los até ao mar vermelho. Era o único mar vermelho à face da terra e dividia o Egipto do resto do mundo, mas era muito difícil atravessá-lo. Anselmo era um dos poucos homens que conseguiram fazer a travessia e os meninos, bebés hebreus que as mães trouxeram às escondidas. Contudo, não estavam completamente a salvo. De tempos a tempos, os egípcios vinham por toda a terra à procura dos fugitivos e, sempre que apanhavam crianças, matavam-nas. Convencidos de quão importante era que se escondessem mal avistassem um estranho, ainda que ao longe, os meninos ajudaram a tecer o próprio casulo. Jaime foi o primeiro a passar pela metamorfose. Depois do pânico, perante polícias e médicos estupefactos, jurou a pés juntos que era egípcio, talvez assim lhe poupassem a vida. Quanto aos mais novos, trazidos pelo próprio Anselmo não sem antes conversar com eles, a mudança foi menos dramática. 
Apercebi-me, depois, que tinha acabado de ler o livro no dia sete, precisamente um mês depois de o ter tirado da caixa do correio. O dia sete não foi um dia bom para mim. Foi triste e continua a ser triste sempre quando me lembro. Mas ao fim da tarde, quando cheguei do trabalho, abri a porta da caixa do correio, e vi que tinha lá um livro, o tal livro que me tinhas dito que me querias oferecer, fiquei curioso. Abri o envelope, olhei para a capa, e não pude deixar de sorrir quando vi que me tinhas oferecido um livro de uma autora com o mesmo nome que o teu. Olha que coincidência!, pensei.

Trouxe o livro para casa e guardei-o muito bem guardado. Nem o abri. Eu sei bem que sou um bocado estranho com as coisas que me oferecem. Só dias depois, quando peguei nele para o começar a ler, é que vi que tinha a dedicatória. E outra coincidência! Além de me teres oferecido um livro de uma autora que tem o teu nome, dentro, fiquei mesmo espantado com as parecenças da fotografia. Podia jurar que eras tu! 

Gostei do livro. Gostei de ir desvendando a história daquelas três crianças, e do Anselmo, que vai prendendo a curiosidade do leitor. Gostei de pormenores como aquele do Custódio ter contratado o Jaime para ver se havia toupeiras lá no terreno dele, e da resposta que lhe deu; gostei da comparação entre as mulheres do Custódio e os goivos; gostei daquela metáfora sobre a morte:

"A morte é uma represa a interceptar cursos de vida, projetos quase sempre embargados a pique para a cova":

Gostei do livro que me ofereceste mas não pesquisei rigorosamente nada sobre a autora. Não sei, acho que não me sentiria confortável, seria como estar ali a bisbilhotar; imagino que seja assim que as pessoas fazem quando acabam de conhecer alguém, e vão logo logo ao Facebook ver o perfil da pessoa. Imagino, porque eu nunca estive no Facebook.
Não fui pesquisar nada sobre a autora porque acho que me bastou tê-la conhecido pessoalmente. Mas é provável, até porque eu costumo voltar a autores que goste, que um dia venha a querer pegar noutro livro da mesma autora do livro que me ofereceste. E, já agora, e tal como vos disse, eu tenho andado realmente a conhecer pessoas muito interessantes...

Deste Lado do Mar Vermelho / Sónia Cravo (2013)

domingo, 10 de março de 2019

O que o Google mostra Primeiro de Mim


Curioso como o Bucólico-Anónimo só aparece na quarta página, e este blogue pessoal não aparece sequer nas primeiras dez páginas. Por outro lado o blogue de uma amiga aparece logo nos primeiros resultados. Insondáveis os desígnios dos algoritmos do Google...

sábado, 9 de março de 2019

Obrigado Brasil pela Eleição de Bolsonaro (3) - A Autoproclamação de José de Abreu



Ainda só passaram dois meses desde que Bolsonaro está na presidência do Brasil e já se fala de impeachment porque o presidente cometeu a burrice de se meter com o Carnaval, e, como todos nós sabemos, o Carnaval é só a coisa mais importante para os brasileiros!

Bolsonaro conseguiu mesmo o feito de pôr o The New York Times a falar de "golden shower", tudo por causa dos vídeos que partilhou na sua conta do Twitter, tentando demonizar a comunidade LGBT brasileira, só que, misturar isso com Carnaval não correu lá muito bem, e, como disse, já há quem esteja a falar de impeachment e outros a querer avaliar a sanidade mental do senhor presidente.  


Mas esta foi uma semana deveras divertida para os lados do Brasil, tendo começado logo na segunda-feira com José de Abreu (conhecido ator) que se autoproclamou Presidente do Brasil. Só em dois meses e o que o povo brasileiro já nos está a fazer rir! Muito obrigado!

terça-feira, 5 de março de 2019

Crónica de uma Campeã Nacional Emocionada



Acabava de sair da biblioteca de Matosinhos e liguei o telemóvel. Uma mensagem do treinador (que é o sujeito que treina a dor, como diria o Abel Xavier!):
"-'Tás muito ocupado agora"? 
Oh pá, acabo de deixar de estar, mas ando extremamente cansado (porque não há fome que não dê em fartura e já vomito trabalho pelos olhos) e por acaso não me apetecia muito ir agora bater umas bolas. Mas afinal não, não era para treinar, era para ir ver os outros jogar. 

Estava a decorrer no fim-de-semana passado o campeonato nacional de ténis-mesa. 
- Fôda-se! Por que é que o pessoal se lembra sempre de me convidar para as coisas em cima da hora? De manhã era uma amiga que tinha vindo ao Porto para ir ao cinema e perguntava-me se eu queria ir... Mas será que as pessoas acham que, por eu não estar casado nem ter filhos, que não tenho nada de interessante para fazer e estou sempre de pernas abertas (como as putas) para satisfazer vontades alheias?!  

Meto-me na carroça todo-terreno e dez minutos depois já estava no Multiusos de Gondomar! Ele estava com a mãe e estavam a prestar atenção aos jogos que o pai estava a arbitrar. Pelo meio chamou-me a atenção de alguns atletas, uma mesatenista em particular, muito forte segundo ele, que estava a disputar um jogo de pares. 
"-Queres ver, ela vai ser para tentar marcar dois pontos nos serviços..." 
E marcou mesmo, a adversária mandou ambas as bolas para fora! 
"- Não te disse?!"

É sempre um prazer para quem quase só joga em lazer, ver ténis-de-mesa ao mais alto nível, e acho até que se aprende a ver. A minha própria colega costuma dizer que aprende vendo-nos jogar, e é verdade. Nós aprendemos a observar quem sabe. Há músicos que vão ver concertos de outros músicos tocar. Tal como, provavelmente, quantos mais livros lermos mais nós mesmos saberemos escrever, e aí por adiante. 

E não terá sido acaso que na manhã de domingo eu já estava, anormalmente, a bater de forma mais assertiva de backhand (dizer que um destro bate de esquerda parece-me muito parvo! deveria ser qualquer coisa como costas-da-mão ou detrás-da-mão), precisamente porque o meu cérebro ainda estaria com as imagens dos atletas a fazer os movimentos mais corretos. 

No domingo à tarde disputavam-se as finais de seniores e infantis, masculinos e femininos. Desta vez fui sozinho. Entrei, escolhi o primeiro lugar vago na bancada que encontrei e comecei a ver o que se ia passando nas várias mesas. Não pude deixar de reparar que dois jogadores (um masculino e outra feminino) do clube da terra, o Ala Nun'Álvares, estavam a disputar as meias-finais. Olha que bem!
Aos poucos comecei prestar mais atenção num jogo que se disputava na mesa mais próxima da bancada, e a reparar na jogadora da casa porque, de facto, achei-a engraçada. Falhava um ponto e ria-se!, e não raras vezes olhava para o treinador, aliás, se estivesse a jogar de costas para ele, virava-se mesmo para ele, como que tentando perceber o que é que fez de errado. Mas com maior ou menor dificuldade, conseguiu passar à final. Como a fui seguindo com o olhar, quis-me até parecer que ela estaria a chorar... Talvez não estivesse, talvez tivesse sido só impressão minha. Mas entretanto ela vai para a zona onde os atletas têm as mochilas, descansa um pouco, come qualquer coisa (a final ia acontecer passado pouco tempo) mas afinal eu estava certo, ela acabava de tirar lenços de papel da mochila. 

Terminadas as meias-finais, esperou-se algum tempo, não muito, e já os atletas, conjuntamente com os árbitros (que neste desporto não são assobiados nem insultados) se perfilavam para disputar as finais, as quatro ao mesmo tempo, seniores masculinos e femininos e iniciados. 


Dois pontos de interesse nas mesma linha de visão, para onde olhar? Ora ia botando um olho na final masculina, que cedo percebi que seria ganha sem grande dificuldade pelo suspeito do costume, ora ia prestando atenção à mesa 4 onde se disputava a final feminina. 

A jogadora da casa que me tinha chamado a atenção é Marta Santos que disputava a final com Rita Fins (que tinha visto jogar no dia anterior em duplas, e que também já tinha visto anteriormente noutra competição) e que é do clube de Mirandela, outro clube que tenho percebido que é bastante forte no ténis-de-mesa. Mas uma coisa é certa, ambas (no meu modesto entender) jogam muito. Melhor dizendo, toda a gente que esteve lá joga muito! Até os pequeninos jogam muito! 


Ao início eu não estava secretamente a torcer por nenhuma das jogadoras. É verdade que sou do concelho de um dos clubes, mas estava ali para ver ténis-de-mesa, que ganhasse a melhor. E a primeira partida foi ganha pela Rita, sempre muito forte e consistente. Cheguei a pensar que seria ela a vencedora, talvez por a Marta me ter parecido um pouco instável emocionalmente. Mas entretanto, e se calhar, fruto também dos incentivos que vinham da bancada, a verdade é que Marta empatou e a coisa ficou muito renhida, ora ganho eu, ora ganhas tu. 


Na bancada, à minha frente e na primeira fila da bancada estava agora, nem de propósito, a jogadora que a Marta tinha derrotado na meia-final. E a determinado momento alguém comentou qualquer coisa sobre a Marta chorar se ganhasse a final, ao que ela diz "ela chorou depois de me ganhar"! (mas também verdade seja dita que eu vi lágrimas nos olhos desta jogadora, mas pronto, a tristeza por se perder é mais compreensível que a tristeza por se ganhar)
Mas esta mesma jogadora, acrescentou logo de seguida uma coisa interessante, e que certamente me perdoará a inconfidência:

"A Marta joga mesmo bué ("bué" assim com pronúncia de gente que é lá de báxo - 'tão a ver?) mas nunca foi campeã nacional..."

E será que vai ser desta vez?, perguntei-me. 

O jogo de masculinos acabou muito antes porque só foram disputados quatro set's e o Diogo Carvalho (Sporting) revalidava o título, e assim sendo, todas as atenções estavam centradas na final feminina. 

Nas bancadas ouvia-se cada vez mais "Vamos Marta". Os aplausos sucediam-se, por vezes mesmo para a Rita, a adversária da jogadora da casa. Este é o verdadeiro desportivismo. E houve algumas jogadas verdadeiramente espetaculares, alguns golpes de sorte também, com as bolas a bater na quina da mesa e a impossibilitar a resposta da adversária. Pena eu não ter filmado as grandes jogadas. Entretanto a Marta faz o 3-2 e passa para a frente e pressente-se que pode mesmo ganhar. O sexto set é disputado, há alguns erros de parte a parte, é normal, porque a tensão está no auge. 


E a Marta chega aos 10-8 ou 10-9 e tem agora a oportunidade única de servir para vencer o encontro e ser, pela primeira vez, campeã nacional. E ganha mesmo logo no primeiro match point! Festeja-se na bancada com muitos aplausos. 

E a Marta, a nova campeã, como é que reagiu? 
Desabou... 


Havia qualquer coisa dento dela, dentro daquele coração que tinha mesmo de sair e manifestou-se em lágrimas. Muitas lágrimas que quase afogaram todas as pessoas presentes naquele pavilhão.
Eu pressionei o botão da máquina fotográfica e comecei a disparar sobre ela. Ela aninhou-se junto ao solo, como que agradecendo aos deuses por esta vitória que, se calhar (estou a especular) já esperaria há muitos anos. Levantou-se, tapou a cara com as costas da mão para se tentar proteger. Mas todos os olhares estão fixos nela. Não te podes esconder Marta. Hoje és tu a vencedora, és o centro das atenções. Ela cumprimenta a adversária que sorri. Já a Marta volta a tapar a cara.



Mas não há ninguém que lhe dê um abraço?! 
Ela dirige-se ao treinador que a tentar confortar, mas nada consegue parar aquele vale de lágrimas sofrido. Cumprimenta a treinadora adversária, até que, instantes depois, alguém, não sei se familiar (pai?) ou alguém do clube, sei que seria alguém próximo, um senhor já de cabelos brancos, irrompe pavilhão adentro, salta os separadores e abraça-a. Pouco depois um outro homem, este bem mais jovem, talvez namorado, marido ou um amigo próximo, também a abraça timidamente. 
Abracem-na com força! Ela ganhou, merece um abraço apertado como deve ser! 

Uma mulher desce as bancadas, dizendo para toda a gente ouvir: 
"- Isto é emoção demais"! 

Eu não fiquei para a entrega de prémios, talvez aquilo ainda demorasse e ainda por cima a barriga já dava horas, até porque uma banana não é lanche de jeito. Fui saindo tranquilamente para regressar a casa. Talvez estivesse a sorrir, certamente que, pelo menos, os meus olhos estariam a sorrir. Acabava de assistir a uma experiência de grande intensidade. Emocionalmente muito forte. Tal como eu gosto. 

Finais masculinos e femininos seniores ténis-de-mesa / Diogo Carvalho - Duarte Mendonça / Marta Santos - Rita Fins

Para saber mais sobre os novos campeões nacionais: AQUI

Por Que é que o OLX Não é um Site Fidedigno

Porque num site de compras e vendas fidedigno, os vendedores sem carácter nem palavra não têm a possibilidade de fazer coisas deste género, porque existe uma coisa chamada índice de reputação em que os compradores comentam a experiência que tiveram e, de imediato, a comunidade rejeita este tipo de esperteza saloia. Assim este tipo de coisa vai continuando a acontecer.


OLXULOS!

Marques Mentes sobre o BES


Capitão Moura vai Liderar a Magistratura Portuguesa

É destes homens, como o Capitão Moura que a justiça portuguesa e o país precisam. Porquê? Porque o Capitão Moura é juiz e andou com os maiores loyers; porque conhece o mundo e trabalhou diretamente com Saddam Hussein; porque gosta de ajudar os outros na AMI.

É urgente ver Capitão Moura nos tribunais liderar a magistratura portuguesa. Porquê?
Porque é um homem justo, honesto, coerente e imparcial



Alerta para Pico de Rabichiche em Portugal e na Europa

As autoridades estão a alertar a população portuguesa para se proteger contra o maior pico de rabichiche do ano, que se prevê que aconteça entre sábado, dia de Festival da Canção e hoje, terça-feira de Carnaval. O facto do Festival da Canção e do Carnaval terem coincidido no calendário podem originar verdadeiras enchentes nos hospitais devido a uma pandemia de rabichiche.

Estejam atentos e protejam-se devidamente, caso contrário podem apanhar coisas graves, como por exemplo uma homossexualite aguda, e depois já sabem, que têm de fazer dolorosos tratamentos de cura com o padre católico para se desohomossexualizarem!

Passado este pico de rabichiche, em que o ar voltará a estar respirável e livre de matrafonas que provocam acentuadas crises de alergia, pior ainda que os polenes na primavera, as autoridades prevêem novo pico de rabichiche acentuada em Maio, com epicentro localizado em Israel, mas que promete alastrar por toda a Europa na semana do Eurofestival da Canção.

Imagem emprestada da net

sábado, 2 de março de 2019

Oficina de Escrita Criativa

Quem não sabe escrever inscreve-se uma oficina de Escrita Criativa. 

Sim, é mesmo escrita criativa e não "linguagem" como por engano escreveram na publicidade. 
Também escreveram "workshop", porque estou em crer que se tivessem escrito em português "oficina" talvez as pessoas não soubessem do que se tratava. 

Nesta primeira aula falamos dos "truques", recursos que o escritor tem à disposição para agarrar, iludir e surpreender o leitor. E isto vai de encontro ao que eu sempre achei, todos nós aprendemos a ler e escrever, e todos nós vivemos histórias que davam livros. Os escritores são pessoas que as sabem contar. 


Dúvida Existencial (6) - Trabalhadores do Porto e Trabalhadores de Lisboa

Via Pinterest

A meio da semana estive a trabalhar perto de Lisboa. A dado momento, a pessoa que estava a trabalhar comigo (subcontratado e que não é da minha empresa) dizia-me que, uns dias antes, tinha estado a trabalhar na Exponor com pessoal de Lisboa, e que, não tinha nada a ver a forma deles trabalharem. Segundo ele, eles não fazem metade de nós.

Depois do nosso trabalho feito, e de, visivelmente, o cliente estar satisfeito, comentou-se o facto de ficado muito agradado com o nosso trabalho, e falou-se, de novo, também nisso, de ser normal ficarem muito satisfeitos com o pessoal do norte, porque nós somos muito mais trabalhadores do que a malta de Lisboa, em que o trabalho não é para se fazer, é para se ir fazendo. 

Mas isto deixou-me a pensar com as minhas barbas:

"Oh pá, então se nós no norte somos assim tão bons trabalhadores, tão espetaculares, e ainda por cima o pessoal do Lisboa pede licença a uma mão para mexer a outra, então porque será que nós no grande Porto ganhamos, genericamente, bem menos que o pessoal de Lisboa?

Quer-me parecer que se calhar aqui no grande Porto deveríamos era começar a fazer menos, para ver se os nossos patrões nos aumentavam, para ganharmos, pelo menos, tanto como a malta de Lisboa. 

O John Murray Telefonou-me do Século XIX

Do outro lado do telefone alguém falava em inglês e sabia o meu nome. O John tinha-me contactado porque estava interessado numa suculenta azul que eu propaguei. Tudo bem John, amanhã eu tenho que ir a Guimarães e, se der, podemos combinar no Porto.



Mas qual não foi o meu espanto, quando, em pleno Museu da Cultura Castreja, começo a olhar com atenção para um quadro e na legenda tinha, precisamente o nome de John Murray, o mesmo nome da pessoa que me havia telefonado!
Será que o John me telefonou do século dezanove?