Por estes dias, depois de ter tomado conta do mais recente escândalo facebuquiano, em que, qualquer pessoa, (mesmo não estando registado) dessa rede social, pode, através de várias aplicações, informar o Facebook de dados pessoais como, por exemplo, quando determinada mulher está menstruada ou quando está no período fértil, e depois dessas informações privadas terem sido comprometidas, surgiu-me a pergunta:
Nos dias de hoje, depois de tantos escândalos que se sucedem uns atrás dos outros, será que um ainda utilizador de Facebook não é como uma vítima de violência doméstica que tolera o seu agressor porque acredita, lá na sua cabeça, que o agressor bate-lhe porque gosta de si?
Eu devo ser o último português (ou quase) sem Facebook. Nunca me registei apesar das muitas pressões, e só eu sei pelas pressões por que passei. É que nem se compara às pressões que vou tendo agora para usar um tal de Whatsapp (fui agora ao Google ver como se escreve) porque descobri agora que, afinal, segundo algumas pessoas, enviar e-mails dá muito trabalho! Anexar imagens nem se fala! Mas não sei, talvez com esse Whatsapp baste às pessoas pensarem e as outras pessoas amigas com quem queremos comunicar, recebam de imediato, virtualmente, o que queremos dizer! Se assim é deve ser realmente espetacular! Não dá trabalho nenhum!
Mas entretanto os mais jovens começaram a debandar do Facebook e muitos agora já nem se registam lá ("porque não querem frequentar o mesmo sítio de pais e avós") e, aos poucos, começaram os sucessivos escândalos. O senhor Zuckerberg, qual criancinha que fez uma asneira, teve que dar explicações no Senado americano e no Parlamento Europeu, e ficamos a saber, verdadeiramente, como eram tratados os utilizadores do Facebook, e mais grave ainda, pessoas que, como eu, que nunca sequer lá estiveram registados, mas que, mesmo assim, podem lá ter dados pessoais por causa de pessoas comuns que lá estejam e interajam connosco.
A DECO/Proteste colocou o Facebook em tribunal e as pessoas querem indemnizações. Claro que querem algum dinheiro que venha, contudo, o que eu pergunto é: toda essa gente que subscreveu a petição para ser indemnizada apagou as suas contas de Facebook ou ainda continuam por lá?
E esta semana, todos os sites do senhor Zuckerberg (Facebook, Instagram, Whatsapp) estiveram em baixo. E foi o caos! Houve mesmo uma televisão australiana que pediu à população para não chamar a polícia! Afinal, como é que as pessoas conseguem viver sem redes sociais, sem gostos ou sem cuscar a vida das outras pessoas? Felizmente que foi só um dia, e o Twitter estava a funcionar, senão, certamente iriam acontecer suicídios em massa!
Será que não poderemos então dizer que os utilizadores do Facebook estão para a internet como as vítimas de violência doméstica para com os agressores? Repare-se que, neste apagão do Facebook, é como se a vítima de violência doméstica, reclamasse por não ter o seu agressor para lhe dar porrada!
Mas o mais grave é que, uma vítima de violência doméstica, na pior das hipóteses pode morrer; uma vítima do Facebook, se morrer, ainda assim continuará a ter a sua conta por lá, eternamente, a ser interagida pelas outras pessoas.
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