sábado, 1 de setembro de 2018

Batem as Portas em Tons de Insolvência

O corno é sempre feliz enquanto não sabe nada do que se passa nas suas costas, e do que em breve pode ficar a saber. E não raras as vezes, senão quase sempre, só sabemos o que querem que nós saibamos. Mas mesmo o mais otimista, como eu geralmente costumo ser, e se bem me lembro eu era (pretérito imperfeito) provavelmente, a pessoa mais otimista da empresa, mas (conjunção adversativa) perante a crueza das evidências temos que nos render aos factos. 

E os factos, tal como diz o ditado português: "donde se tira e não se põe, não há nada mais rõe"!

Lembro ainda muito bem as palavras proféticas do gajo que manda, aquela sigla CEO que ninguém sabe o que quer dizer, mas que parece uma coisa importante: "Estamos num ponto em que, ou vamos ganhar milhões, ou então vamos encerrar portas, porque estão a ser contraídos empréstimos avultados".

E quando não há dinheiro para comprar matéria prima não se produz. Se não se produz, não se vende. Se não se vende não há dinheiro para matéria prima. Se não há matéria-prima para produzir as pessoas não têm nada para fazer. E não ter nada para fazer até pode nem ser de todo desagradável, mas por outro lado não deve ser muito agradável ter que pagar a pessoas no fim do mês para não fazer nada, mais desagradável ainda quando não se tem muito dinheiro para lhes pagar. 
Resta esperar mais ou menos tranquilamente pelo que irá acontecer. 

Batem as portas em tons de insolvência, como se fosse mais uma empresa a fechar. 


4 comentários:

  1. Espero, sinceramente, que não seja mais uma.
    Que tudo corra pelo melhor.

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    Respostas
    1. Muito obrigado pela solidariedade.
      A tempestade é violenta e alguns tripulantes já abandonaram o navio.
      Veremos se o barco é multi-resistente e aguenta firme com alguns tripulantes, ou se, infelizmente, acabará por ir ao fundo...

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    2. Não temos falado e eu não fazia ideia que as coisas estavam assim...apesar de em outras alturas tu já teres referido o que achavas que iria acontecer se tudo continuasse como estava.
      Ainda assim, há sempre esperança.
      Beijinho

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    3. Pouca esperança.
      A piada que fiz hoje foi:
      "Acho que a empresa está como o Sporting - será que chegamos ao Natal?"
      Mas também sinceramente, não estou muito stressado.
      Beijinho

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