quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Portugal Apura-se Para o Europeu de Ténis-de-Mesa Frente à Áustria


Salvo erro de memória, acho que foi ontem que, pela primeira, fui apoiar uma Seleção Portuguesa... e foi a seleção de Ténis-de-Mesa que disputava ontem o apuramento para o Europeu de 2019 que se realizará em Nantes. A noite estava fria e chuvosa. À mesma hora jogava a seleção de futebol. Lá rumei ao pavilhão de Gaia e cheguei uns quinze minutos antes da partida começar. 

Estacionei tranquilamente a cinquenta metros do pavilhão. A entrada era gratuita. Entrei para o recinto e ninguém me revistou como se fosse um terrorista, nem havia polícia, nem os adeptos precisaram de escolta policial para as bancadas como se fossem animais selvagens. Eu estava confortavelmente instalado num pavilhão, bem quentinho apesar de estar frio e a chover lá fora. Tive direito a um espetáculo, não de noventa minutos mas de três horas, em que, de minuto a minuto, se aplaude os jogadores e as jogadas espetaculares que fazem, e não raras vezes, aplaude-se mesmo os próprios adversários, que no ténis-de-mesa, são isso mesmo, adversários, e não inimigos. No público, ninguém insultava os árbitros do princípio ao fim dos jogos. E mesmo tendo Portugal perdido o jogo (mas termos conseguido o apuramento) saí de lá enebriado pela beleza deste desporto. Onde é que o futebol (chamado de desporto-rei) se consegue comparar a isto? 

A primeira partida foi disputada entre João Geraldo 2 - Robert Gardos 3  (11-4, 10-12, 11-13, 15-13, 12-14)








Entretanto no banco, ia-se petiscando qualquer coisa, que isto do ténis-de-mesa é precisa muita energia!





Segunda partida Diogo Carvalho 1 x Daniel Habesohn 3 (6-11, 11-8, 4-11, 10-12)






Na terceira partida, quando Portugal já perdia por 2-0, entra em campo o jogador português mais cotado de sempre, Marcos Freitas (que já esteve no Top 10, e é atual 16º do mundo) para impedir a imediata derrota da seleção portuguesa e consequente afastamento do Europeu de Nantes.

Marcos Freitas 3 – Stefan Fegerl 1 (11-9, 11-7, 9-11, 11-7)






No último jogo André Silva 2 – Daniel Habesohn 3 (8-11, 13-11, 2-11, 11-8, 5-11)



Parece-me que nas bancadas só estava gente da modalidade, jogadores (muito jovens) treinadores, ex-jogadores, público em geral, como eu, se calhar pouco. Sim, também vi por lá a menina árbitra.

2 comentários:

  1. O futebol só é rei porque alguém o coloca no trono...alguém a quem interessa o controlo das massas...
    Respira-se ar puro quando se sai da manada para assistir a qualquer outra modalidade e percebe-se que o desporto não é aquele espetáculo mediático! O desporto é tecido com outras linhas de paixão real (não por salários imoralmente milionários), de grande sacrifício, de famílias. No desporto é possível aplaudir um bom desempenho do adversário, fazem-se amigos e mais que tudo divertimos-nos...

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    1. Sabes Ceres, eu também gostei muito de futebol ou, pelo menos, cresci a viver aquela paixão, muitas vezes irracional do futebol. Por vezes até só queria que o clube da minha simpatia não perdesse, para que à segunda-feira ninguém me chateasse, fosse na escola, ou depois no trabalho. Acho ridículo quando as pessoas ficam mais contentes com as derrotas dos outros, que com as vitórias do próprio clube, e tem de haver algo de muito errado nisso. Aos poucos o futebol, desporto onde a corrupção, violência e, no fundo, que atrai para si o que de pior existe na sociedade, começou a incomodar-me. Hoje, uma vitória na Liga dos campeões dá 3 Milhões de Euros ao clube vencedor. Quantos hospitais, escolas, tribunais, quantas coisas é que não se poderia fazer com todo esse dinheiro, que parece que vem de um poço que não tem fundo? Andam as pessoas todas, num estádio, quase a matar-se em prol daqueles que os sugam. o futebol não é um desporto, é uma máquina de fazer dinheiro, e a aberração parece nunca acabar, com o dinheiro a ser cada vez mais.
      Hoje o futebol é uma máquina de lavar dinheiro sujo, que enriquece presidentes, família dos presidentes, amantes, jogadores, treinadores, empresários, toda a gente que gravita em torno do dinheiro como as moscas em volta da merda e, ironicamente, todos os clubes grandes portugueses estão todos falidos.
      Depois há desportos muito mediáticos apesar de não termos sucesso nenhum! - todos os dias se fala do João Sousa que anda pelo ranking 50! - se fôssemos falar de todos os atletas portugueses que estão nos cinquenta melhores do mundo, nem quero imaginar! - e desportos onde somos realmente bons - no ténis-de-mesa fomos, por exemplo, campeões europeus antes do futebol, ou como na canoagem que temos um portento mundial como o Fernando Pimenta (que ficou desolado por não ter sido campeão olímpico por causa da poluição das águas e da pouca sorte que teve em remar em algas e lixo) mas que se farta de ganhar medalhas, e que no entanto nunca ouvimos falar. Infelizmente há um tratamento muito diferenciado nos vários desportos.

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