Esta semana, apesar do desemprego ter caído para níveis históricos (o mais baixo dos últimos dez anos) o escarro jornalístico mais vendido no país, veio de novo com a notícia que os portugueses não querem não sei quantos milhares de empregos e que há não sei quantos mil que recebem subsídio de desemprego:
E de repente lembrei-me dos salários que o Correio da Manhã oferecia há não muito tempo (2013). A notícia correu pelas redes sociais:
Depois de, em Janeiro, ter anunciado através do Facebook que seria a nova correspondente da Correio da Manhã TV e do CM Jornal de Vila Real, cabe-me utilizar a mesma via para atualizar a informação. Decidi não continuar no projeto.
Para que não restem dúvidas, depois de ter assinado contrato e de ter tido as melhores críticas na formação da empresa, fui informada que, além de ser, na altura, a única pessoa no país que iria desenvolver uma espécie de “one woman show” (repórter de imagem, editora de imagem, jornalista de tv, jornalista de imprensa e fotógrafa,) para as áreas de Vila Real e Bragança, e que “sobre folgas falamos lá para 2017”, também seria a única pessoa no país a utilizar viatura própria e a ter de suportar com o meu ordenado - de 680 euros, a recibos verdes – os gastos associados ao desgaste do carro. Ou seja, a Cofina propôs-me o trabalho de cinco profissionais pelo preço de um – 680 euros é o que vai pagar aos restantes colaboradores, contratados no mesmo sistema, mas “apenas” com uma das funções – e o pagamento de 18 cêntimos por quilómetro, quando paga, em média, 30 cêntimos por quilómetro aos colaboradores freelancer.
Não se preocupem, contudo, os futuros espectadores do novo canal, pois a empresa já arranjou novos colaboradores para os dois distritos. Quase fizeram tão bom negócio como teriam feito comigo. Um dos profissionais vai receber à peça e ao outro, além da avença mensal, vai ser pago apenas o combustível.
Resta-nos a esperança de que, com o que vai poupar com os jornalistas no terreno, o canal tenha capital suficiente para primar pela qualidade e pela diferença, para se poder assumir, como afirma, o novo canal líder generalista. Nós, espectadores, críticos e empresas de medição de sondagens, cá estaremos para o comprovar.
De facto é inadmissível como é que há portugueses a recusar-se a pagar para trabalhar. É o fim do mundo e merece destaque de primeira página!
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