Por estes dias via o filme "Woodsman" com Kevin Bacon e uma outra atriz, Kyra sedgwick, que até achei alguma piada. A senhora trabalhava numa serração, usava um lenço na cabeça a prender o cabelo, manobrava um empilhador com grande destreza e tinha um carro todo-o-terreno. Certamente que não era a senhora tipicamente feminina, com maquilhagem e saltos altos. Mas eu achei-lhe muita piada e fui investigar.
O nome Kyra Sedgwick não me dizia absolutamente nada apesar da cara não me ser estranha... mas há tanta mulher loira na indústria cinematográfica, sei lá, podia estar a confundir com outra parecida ou então até já me ter cruzado com ela antes num outro filme qualquer.
Via Pinterest |
Mas o que me chamou logo à atenção, foi saber que ela é casada com o próprio Kevin Bacon. E mais interessante ainda, foi saber que eles estão casados há mais de 28 anos!
Um casal de Hollywood, bonito, que se deve cruzar com inúmeras outras pessoas, um caminho fácil de perdição, e que se mantêm juntos, firmes há vinte e oito anos...
Mas a história vai de encontro a um teoria em que eu acredito cada vez mais: há pessoas que circulam sempre muito perto de nós, e que terão de obrigatoriamente se cruzar connosco. Comigo isso tem acontecido muitas vezes.
E também aconteceu com eles. Nos anos setenta, ele tinha 19 anos, e estava a fazer uma peça de teatro, e na plateia estava uma menina de 12 anos que gostou logo muito dele. Claro que, por causa da diferença de idades - naquelas idades - nada se passou, mas viriam de novo a encontrar-se, uns anos mais tarde e casaram em 1988.
Estão juntos há mais de trinta anos, pois como é lógico não se apaixonaram num dia e casaram no dia seguinte. Há gente que, contra todas as expectativas, está junta há imenso tempo, e depois todos nós ouvimos falar nos quatro meses da paixão, na crise dos sete anos... E eles têm dois filhos estão juntos há mais de 30 anos!!
Acho que são este tipo de casais que ainda alimentarão a esperança daqueles que ainda acreditam no amor ou que a sua relação possa fazer parte daqueles clube muito restrito que fica junto para sempre. Mas a realidade é muito dura... Em Portugal, a cada ano que passa, somos campeões europeus do divórcio e em cada 100 casamentos há 70 divórcios...
Mas então qual é o segredo? Num vídeo que encontrei por mero acaso, a atriz e produtora fala em sorte de encontrar a pessoa certa, mas menciona também a questão das prioridades.
"Há tantas outras partes das nossas vidas, mas é importante quando temos as mesmas prioridades e sabemos que a nossa relação está sempre em primeiro lugar". (aplauso)
Grande post, muito bem gostei muito. O teu blog está muito bom também, comecei a seguir...
ResponderEliminararea-escritalhada.blogspot.pt
Ainda bem que gostaste Miguel. A ideia que tenho, que até pode ser errada porque pouca gente comenta aqui, é que se calhar chocarei as pessoas que por aqui aterre por acaso.
EliminarPassei os olhos no teu blogue e à primeira vista também gostei dos temas que abordas e das tuas ideias - acho que também serás um "multi-resistente"! E também te vou manter debaixo de olho.
A primeira ideia que tive daqui é muito visto e comentado, até porque tens temas muito interessantes e outros que mexem concerteza consciências. Não estou chocado, mas continua, tens um fan ehehe
EliminarObrigado pela consideração meu caro
Embora a minha "crise dos sete anos" tenha culminado em divórcio (considero uma infeliz coincidência, é claro!), eu ainda acredito nos relacionamentos duradouros. Acho que algumas pessoas devem mesmo permanecer juntas.
ResponderEliminarBeijão!
Blog: *** Caos ***
É curioso que a primeira relação de um amigo meu terminou ao fim de sete anos, e mesmo no meu caso, a relação mais longa que tive, também ela não chegou a concluir os 8 anos! Mas hoje em dia a perceção que tenho, é que cada vez mais as relações duram bem menos que isso, e as pessoas tendem a separar-se quase por motivos fúteis, porque dá trabalho tentar resolver as diferenças, é mais fácil sair de uma relação e entrar logo noutra, achando que com uma nova pessoa tudo será diferente.
EliminarEu acho que todos nós achamos que somos especiais, que a nossa relação é diferente de todas as outras. Que nós é que sabemos o que é o amor, nós é que dialogamos e somos amigos e cúmplices. Os outros não. E depois, quando nos toca também a nós uma separação, e falo por mim, senti-mo-nos frustrados, afinal somos como os outros. E isso é muito triste. O desencanto abate-se, para mim é quase uma derrota pessoal... ainda que só possa ser responsável em 50% dessa derrota!