Acho que compreendo o que sentes por este livro. Dantes também me custava a engoli-lo. Quando o li no liceu, achei a Madame Bovary uma parva. Casou com o homem errado, faz parvoice atrás de parvoíce...Mas quando o li desta vez, apaixonei-me por ela. Ela está encurralada, mas tem uma alternativa. Pode aceitar a vida de infelicidade, ou pode lutar contra ela. E ela escolheu lutar.
E que luta..! Meter-se na cama com qualquer um que lhe diga olá!
E que luta..! Meter-se na cama com qualquer um que lhe diga olá!
No fim acaba por falhar, mas há algo de belo e heróico na rebelião dela. Os meus professores matavam-me se me ouvissem dizer isto, mas... À sua maneira estranha, a Emma Bovary era uma feminista.
Que bonito!Então enganar o marido faz de ti uma feminista?
Não... Não é o enganar. É a fome. A fome duma alternativa, e a recusa em aceitar uma vida de infelicidade.
Litle Children / Todd Field / 2006
Nunca assisti o filme, mas me deixou curiosa.
ResponderEliminarVou providenciar ;)
Feliz Ano Novo, Konigvs!
Beijão.
Blog: *** Caos ***
Este pequeno excerto, de uma espécie de clube do livro de várias senhoras mais velhas ("anal sex"? eh eh eh ), que convidam duas mulheres mais jovens para darem a sua opinião, é como que questão existencial do filme: a traição. Casais já com filhos pequenos, onde já quase não existe sexo, e em que as pessoas se deixam levar... Até que de repente cruzam-se com outra pessoa e há ali uma grande empatia. Mesmo que, como vai contando o narrador, a mulher de Brad (Jennifer Connelly) seja muito mais atraente (é alta, corpo definido, mamas grandes) do que Sarah, a mulher que Brad conhece no parque onde leva o filho para brincar. E a própria Sarah questiona Brad num momento íntimo em que estão a ter sexo "quão bonita é a tua mulher"? Mas o filme não é só esta trama entre estas duas personagens, há outras questões que se colocam. Eu já tinha o filme em DVD há algum tempo, mas quis rever de novo. Dá uma vista de olhos e depois diz o que achaste!
EliminarBom ano novo para ti também Helena :)
Beijinho