Se o narcisista de andarilho pode, eu também posso!
"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
Há milhares de padres a abusar de crianças
“Mas, enfim, esqueçamos isto”Portátil HP em Outubro custava 529€
Na mesma loja, e nesta semana negra de compras, o mesmíssimo computador está com uma promoção fantástica de 549€! Aproveitem já antes que esgote!!
Temos que reaproveitar e ser mais sustentáveis e dar a nossa roupa que ainda está em bom estado a quem, infelizmente, não tem o que vestir. Devemos colocar a roupa e calçado que já não usamos nos ecopontos.
A realidade:
A gestão desses ecopontos têxteis é privada e enviada para exportação para ser vendida a países carenciados.
Não é Linda a Puta da Caridade?
Hoje, no Jornal de Notícias:
"A Ultriplo, que tem três mil contentores, refere que, após responder “a todos os pedidos recebidos” dos parceiros sociais, o excedente é comercializado para países como os Camarões, a Gâmbia, a Síria e a Índia. “Não obstante o viés comercial desta operação, estas roupas visam responder às necessidades de populações com um poder de compra extremamente reduzido”, explica a empresa ao JN.
Algo semelhante faz a H Sarah Trading que, com mais de 2500 equipamentos, exporta para países como o Líbano e o Iraque, “permitindo prolongar o ciclo de vida de muitos artigos que em território nacional não seriam reutilizados”, referem.
Confrontados com as críticas que apontam que estão a criar um problema ambiental noutros países, as empresas afirmam que são uma solução para impedir que milhares de roupas utilizáveis vão parar ao lixo e aos aterros.
A ideia foi do meu colega que até já foi da direção dos bombeiros. Reunimos com o responsável que foi extremamente acessível e pusemos o plano em marcha. Pedi ao ao meu colega da empresa se me fazia o cartar, e percebi que para um especialista é coisa para estar pronto em vinte minutos, que, depois de pronto, foi aprovado pelo responsável.
Fase da promoção. Cartazes imprimidos toca a afixar por aí, ainda que tivesse sido uma quase formalidade. Já sabia perfeitamente que poucas pessoas aqui da terra se iriam inscrever e que o grosso das inscrições viria dos interessados das redes sociais.
Seguidamente reunir com a edilidade local, expor o que estávamos a fazer e solicitar ajuda para oferecer uns troféus aos melhores.
Acho que me revelei um razoável relações públicas e cultivador de amizades desportivas e rapidamente já tinha trinta pessoas inscritas. Se primeiro estava ansioso por poder ter poucas pessoas, depois, comecei a ficar ansioso e a entrar em paranoia porque começava a ter pessoas a mais e mesas a menos.
Cartaz, promoção, troféus, material. Mais uma vez a associação, simpaticamente, emprestou-me tudo o que precisava e aquilo ficou com um ar extremamente profissional. E ainda conseguimos duas extra, cortesia da central aqui da EDP.
Era chegado o dia do sorteio e eu acordei a pensar que não iria jogar. Porque era preciso alguém estar na mesa a controlar o que iria acontecer, porque assim poderia tirar todas as fotografias que me apetecesse, porque assim não estaria dividido entre a organização e ainda me preocupar com ter que ir jogar.
Mas ao fim da tarde falei com uma amiga que me chamou à razão. Que não fazia sentido todo o trabalho que tive para depois nem sequer ir jogar. E assim foi. Ainda por cima porque, comigo, éramos precisamente 44 atletas, o que era perfeito, pois dava onze grupos de quatro cada.
Chegado o dia do torneio acordei por volta das quatro da manhã e já não dormi mais com a ansiedade. Cheguei à sede dos bombeiros cinquenta minutos antes da hora de começar e já lá estava a equipa de Braga para começar o aquecimento! E é assim que tem que ser, chegar sempre cedo, ao contrário do que nós temos feito quando nos deslocamos a outros torneios.
Aos poucos e poucos as pessoas foram chegando e eu fazia o papel de anfitrião e, assim que via alguém chegar, ia ter com essa pessoa, perguntava quem era e de onde vinha e dizia que foi comigo que falou e dava-lhe alguns detalhes de como se ia realizar a competição.
Eu tinha calhado no penúltimo grupo e pensei que só iria entrar em ação por volta das 10:30, mas os planos saíram-me furados. O meu grupo foi dos primeiros a estar completos e lá fui à pressa buscar a raquete e o pano para cabelo e digo para o meu colega de trabalho, que também veio jogar: "é hora de entrar em ação"!
De repente um enorme colorido formou-se no pavilhão e as seis mesas estavam todas ocupadas com atletas a competir. Tudo foi decorrendo de forma muito fluída e conseguimos mesmo, antes de irmos todos almoçar, realizar a eliminatória dos 16 avos de final.
Eu tinha previsto que nenhum atleta nosso ficaria nos oito primeiros lugares, os classificados para os quais tínhamos troféu simbólico.
Recebemos inscrições de clubes de Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo, Braga, Porto e claro, Gondomar. E o raciocínio lógico era: "ninguém vem fazer tantos quilómetros para chegar aqui e não dar uma para caixa"!
Por outro lado tenho a noção que, mesmo sem termos treinador e nenhum nunca ter sido federado, parece-me que estamos ao nível de algumas equipas dos distritais ou challenge.
Os atletas mais fracos fariam sempre, no mínimo, três jogos contra outros três atletas. Mas, ainda assim replicamos uma ideia que vimos noutro torneio e que nos pareceu interessante: fazer uma Liga B em que os atletas eliminados poderiam continuar a competir e ninguém teria que se ir embora. E isto tinha ainda outra utilidade. O bar estaria aberto com petiscos para o pessoal comer, e, quantas mais pessoas por ali andassem, mas consumiriam e mais dinheiro se angariaria para a campanha da compra de uma ambulância.
Ao contrário de vários outros grupos tive sorte e calhei num grupo acessível e fiquei em primeiro lugar evitando assim, a seguir, jogar contra primeiros classificados de outros grupos. Nos 1/16 de final defrontei um colega do meu clube, que tinha ficado em terceiro lugar noutro grupo, vencendo e avançando na competição. Estava nos dezasseis melhores e iria agora tentar nos oito melhores.
Calhou-me um atleta brasileiro de Braga, de boa técnica e de imediato comecei, vá lá saber-se porquê, a tremer. Venci o primeiro jogo e o segundo, e recordo que entre jogos troquei umas palavras com um atleta de São Pedro da Cova que estava a arbitrar e que me disse mesmo "estás a tremer, até se nota daqui! tem calma que jogas melhor do que ele". Ele também também está nervoso mas tu estás todo a temer". E era verdade. Eu mesmo sentia-me a tremer e já tinha acontecido recentemente, no torneio de Ovar. Achei que os muitos torneios que tenho disputado me tinham deixado muito mais solto, mas, vá lá saber-se porquê, nestes dois últimos voltei a ficar muito ansioso.
Nos oitavos de final deparei-me com outro atleta de Braga com quem já tinha jogado em Ovar no torneio por equipas e que tinha vendido e fiquei com o seu contacto para os convidar para este torneios que estávamos a organizar. "Desta vez vou-te ganhar, vai ser a minha desforra", disse-me! Mas apesar de também ser bom tecnicamente, talvez o seu estilo de jogo não encaixe bem no meu, e voltei a vencê-lo. Até aqui tinha defrontado seis atletas e todos vendi por 3-0.
E assim em pezinhos de lã estava nos quatro melhores, o que para mim, era um excelente resultado!
E na meia-final, e pela terceira vez este ano, calhou-me em sorte o meu camarada comunista. E pela terceira vez venceu-me, e, desta vez, ao contrário das duas anteriores, com alguma facilidade. Eu caí para o jogo de atribuição de terceiro e quarto lugar e ele avançou para a final.
Eu perdi o terceiro lugar por um triz (3-2) e o meu camarada na final também não conseguiu farinha do atleta de Braga que venceu com todo o mérito o torneio.
Eu posso dizer que, mesmo que tivesse ficado no último lugar, fiquei muito contente com a organização. Estivemos mesmo de parabéns. Tudo decorreu como planeado e toda a gente foi muito elogiosa connosco. Tudo decorreu com enorme desportivismo, e depois de toda a trabalheira que tive, em que durante uma semana andei a correr para a associação, a transportar mesas, separadores, e a montar o espetáculo, no fim, valeu mesmo a pena. Correu tudo muito bem. Promovemos a nossa terra, promovemos o ténis-de-mesa e competimos em sã convivência.
Um dos colegas que comigo ajudou na organização disse-me mesmo que lhe disseram: "já fomos a torneios oficiais que não tinham este nível de organização" e não há dinheiro que pague ouvir uma coisa destas.
O Torrejon ligou-me e vinte e cinco anos depois continua a chamar-me Satan.
Parece que ia haver um convívio em casa de um deles. E como dias antes eu até me tinha registado no Whatsapp, então, ele lá acabou por me adicionar ao meu primeiro grupo que depois comecei a ter um cheirinho do que serão os tais grupos de Whatsap que sempre ouvi falar mas que não conhecia.
Da primeira turma de Electronica Industrial de 1997 éramos dezoito. Nessa altura eu ainda não tinha e-mail nem sequer computador! Haveria de comprar o primeiro computador por duzentos e cinquenta contos com o dinheiro da bolsa de estudo que recebia. Por outro lado em 97-98 eu deveria ser dos melhores clientes dos Correios de Portugal - "onde é que está o Königvs? Deve ter ido aos correios - isto num tempo em que os CTT eram dos melhores correios do mundo porque ainda pertenciam ao Estado.
Estivemos juntos cerca de três anos. Oito horas por dia em regime de Big Brother com direito a dormirmos, tomarmos banho e pequeno-almoço juntos, durante dois ou três meses na cidade de Lisboa. As nossas idades andariam entre os dezoito e os vinte e cinco anos.
Talvez isto tenha sido uma espécie de recruta, uma tropa, uma guerra colonial sem o uso de armas mas que deixou na memória um tempo em que tivemos que conviver, todos, uns com os outros. E essa ligação fica para sempre. Nomes como Satan, Piri, Pintas, Baguim, Foca Cabeluda, Porca, o Puto, Barbosa, Casquilho, ou expressões como "eu sento-me onde quiser", ficarão para sempre no arquivo de nostalgia da nossa memória, passe o tempo que passar, ou então, até que o Alzheimer nos separe.
Em 1997 eu vestia-me de preto da cabeça aos pés. Calçava Doc Martens 365 dias por ano quer fizesse chuva ou calor, usava anéis cavernosos da Alchemy nos dedos, cruzes invertidas ao pescoço e casacos com pentagramas. Gostava muito de futebol e sofria com as derrotas do Benfica e, politicamente, admirava Francisco Louçã. Hoje em dia uso mais alguma corzinha, calço Camport ou Skechers, não vejo futebol, deixei até de ser benfiquista e só tenho olhos para o ténis-de-mesa. Politicamente, continuo sempre a olhar para quem tem menos e para os excluídos, e esses só são defendidos pela esquerda (a sério e não só de nome!) ainda que, tantos anos depois continue a achar que esta democracia que nos rege é uma valente treta que não me representa. Nem sequer é uma democracia de verdade.
Estou em crer que foi passado dez anos (2012?) que nos juntamos pela primeira vez e jantamos num restaurante do Porto. Ou pelo menos foi a minha primeira vez. E, por acaso não creio que um restaurante seja o melhor evento para se conviver, mas os portugueses dão o cu e três vinténs para comer fora. Ficamos ali emparedados entre um e outro colega, a conversar com o da frente e outro do lado, isto se houver afinidade nas conversas. Depois fazem-se as contas e vai cada um para sua casa. Reunir na casa de uma pessoa ou noutro sítio qualquer aberto, é, sem qualquer dúvida, muito melhor.
Mas é curioso que, no espaço de dias, registei-me na Amazon (apesar de não ter ainda comprado nada, ou melhor, comprei mas foi o meu colega que mandou vir da conta dele que é especial de corrida e tem envios gratuitos que chegam no dia seguinte); instalei o Whatsapp e agora já posso pedir fotos nuas às amigas; e ainda consegui aderir ao MB Way!
Mas calma lá, não pensem já cenas porque continuo a usar o mesmo NOKIA de 2004!
Pelo menos, daqui para a frente, creio que nunca mais ninguém terá que comprar um cartão para falar comigo de forma privada (mas isso são outras histórias).
A Câmara Municipal de Gondomar deitou dezenas de árvores abaixo e gastou 680 mil €uros para construir uma rotunda completamente desnecessária.
A determinada altura pensei: "ó pá, tu queres ver que é para os barcos do Mário Ferreira irem dar a volta à rotunda?" Eles sempre atracam ali no Cais da Lixa se calhar é para isso, ou até vão usar a estrada e vão até ao Porto, não pelo rio Douro mas usando a estrada nacional N108!
Mas nisto da política é como nas relações, um gajo mais à frente depois começa a perceber o porquê de determinadas ações. Primeiro as dores de cabeça; as discussões estéreis em que parece que só se quer arranjar problemas; e depois do nada cai uma bomba atómica. E aqui no caso da rotunda inútil também fiquei por estes dias a saber que, afinal, por ali vai ser construído um Hotel, que a marina será ampliada e que por ali até haverá um Heliporto! E se calhar também percebo agora melhor o porquê daquela encosta ter sido incendiada tantas vezes!
Para mim tudo isto é muito irónico. Para reparar a minha rua que está toda fodida não há dinheiro, e foi preciso escrever no jornal para que viessem tapar os buracos. Mas para gastar rios de dinheiro para favorecer os mais ricos, para isso já não falta dinheiro a rodos.