domingo, 17 de julho de 2022

Cheguei às Portas do Céu... mas Achei Melhor Não Entrar!


 
Tínhamos ficado a dormir em Valença num alojamento todo modernaço dentro do Forte. Percebi também este ano, depois de dormir em vários alojamentos de norte a sul do país, que agora para conseguir entrar finalmente na porta do quarto que nos tocou em sorte é preciso uma espécie de "caça ao tesouro"! 

Em Bombarral foi assim:

1. Abra o portão da rua que está aberto. 

2. Suba ao segundo andar.

3. Junto à porta do apartamento vai encontrar um pequeno cofre

4. Insira o seguinte código... 

5. Quando sair tranque tudo e deixe as chaves n caixa do correio

No Forte de Valença a caça ao tesouro foi diferente, porque, como referi, a coisa era muito mais modernaça. E aquela receção com secretária e cadeira e tudo, mas sem ninguém? Nem sei como é que seria se eu quisesse pedir o livro de reclamações! Mas pronto, também não houve motivos para reclamar porque tudo era perfeito. Quase demasiado. 

No último dia saíamos de Valença e fomos passeando, tranquilamente enquanto observávamos a vista do rio. Paramos em Cerveira, e depois ela mostrou-me uma imagem de um Miradouro que tinha visto no Instagram. O Google Maps não estava a ajudar, mas se era miradouro tinha que ser num sítio bem alto. Olho em volta e deixa com o tal Miradouro Portas do Céu ou Espírito Santo...  

Pode-se dizer que cheguei mesmo às Portas do Céu... mas achei melhor não entrar! até porque o tombo é grande!


Cada um Por Si Vamo-nos Queimar Todos



Hoje em dia anda por aí uma ideologia, que se espalha mais depressa que um vírus e ataca principalmente os mais jovens que votam em partidos neofachos, porque são aqueles que têm menos defesas, porque, ao contrários dos pais e avós, cresceram num mundo de poucas dificuldades, em que basta aceder a uma APP para vir logo alguém limpar-lhes o cu. Os pais e avós tiveram que fazer pela vida, viver num tempo em que nem sequer se podia falar livremente, num tempo de fome e da "sardinha para três". Mas hoje em dia muitos destes jovens acreditam nessa ideologia que lhes vende a ideia que podem ser o que quiserem e ter muito sucesso na vida, para isso basta acreditar e que o pior inimigo é o Estado. 

Livres principalmente para ser burros e escravos dos que tudo têm e aumentar o fosso entre ricos e pobres, que, sistematicamente, tem vindo a aumentar e aumentou ainda mais com a pandemia e a guerra na Ucrânia.  

E todos vimos o lindo resultado dessa ideologia na pandemia. Toda a gente usava máscara para se proteger mas, principalmente, para proteger os outros, mas essa gentalha negacionista da "liberdade individual", que fala do livro "Mil Novecentos de Noventa e Quatro" mas se calhar na maioria dos casos nem sequer o leram, quis ser diferente e vendeu a ideia que vivíamos num estado ditatorial e manifestou-se contra o uso da máscara, contra os confinamentos, contra as vacinas (mesmo que ninguém tenho sido obrigado a ser vacinado) e até foram insultar o Gouveia e Melo responsável pelo processo de vacinação. Tudo em prol da "minha liberdade individual"!

Antigamente dizia-se que "a união faz a força", mas agora é o tempo do "eu faço o que me apetece"! E o Estado, que somos todos nós, é o bicho papão que nos quer "dominar".

"O Estado mandou colocar ali um STOP mas eu paro se eu quiser porque eu não sou um carneiro como os outros todos"!

"O Estado introduziu uma disciplina de aulas cidadania nas escolas mas os meus filhos não vão porque eu é que sei o que é melhor para eles"!

"O Estado manda limpar os terrenos por causa dos incêndios, mas eu não limpo porque eu é que sei e sou mais esperto que os outros que pagam para serem limpos".

Estamos em meados de Julho de 2022 e nesta semana, ao contrário do que tem sido este ano, de temperaturas baixas, sofremos uma vaga de calor, ou seja, significa que, durante vários dias seguidos tivemos temperaturas acima da média para esta altura. 

 A reportagem é do Jornal de Notícias sobre um incêndio em Baião. 

 "Pedimos às pessoas para limpar os terrenos e ainda nos tratam mal. Até desligam o telefone na nossa cara". 

"Gastei 400 euros a limpar os meus terrenos e de nada valeu, porque o vizinho não limpa os dele”, denuncia. Vinha, árvores de fruto e um trator de lenha: tudo ficou queimado. “Salvou-se a casa e a oficina”, certifica, com ombros caídos pelo peso da tragédia. Até poderia ter sido pior, não fosse “uns metros de mangueira” que anteontem, ao final do dia, tinha comprado por temer o pior face ao fogo que já lavrava nas redondezas. Foi com a mangueira ligada à rede pública e com a ajuda da família munida de baldes que conseguiu travar o avanço das chamas. “Ficamos à nossa sorte. Apareceu um carro de bombeiros, às 10 horas da manhã, mas sem água. Cortaram a estrada e ajudaram-nos no que puderam. Mas sem água..."

E é assim que, cada um por si, nos queimamos todos. 

sábado, 16 de julho de 2022

O Tamanho das Bolas Importa

A ASAE tem que meter nisto! O setor dos gelados não pode continuar assim, em roda livre e em completo descontrolo vendendo como lhe apetece as bolas de gelado. 

Caminhávamos pelas ruas de Óbidos quando me lembrei que ainda não tínhamos comido qualquer gelado nestas férias. Minutos depois entramos numa gelataria e ficamos ali, a namorar as bolas que haveríamos de querer. Eu até perguntei pelo tamanho ao que o senhor respondeu que até eram bem generosas. E de facto eram.

Dias depois, nos jardins do ex-Palácio de Cristal (e depois de ter ficado com os cabelos em pé ao ver o que andavam a montar na Avenida das Tílias)  avistamos uma carripana de venda de gelados da Olá!

Bom, vamos lá comer mais uma porcaria. Conversamos sobre comer duas ou três bolas, e ela é sempre mais gulosa do que eu e ganhou por 3-2 e eu estava a contar com umas bolas de gelado do tamanho daquelas bem generosas de Óbidos.

Puro engano! Foi com enorme frustração que olhei para o meu cone e vi aquelas coisinhas mixurucas da fotografia, em que investi quatro euros!

A ASAE tem mesmo que meter a mão nisto! Um Euro é um euro em todo o lado, então, uma bola de gelado também deveria ter o mesmo tamanho em todo o lado. 

As gelatarias deveriam ser obrigadas a aferir e calibrar as bolas de gelado. Ou então o cliente deveria pagar o peso líquido do produto que consome. 

domingo, 10 de julho de 2022

Porque é que Comprei um carro Mais Barato que um Telemóvel?

 Já não sei precisar ao certo mas devo ter começado a ver carros usados pouco antes de 2020. Terá sido uns dois ou três anos antes do meu Cavalo Preto ter tido uma grave avaria (por causa da incompetência da Renault). Hoje sei que o certo seria ter-me livrado dele enquanto podia. Não o tendo feito por apego emocional, acabei por mais tarde ter que deitar uns milhares de euros ao lixo. 

Desde 2015 que cometi a extravagância burguesa de ter dois carros: um comercial de dois lugares e um todo terreno, que, em boa verdade só andava no mesmo terreno do comercial (até porque nunca foi comprado com intuito de ir para o monte) mas que dava jeito, por exemplo, para dar uns passeios com os pais. Poderia dizer que a compra do todo terreno foi  crise da meia idade, mas acho que foi mais uma terapia - ainda que eu nem seja muito adepto de gastar dinheiro! - na sequência do voar para longe de mim duma namorada.

Fiquei sem cavalo preto logo após o início da pandemia. Ò Diabo!, penso agora! Tal como fiquei sem outra namorada! E então comecei a andar só com o todo-terreno, o carro que me restou depois de ter vendido o cavalo preto com grave avaria no motor. Mas no outono do ano passado mudei de emprego (que inicialmente até estava para ser só para uns meses) mas, mesmo assim, em dezembro do ano passado, comecei a ver carros usados e, inicialmente, a ideia era comprar um carrito velho, mas, com a subida dos preços do combustível (e ainda estávamos bem longe da desculpa da guerra Rússia x Ucrânia), que fosse fiável mas principalmente económico. 

Tive até um negócio quase concretizado. A compra de um Opel Corsa Sport 1.5D de 2000. Mas à última hora telefonei ao meu colega do clube, que é mecânico, e perguntei-lhe se ele não tinha disponibilidade para ir comigo ver o carro. Pergunta-me que modelo é e, conversa vai, conversa vem, diz-me para não comprar esse modelo porque, apesar de ser um excelente carro, fiável e económico, já há peças que não se encontram, nem na concorrência nem na sucata. Eu fiquei um pouco incrédulo, afinal, o que não falta por aí na estrada são Opel Corsa. Mas segui o conselho e abortei a compra. 

Nos meses seguintes iniciei uma verdadeira cruzada em busca do carro ideal. Pensei em comprar um carro aí até 5 mil euros, que fosse robusto, fiável e económico e depois talvez até vendesse o todo terreno que, como desvantagem, tem o facto de consumir 8L de gasóleo aos 100km. 

Vários carros interessaram-me. E houve mesmo um fim-de-semana que estive para ir a Lisboa e Setúbal para ver dois ou três carro (porque lá para baixo em regra os carros são mais baratos) mas depois tive outros afazeres e a coisa também não se concretizou. 

Pelo meio pedi aquele que considerei o melhor negocio que poderia ter feito. Por uma questão de horas ou minutos, quando contactei o vendedor (também de Lisboa) ele já tinha vendido o carro. E nesta altura a minha preferência recaía no Toyota Corolla D4D ou ate no Yaris D4D.

Se era o Toyota Corolla D4D ou Yaris era o carro dos meus sonhos? Não, não era. Nem os acho particularmente bonitos. Mas durante doze anos tive um Mégane preto que gostava muito, mas, apesar de ser muito económico, só serviu para me dar uma despesa absurda em manutenções. Só os elevadores de vidros devem ter avariado umas cinco vezes! E de cada vez eram cem euros para reparar! Então, que se foda lá a estética! Quero é um carro que seja fiável e não me dê problemas. 

O carro que eu queria mesmo ter comprado era este. Tinha tudo certo, incluindo, como é lógico, o preço:


Só que, como referi, alguém chegou primeiro. O mais curioso é que, este mesmo Toyota Corolla 1.4 D4D apareceu depois de novo á venda noutro site, mas agora, em vez de 3100€ o novo vendedor estava a pedir 5 mil Euros! Meti conversa e ofereci 3500€ e a pessoa teve a grande lata de me dizer que com esse dinheiro comprava um Renault Clio. Ao que respondi com esta imagem e ele não mais respondeu. 

E a verdade é que, além de aparecerem muito poucos destes carros à venda (sinal que quem os tem está satisfeito) mês após mês os preços estavam a ser inflacionados. Aquilo que antes custava 3 mil euros, passou a custou quatro, cinco, seis ou 6500€! E estamos a falar de um carro 17 anos e com mais de 200 mil Km! Sim, está tudo absurdamente louco! Está tudo tão louco que eu hoje posso vender o meu todo terreno que comprei há sete anos por mais 500€ ou mil euros do que dei na altura!

JN 10 de Julho 2022

Percebendo que esta não é de todo uma altura para se comprar um carro, e estando já numa fase quase mais cansado de ver carros quase tanto como quando me registei no Tinder (e é quando estamos já cansados e frustrados que podemos fazer uma compra por impulso muito errada) comecei a pensar em mudar de estratégia e, sei lá, porque não optar por um chaço fiável e económico?

E assim foi. Um dia vi um Toyota Starlet 1.5D à venda e lá vai disto. Fui ver, num dia bastante chuvoso que nem deu para ver todos os riscos e pintura estragada (mas eu acho que o teria comprado na mesma) mas ainda assim foi preciso mudar algumas coisas e aos poucos, conforme for arranjando algumas peças usadas vou restaurando.

Conforme vamos avançando na vida as nossas prioridades vão mudando. Se poderia comprar o carro que me apetecesse? Podia, mas a compra do carro,  seguir à casa, é a segunda coisa em que gastamos mais dinheiro e convém refletir muito bem nos gastos. Bem sei que ao volante deste chaço passarei a ser muito mais feio e desinteressante para o mulherio, mas, nesta fase estou-me simplesmente a cagar para isso. O que não podia ser era estar a gastar 200€ de combustível por mês para deslocar para o trabalho. Isso é que me estava a preocupar. Andar de choço velho não me preocupa nem incomoda minimamente.

E nem é assim muito velho o meu Toyota Scarlet Johansson. É um carro com 27 anos e só tem mais seis que o todo terreno. Bem sei que, por exemplo, já não o poderei levar para Lisboa, porque na capital portuguesa (obrigado senhor António Costa) proibiram que as pessoas reutilizem os carros. Segundo me disseram tem um motor de guerra (apropriado aos tempos que vivemos!) e, se quiser, até posso meter óleo para dentro do depósito que ele vai queimá-lo e anda mesma. "Tendo combustível e óleo anda sempre". 

E no fundo até acabo por achar muito divertido nesta fase andar com um carro velho que me foi mais barato do que um smartphone. E posso dizer que tem um ótimo ar condicionado pois para isso basta abrir os vidros dando à manivela e tem direção assistida, a braço! 

Nesta fase temos que ir um dia de cada vez. Veremos o que dará esta minha relação com o meu Scarlet Johansson. Mas o mais importante é mesmo poupar, depois, bom, depois, como em todas as relações logo se vê o que irá acontecer!

sábado, 9 de julho de 2022

Conversas Improváveis (70) - Lóbulos Recessivos


Lembro-me da primeira namorada me dizer, olhando para mim há vinte anos, que eu lhe parecia um ser humano já muito antigo, um verdadeiro ancião centenário que passou por muitas vidas... 

Entretanto por estes dias uma senhora reparou nas minhas orelhas e disse-me que achava curioso os meus lóbulos terem características recessivas. 

Ela é da biologia e sabe bem melhor dessas coisas do que eu, que se alguma coisa dei na escola já pouco ou nada me lembro. 

Nós apresentamos determinadas características físicas que podem ter traços dominantes ou recessivas, tais como a cor dos olhos, a cor do cabelo, o formato do nariz, a calvície, a mão com que pegamos nas coisas e, entre outras, também as orelhas. 

A maioria das pessoas tem olhos castanhos. Olhos azuis e verdes são características recessivas. Lembro-me até de se dizer, que a cor de olhos azul e verde seria um erro genético. Tal como a maioria da população usa preferencialmente a mão direita. Eu sou loiro, tenho olhos verdes e sou canhoto de nascença.

Fiquei então saber que há lóbulos presos à cabeça e lóbulos soltos. Os meus lóbulos, ao contrário da maioria da população, estão colados à cabeça. Mas tal como no caso dos meus olhos verdes ou dos cabelos claro (apesar da maioria do mulherio não gostar) nem acho que tenha ficado muito prejudicado com as minhas características recessivas. De velho ancião que passou por muitas vidas?

Conversas Improváveis (69) - Mudança de Humor


A vizinha chega a casa, abre o portão e vira-se para o cãozito, que é pouco maior que uma ervilha e a veio esperar e diz:
"Oh que foi pequenininho...oh que foi meu pequenininho..."
O cãozito ladra e ela:
"Oh caralho, foda-se, já CHEGA!

E os Nossos Heróis, Tratamos Bem?


 Nas duas semanas que por estes dias tive de férias e que, como dizia o outro, "andei por aí", cruzei-me, em duas cidades diferentes, com a exposição do  centenário da travessia aérea transatlântica de Gago Coutinho e Sacadura Cabral (1922-2022). E de imediato perguntei-me:

- Quantos aeroportos é que temos com os nomes destes dois heróis pioneiros da aviação?

Uma coisa eu sabia: que tínhamos um aeroporto com o nome de um político que morreu de acidente aéreo, algo que faz todo o sentido e dá mais segurança a quem vai viajar de avião!, e sabia também que temos um aeroporto com o nome dum sujeito que dá uns pontapés numa bola, que foi acusado de violação, que cometeu fraude fiscal, e que, se fosse um comum mortal ou tivesse acontecido num país como a Alemanha já estaria na cadeia há já uns anos, como o mais jovem vencedor do torneio de Wimbledon, o alemão Boris Becker. 

Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram o que até aí ninguém tinha feito. E, além de pioneiros, eles mesmos construíram instrumentos de navegação, o sextante de horizonte artificial e o corretor de rumos que permitiram concretizar a viagem entre o Portugal e o Brasil e que, na altura, sem a existência desses instrumentos a viagem seria impossível de concretizar.

Chegados ao Brasil, Gago Coutinho e Sacadura Cabral foram só recebidos, além de milhares de brasileiros, pelo presidente da república e pelo próprio inventor do avião: Santos Dumont! 

E Santos Dumont é só o nome do aeroporto do Rio de Janeiro, uma das cidades mais conhecidas do mundo. Em Portugal os seus feitos não mereceram honras. Até que, nestes mesmos dias que estive de férias, parece que atribuíram o nome de Gago Coutinho ao aeroporto de Faro. Mas só a Gago Coutinho! O Sacadura Cabral fica a chuchar no dedo! Ou então terá que esperar que Celorico da Beira tenha um aeroporto para que lhe possam atribuir o seu nome!

Acho que tudo isto é patético. Fazem-se as coisas em cima do joelho. Nada é pensado, muito menos discutido com as pessoas. Tal como acho que deveria ser muito bem pensado quando se manda fazer uma estátua (se é que se deveriam mandar fazer estátuas de alguém) e não só porque um idiota qualquer dum presidente da câmara acha que sim, ou porque quer adjudicar um negócio para dar a ganhar dinheiro a alguém, acho também que os nomes que se dão às obras públicas deveriam ser muito bem discutidas, pensadas a nível do país, e não a primeira coisa que alguém responsável de uma terriola qualquer achar que fica bem. 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Mário Ferreira de Excêntrico a Fraude em Dez anos


 Há coisas verdadeiramente curiosas. Neste mesmo dia 7 de Julho de 2012, faz dez anos hoje, Mário Ferreira fazia capa do JN porque tinha comprado um barco, mas não um barco qualquer, era um barco da rainha Isabel II (que na volta ela nem sabia que o tinha mas tudo bem).

Dez anos volvidos, Mário Ferreira está de novo na capa do JN, mas desta vez o motivo é um pouco diferente! 

Muito curioso também é que, Ana Gomes, que já tinha chamado ladra a Isabel dos Santos, em 2019 chamou ao excêntrico empresário "escroque" e "criminoso fiscal" e foi agora a tribunal. Mário Ferreira diz que retira a queixa se a ex-candidata presidencial pedir desculpa mas Ana Gomes diz que não retira nem uma palavra!

domingo, 3 de julho de 2022

Tantas Fotos Para Impressionar nas Redes Sociais


Duas semanas de férias, quase dois mil quilómetros de estrada percorridos. Milhares de fotografias nos mais variados monumentos e belezas naturais para poder partilhar nas redes sociais e impressionar o pessoal. Mostrar como, apesar das telhas irem voando, estou a ficar um velho giro e enxuto! Isto é que vai ser impressionar o pessoal. Tantas fotografias dos meus pés que nem sem por onde começar! 

Já agora, se a Sketchers quiser está à vontade para patrocinar este blog!
 

sábado, 2 de julho de 2022

Vê com os Teus Olhos ou o Momento Poeta de Before Sunrise


Em Before Sunrise, um dos meus filmes preferidos, a dado momento Celine e Jesse, que se conheceram no comboio enquanto viajavam, estão a fazer tempo, visitando Viena (na Áustria) antes de cada um seguir o seu destino. Celine irá regressar a Paris e o jovem Jesse apanhará um avião para os Estados Unidos. A determinado momento da noite cruzam-se com um homem na beira do rio, que fumava e estava rodeado de um caderno. Este interpela-os e convida-os a darem-lhe uma palavra para ele lhes fazer um poema. Caso gostem depois podem-lhe agradecer oferecendo-lhe o dinheiro que acharem conveniente.

Por estes dias de férias, enquanto caminhava em direção ao Castelo de São Jorge, tive um instante que me fez lembrar desta passagem de Before Sunrise. 

Já perto do castelo, há uma paragem obrigatória no Miradouro de Santa Luzia para ver as buganvílias em flor e a paisagem envolvente que faz o postal de Alfama. Depois de uma ou outra fotografia, o jovem de chapéu, pés descalços e cigarro na boca (da fotografia) interpela-me em inglês:

"I was going to ask you when was the last time you smiled, but you have already arrive smiling... 
(Eu ia-te perguntar quando foi a última vez que sorriste mas tu já chegaste a sorrir)

"You can find dozens of these photos on the net. Don't waste your memory card. This is special. I am special. You are special... See with your eyes".

(Podes tirar dezenas de fotografias desse postal. Não ocupes memória do cartão com fotos desnecessárias. E, enquanto vai apontando em volta para as pessoas vai dizendo: isto é especial, eu sou especial, tu és especial. Vê com os teus olhos".

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Cartas no Caminho? Apanho Todas

 Terceiro dia de férias. Chego a Lisboa, estaciono, e começo a caminhar em direção ao Oceanário. De repente apercebo-me que quase piso um cinco de paus. 

Cartas no caminho? Penso. Apanho todas. Um dia terei um baralho.