Já não sei precisar ao certo mas devo ter começado a ver carros usados pouco antes de 2020. Terá sido uns dois ou três anos antes do meu Cavalo Preto ter tido uma grave avaria (por causa da incompetência da Renault). Hoje sei que o certo seria ter-me livrado dele enquanto podia. Não o tendo feito por apego emocional, acabei por mais tarde ter que deitar uns milhares de euros ao lixo.
Desde 2015 que cometi a extravagância burguesa de ter dois carros: um comercial de dois lugares e um todo terreno, que, em boa verdade só andava no mesmo terreno do comercial (até porque nunca foi comprado com intuito de ir para o monte) mas que dava jeito, por exemplo, para dar uns passeios com os pais. Poderia dizer que a compra do todo terreno foi crise da meia idade, mas acho que foi mais uma terapia - ainda que eu nem seja muito adepto de gastar dinheiro! - na sequência do voar para longe de mim duma namorada.
Fiquei sem cavalo preto logo após o início da pandemia. Ò Diabo!, penso agora! Tal como fiquei sem outra namorada! E então comecei a andar só com o todo-terreno, o carro que me restou depois de ter vendido o cavalo preto com grave avaria no motor. Mas no outono do ano passado mudei de emprego (que inicialmente até estava para ser só para uns meses) mas, mesmo assim, em dezembro do ano passado, comecei a ver carros usados e, inicialmente, a ideia era comprar um carrito velho, mas, com a subida dos preços do combustível (e ainda estávamos bem longe da desculpa da guerra Rússia x Ucrânia), que fosse fiável mas principalmente económico.
Tive até um negócio quase concretizado. A compra de um Opel Corsa Sport 1.5D de 2000. Mas à última hora telefonei ao meu colega do clube, que é mecânico, e perguntei-lhe se ele não tinha disponibilidade para ir comigo ver o carro. Pergunta-me que modelo é e, conversa vai, conversa vem, diz-me para não comprar esse modelo porque, apesar de ser um excelente carro, fiável e económico, já há peças que não se encontram, nem na concorrência nem na sucata. Eu fiquei um pouco incrédulo, afinal, o que não falta por aí na estrada são Opel Corsa. Mas segui o conselho e abortei a compra.
Nos meses seguintes iniciei uma verdadeira cruzada em busca do carro ideal. Pensei em comprar um carro aí até 5 mil euros, que fosse robusto, fiável e económico e depois talvez até vendesse o todo terreno que, como desvantagem, tem o facto de consumir 8L de gasóleo aos 100km.
Vários carros interessaram-me. E houve mesmo um fim-de-semana que estive para ir a Lisboa e Setúbal para ver dois ou três carro (porque lá para baixo em regra os carros são mais baratos) mas depois tive outros afazeres e a coisa também não se concretizou.
Pelo meio pedi aquele que considerei o melhor negocio que poderia ter feito. Por uma questão de horas ou minutos, quando contactei o vendedor (também de Lisboa) ele já tinha vendido o carro. E nesta altura a minha preferência recaía no Toyota Corolla D4D ou ate no Yaris D4D.
Se era o Toyota Corolla D4D ou Yaris era o carro dos meus sonhos? Não, não era. Nem os acho particularmente bonitos. Mas durante doze anos tive um Mégane preto que gostava muito, mas, apesar de ser muito económico, só serviu para me dar uma despesa absurda em manutenções. Só os elevadores de vidros devem ter avariado umas cinco vezes! E de cada vez eram cem euros para reparar! Então, que se foda lá a estética! Quero é um carro que seja fiável e não me dê problemas.
O carro que eu queria mesmo ter comprado era este. Tinha tudo certo, incluindo, como é lógico, o preço:
JN 10 de Julho 2022 |
Muito bom e tem sempre o encanto do Clássico!
ResponderEliminarEstá muito longe de ser um clássico. Para já é só um chaço!
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