"Nas estradas, onde o gado transitava e onde as rodas dos carros moíam o chão e as patas dos cavalos calcavam a terra, rompia-se a crosta de lama e formava-se a poeira. Tudo que se movia lançava a poeira no ar; um viandante levantava uma camada, que lhe chegava à cintura, uma carroça fazia-a subir até aos taipais e um automóvel deixava uma nuvem atrás de si. E só muito tempo depois a poeira acabava de assentar".
"Homens e mulheres refugiavam-se precipitadamente nas casas e, quando saíam, atavam lenços ao nariz e punham óculos para proteger os olhos.
Apesar de não ser propriamente fã de filmes sobre a conquista do espaço, não posso dizer que o filme não seja bom (e ainda por cima tem o sorriso de Anne Hathaway, não é?) mas, para mim, o mais curioso de tudo foi ser transportado para os cenários narrados por Steinbeck em "As vinhas da Ira".
Não é subliminar. Está tudo lá escarrapachado! A casa; o pó por todo o lado e os pratos em cima da mesa virados ao contrário; as máscaras e os óculos que as pessoas usavam para se proteger; os campos de cultivo cada vez mais improdutivos e a fome generalizada; o êxodo dos carros carregados com os haveres em cima do tejadilho; e até há um Tom no filme.
Sem comentários:
Enviar um comentário