A vantagem de ler livros com uns anitos (ou ouvir os programas do Júlio Machado Vaz!) é ter-se a oportunidade de perceber que há palavras que ainda há não muito tempo eram usadas correntemente e, vá lá saber-se porquê, parece que de um dia para o outro entraram numa espécie de triângulo das Bermudas e desapareceram do léxico dos portugueses.
O livro é de 1976 e a palavra é escanhoado de escanhoar.
As barbas vão estando na moda. Ao menos é um hábito ecológico e a carteira agradece. Nem imagino os milhões de lâminas, de espuma e cremes hidratantes que se poupam todos os dias. Tudo passa e tudo regressa. Primeiro foram as barbas de três dias à Mourinho, depois as barbas à Che Guevara que agora vão até à ZZ Top.
Contudo, apesar de muitos homens continuarem a querer usar o rosto bem escanhoado - como por exemplo o herói nacional da bola no relvado - no entanto parece que a palavra se eclipsou para todo o sempre e o vocabulário vai ficando cada vez mais pobre.
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