Foi em 2007 a primeira vez que fui à Opera. Um colega tinha arranjado bilhetes e ia com a irmã. Talvez os amigos dele, que eram mais meus colegas que amigos, tenham achado que ser gótico ou metaleiro não se coadunava com idas ao Coliseu para ir ver La Traviata e acabou por me perguntar se eu queria ir com eles. Por essa altura todas as desculpas eram boas para não estar em casa, mas também aceitei pela curiosidade. Por vezes na vida há oportunidades que, se não as agarrarmos nesse exato momento, elas passarão e não mais voltaremos a ter a oportunidade de fazer determinada coisa. E assim foi. Nunca mais voltei a ir à Opera e devo dizer que gostei bastante de ter ido, mas, temos que ter em conta que, já na altura os bilhetes mais baratos andavam à volta de 30/35€ daí que não tivesse estranhado em ter visto toda a gente muito bem vestida na plateia.
Tudo isto da Opera para dizer que, só conhecendo de facto determinada coisa é que estaremos preparados para a melhor poder apreciar (ou não).
Se "Tempos Modernos" de Chaplin é um filme (que também recebi neste lote) é muito conhecido por ser uma sátira ao capitalismo bem como ao nazismo e, aos maus tratos dos trabalhadores na indústria, "O meu tio" é uma sátira à vida moderna, das pessoas com muito dinheiro, que vivem em casas que mais parecem caixotes, com eletrodomésticos sofisticados e botões onde se carrega para fazer tudo de forma automática. Vidas modernas a fazer lembrar o Admirável Mundo Novo mas onde se calhar falta o mais importante.
Em 2019 regressei pela segunda vez a Allariz para o Festival de Jardins espanhol que tinha por tema "Jardins de Cinema". E nos jardins a concurso tinha precisamente um jardim espanhol que era uma representação da casa e jardim dos Arpel, a família rica do patrão de uma fábrica de plásticos.
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