segunda-feira, 18 de maio de 2020

Para a Secção Política da Estante

Recebi por estes dias mais uns quantos livros, e em minha defesa dizer que custaram todos dois euros cada um, e se calhar só o valor de mercado dum deles paga os outros todos, ainda por cima porque, por coincidência (e não que eu ligue especificamente a isso) mas quando os recebi reparei que são quase todos primeiras edições. 

Quatro livros sobre duas das figuras mais importantes na luta contra da ditadura de Salazar. Dois volumes "Andanças para a liberdade" de Camilo Mortágua:


Entre os inimigos de Salazar que lutaram de armas na mão contra o Estado Novo destacam-se dois homens: Camilo Mortágua e Hermínio da Palma Inácio – os últimos revolucionários românticos. A eles se devem os golpes mais espectaculares que abalaram a ditadura. Mas a história da acção directa contra o regime há-de reservar a Camilo Mortágua um capítulo muito especial, pela sua perseverança na luta, ao longo de mais de vinte anos, iniciada, em Janeiro de 1961, com a participação na Operação Dulcineia, comandada pelo capitão Henrique Galvão – o desvio do paquete português «Santa Maria» – e prosseguida com o assalto ao avião da TAP, em Marrocos, no mesmo ano, e com a LUAR, de que foi um dos fundadores, até ao 25 Abril.

E dois livros sobre o general sem medo Humberto Delgado que proferiu, provavelmente, uma das frases mais célebres na política do século vinte português. Na campanha para as presidenciais de 1958, quando perguntado sobre o que faria em relação ao Presidente do Concelho (Salazar) caso as vencesse, respondeu: "Obviamente demito-o". Depois foi, como se sabe, assassinado a mando do nosso ditador.


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