domingo, 8 de julho de 2018

Leitura Aconselhável para Quem Acha que Portugal Não é um País Racista

Não sei o que pensará a maioria dos portugueses sobre o assunto, mas as pessoas que me são próximas no trabalho, todas acham que Portugal não é um país racista. Pois eu discordo totalmente. Claro que os portugueses não são racistas, só não querem que os filhos casem com um preto(a)! E isso é racismo?! Os portugueses não são racistas, só não alugam as suas casas a pretos! Qual é o mal? Portugal não é um país racista, só não atribui a nacionalidade a quem nasceu em Portugal, filho de emigrantes negros, enquanto que, qualquer chinês ou indiano rico, obtém facilmente a nacionalidade bastando para isso comprar um visto dourado. Ou então bastando para isso ser futebolista e estar cá durante três anos!

Deixo aqui duas sugestões de leitura, dois livros que ainda estão quentinhos, saídos para as livrarias ainda neste ano de 2018, e que talvez possam elucidar as mentes menos atentas.

O primeiro livro chama-se "Racismo no país dos brancos costumes" de Joana Gorjão Henriques, jornalista do Público, que tem recebido várias distinções pelos seus trabalhos sobre racismo. 

HISTÓRIAS REAIS DO PORTUGAL RACISTA QUE AINDA VIVE NO MITO DO NÃO-RACISMO

Um homem quer alugar uma casa, mas assim que diz o seu nome africano deixa de receber respostas. Uma avó da Cova da Moura é atirada ao chão por um polícia quando pergunta pelo neto. Uma mulher negra com formação superior vai ao hospital e perguntam-lhe se sabe ler as placas informativas. Por causa da cor da pele. Tudo isto acontece em Portugal, a portugueses negros, e é contado na primeira pessoa no livro No País dos Brancos Costumes, que dá continuidade à investigação de Racismo em Português. Assim se completa o retrato de um país que em 1982 deixou de atribuir a nacionalidade portuguesa aos filhos de imigrantes nascidos em Portugal, e onde ainda há quem encontre listas de escravos (com os respectivos preços) nos baús dos avós, entre outros brandos - brancos - costumes. 

"Vês casos de futebolistas que facilmente tiveram a nacionalidade, isso cria-te uma revolta. Vês alguns que chegam a Portugal e passados três anos têm a nacionalidade, e tu que nasceste cá... Não podes estudar, não podes jogar à bola, então o que podes fazer?"









O segundo livro sobre o tema do racismo intitula-se "Porque é lixo o rating social dos negros" de Filipe Silvestre: 


"Ao escrever este livro – afirma o autor – não pretendo chocar ninguém, pretendo acima de tudo revelar factos, pretendo revelar as verdades que são difíceis de ouvir e digerir, e pretendo levar o leitor ao âmago da realidade dos negros nos países ocidentais, mais especificamente em Portugal. Eu, que sou descendente de africanos, tenho o dever de dizer a verdade…» Filipe Oliveira Silvestre considera que a pobreza e a exclusão social das comunidades negras não se podem exclusivamente atribuir à sociedade de acolhimento, esquecendo ou marginalizando as culpas das próprias minorias, em particular as dificuldades e recusas em se integrarem. O autor afasta-se de leituras enviesadas pela ditadura do politicamente correcto, que envenena a discussão intelectual. Com grande frontalidade, afirma: «Os negros que lerem este livro vão perceber que dessa pequena “aventura” pelos caminhos tortuosos da ilegalidade e da pobreza resultaram apenas prejuízos étnicos que – muitos deles – deixarão rasto ao longo de pelo menos mais uma geração!".

1 comentário:

  1. Só tretas.

    Gostei especialmente da capa do primeiro livro, como se um negro trabalhar nas limpezas fosse uma prova de racismo asqueroso.

    A autora, coitadinha, nunca deve ter reparado que a maior parte dos portugueses brancos, aqui e em qualquer parte do mundo, têm empregos como esses. Estes intelectuais de esquerda são muito inocentes...

    E depois aquela dos vistos gold, como se a autora não estivesse farta de saber que se trata a 100% de uma questão de dinheiro e que qualquer ugandês que apareça com uns milhões recebe logo um visto.

    A hipocrisia da esquerda é espantosa. Estão empenhados em lançar as comunidades umas contra as outras e trazer de volta o verdadeiro racismo.

    Acho que a vossa estratégia de tomada do poder devia ter pelo menos um mínimo de ética.

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