Basicamente só vejo jogos da bola quando joga Portugal. E tinham-me dito, depois do jogo contra o Irão, que os iranianos só souberam protestar e pressionar o árbitro por tudo e por nada. Que o Carlos Queiroz passou a vida a exigir que o árbitro consultasse o video-árbitro. E o que eu respondi é que os iranianos lutaram com as armas que tinham. Que não são a melhor equipa do mundo, mas que o que lhes falta em técnica lhes sobra em empenho e em vontade. E que se nós, que passamos a vida a jogar a passo (porque correr cansa) se tivéssemos metade do empenho deles, não tínhamos empatado o jogo. Tínhamos vencido o nosso grupo e evitado o perigoso Uruguai.
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E afinal, como se viu no jogo contra o Uruguai, de facto nós somos completamente diferentes dos iranianos. Somos pessoas serenas e aceitamos de bom grado todas as decisões do juiz da partida, e não agimos de cabeça quente, como se nos fôssemos explodir em seguida. E o nosso treinador esteve sempre impávido e sereno, tranquilamente sentado no banco de suplentes. Pois o que eu vos digo é: não critiquem nos outros, aquilo que, nas mesmas condições agiriam exatamente de igual forma. Como diz o ditado bem português (e nem precisam ir ao refresco e à pimenta brasileiros):
"Com os males dos outros posso eu muito bem".
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