Praça Maior - Lugo |
Cando penso que te fuches,
Negra sombra que me asombras,
ó pe dos meus cabezales
tornas facéndome mofa.
Cando Maximo que es ida,
No mesmo sol te me amostras,
i eres a estrela que brila,
i eres o vento que zoa.
Si cantam, es ti que cantas;
Si choran, es ti que choras;
i es o marmurio do rio,
i es a noite, i es a aurora.
Em todo estás e ti es todo,
Pra min i em min mesmam moras,
nin me abandonarás nunca,
sombra me abandonarás nunca,
sombra que sempre me asombras.
Rosallia de Castro (1837-1885)
Sem comentários:
Enviar um comentário