segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Pandemia: A Primeira Vez Que Fui Almoçar a Um Centro Comercial

Último dia de férias. Depois de umas pedalas na bicicleta e porque a fome já apertava, meto a bicla no suporte e decido rumar ao Parque Nascente para almoçar. Estaciono deixo a bicicleta no suporte, ainda meio desconfiado se aquele cadeado será suficiente para dissuadir algum amigo do alheio e lá me dirijo à entrada do centro comercial. À entrada um segurança, e eu pergunto se posso entrar. Responde-me que sim, com espanto como se a minha pergunta não fizesse qualquer sentido, mas eu acho que tinha ouvido que as entradas nas grandes superfícies tinha que ser controladas e só poderia estar lá dentro um certo número de pessoas. 

Passo a porta e lá me dirijo tranquilamente à praça de alimentação. E de repente: mas o que é isto?! Todas as mesas ocupadas e um montão de gente em frente dos restaurantes e um monte de gente a caminhar para um lado e para o outro como baratas tontas. E o que eu faço é dar meia-volta e fazer o caminho de volta até ao carro. 

"Bem, deixa-me ir até ao Dolce Vita (que já mudou de nome para Alameda) pois aquele sempre foi um centro comercial que, mesmo sem nenhuma pandemia, sempre cumpriu o distanciamento! E assim foi. Deixei desta vez o carro na rua (e já se paga!) e lá fui em direção ao centro comercial. Nas escadas que levam à porta da netrada um gandim pedia uma moedinha. Ignorei-o, (ainda por cima como passo sempre por estrangeiro fiz cara de quem não estava a perceber a situação) entrei no centro comercial e dirigi-me para a praça da alimentação. 

Olho em volta e vejo um restaurante de massas sem nenhuma pessoa. Bem, não ter ninguém esta altura parece-me que é sempre um bom critério de escolha! E assim foi. Pago e recebo de troco umas moedas... Como sou sempre um pouco distraído fico meio perdido a pensar, mas respondo: "Desculpe, eu não lhe dei vinte euros"? A mulher lá se desculpou "não foi de propósito", e confecionou-me a massa com tiras de frango e lá peguei eu no tabuleiro para ir comer. 

Mesas vazias era coisa que não faltava é verdade. O pior é que estavam todas com tabuleiros e comida em cima e eu não me podia sentar! Encontrar um lugar vago para me sentar era quase como procurar um lugar de estacionamento no Norte Shopping num domingo à tarde! Lá acabei por encontrar um lugar num balcão.

Concluindo. Num centro comercial não sei como é que se permite tanta gente no mesmo espaço, no outro não consigo perceber como não se reforçam as equipas de limpeza para que, quem ali se dirige para comer possa ter um sítio onde se sentar tranquilamente, caso contrário, para já, o melhor mesmo é evitar centos comerciais. 

2 comentários:

  1. A atracão do Centro Comercial... um caso de estudo nacional

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    1. Verdade! eu ainda perguntei nuns cafés na beira rio se serviam refeições mas era só umas saladas, fiquei naquela!
      Acho que o Parque Nascente sofre do efeito Primark!

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