Ontem fui dar uma voltinha de bicicleta no passadiço de Valbom. Para quem não conhece começa junto ao Palácio do Freixo e segue junto ao rio Douro durante cerca de três quilómetros. Como já tinha ouvido que o troço tinha sido finalmente concluído, numa parceria que envolveu as câmaras de Gondomar e Porto (porque fica na fronteira dos dois concelhos) quis ver como ficou a obra. O que me surpreendeu nisto tudo, foi ter-se gasto 142 mil euros (é o que está afixado no edital mas na imprensa fala-se em "quase 145 mil euros") para fazer meia dúzia de metros suspensos sobre o rio.
Perguntar-me-ão se não ficou bem. Sim, ficou bem mas vou só comparar duas realidades.
Quando meti à câmara o projeto para requalificar minha casa e ter licença de utilização, disseram-me logo que tinha que alinhar o meu terreno (em curva) com o terreno do vizinho e e algumas zonas foram dois metros de terreno que tive que dar à estrada. No caso desta obra, o que aconteceu foi que a câmara de Gondomar não quis chatear o Grupo Pestana e, em vez de ser o dono a ceder dois metros de terreno para o passadiço, não, acabou por se gastar 145 mil euros do Estado para não chatear o pobrezinho Grupo Pestana.
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