sábado, 29 de agosto de 2020

Gastar 145 Mil Euros Para Não Chatear Grupo Pestana


Ontem fui dar uma voltinha de bicicleta no passadiço de Valbom. Para quem não conhece começa junto ao Palácio do Freixo e segue junto ao rio Douro durante cerca de três quilómetros. Como já tinha ouvido que o troço tinha sido finalmente concluído, numa parceria que envolveu as câmaras de Gondomar e Porto (porque fica na fronteira dos dois concelhos) quis ver como ficou a obra. O que me surpreendeu nisto tudo, foi ter-se gasto 142 mil euros (é o que está afixado no edital mas na imprensa fala-se em "quase 145 mil euros") para fazer meia dúzia de metros suspensos sobre o rio. 

Perguntar-me-ão se não ficou bem. Sim, ficou bem mas vou só comparar duas realidades. 
Quando meti à câmara o projeto para requalificar minha casa e ter licença de utilização, disseram-me logo que tinha que alinhar o meu terreno (em curva) com o terreno do vizinho e e algumas zonas foram dois metros de terreno que tive que dar à estrada. No caso desta obra, o que aconteceu foi que a câmara de Gondomar não quis chatear o Grupo Pestana e, em vez de ser o dono a ceder dois metros de terreno para o passadiço, não, acabou por se gastar 145 mil euros do Estado para não chatear o pobrezinho Grupo Pestana. 

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