terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O Engate no Século XVIII - Orgulho e Preconceito

"Hoje não há regras não sabemos como agir quando nos encontramos. Apertamos a mão? Um beijo na cara? Dois beijos na cara? Batemos nas costas um do outro? Ninguém sabe. Não há regras.


O comportamento mais aceitável era parecer que não se queria um marido, apesar de se querer. Mas com a natureza humana a ser o que é, mulheres e homens tiveram de descobrir maneiras de se atraírem e deixarem a outra pessoa saber. Isso era aceitável. E uma grande parte disto aconteceria no salão de dança. 

A dança era absolutamente central para a sociedade da época no que diz respeito a encontrar um bom marido ou uma boa mulher. Quando se ia a um baile ou se havia uma dança no fim de uma festa, estar-se-ia sempre na presença dos pais. Portanto, se pensarmos como nos queremos comportar em frente aos nossos pais...

Era muito definido, muito claro. Ajudava muito, acho, olhando para trás. Levantamo-nos se uma senhora entra e fazemos uma vénia. Acho que hoje em dia, vemos isso como oprimente e demasiado formal. Eu de certa forma, gosto disso. Acho que dá à coisa um certo quê... Acho que é, na verdade bastante libertador.

O facto de ser difícil falar com alguém por quem se está apaixonado está brilhantemente realçado no período de Austen, onde não se podia falar com a pessoa a sós, exceto quando se dançava. Só assim podiam estar a sós e poder utilizar a dança dessa maneira. 

Os homens e as mulheres podiam estar juntos sem um chaperone e podiam falar um com o outro. 


É por isso que a ideia de um baile era tão excitante para elas. Porque se podia dançar com o filho do talhante, alguém que, num dia normal, não seria possível abordar para conversar. 

Se só se pode ter contacto físico na dança, então dançar com alguém é elétrico, é intenso. E é ter essa estrutura formal. Especialmente a dança. Representar esses pequenos momentos nessa altura formal. 

Eles não se tocam realmente. As mulheres não apertam as mãos dos homens. A primeira que o Darcy toca na Elizabeth é quando a ajuda a subir para a carruagem. E é um momento mesmo bonito. Porque é o primeiro toque de pele. E eu acho que hoje em dia não pensamos sobre isso, de todo. Eu apertoa mão às pessoas, beijo-as, o que for. É interessante pensar, se não se tiver essa natureza tátil, quão importante um toque pode ser."

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