domingo, 8 de outubro de 2017

Como Lágrimas na Chuva

"Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva."




Não sei se já tinha visto o Blade Runner, filme de 1982, já com uns quantos anitos portanto. Quase de certeza que sim, que em adolescente o tenha apanhado na televisão, mas na verdade se vi não retive grande coisa. E é curioso que já me lembro bem, por exemplo d' A Boneca Mecânica (Cherry 2000) de 1987, filme igualmente de ficção científica, e que também explora um pouco, ainda que de outro ponto de vista, os sentimentos entre seres humanos e robôs. 

Mas em Blade Runner, o que mais me chamou a atenção foi aquela frase do replicante Nexus-6 Roy Batty que, depois de inesperadamente ter salvo Deckard, diz-lhe que já viu coisas que ninguém imagina, e que todos esses momentos, se perderão para sempre.

E refleti sobre mim, sobre as minhas vivências, as minhas memórias, as coisas que vi, pelas quais passei, o que aprendi. As coisas que todos nós vimos, aprendemos, toda a sabedoria que carregamos. E talvez seja esse o medo pelo qual temos de morrer. Se calhar não tenho propriamente medo de morrer, de não poder continuar a viver e a acumular sabedoria, mas a tristeza que seria, ver todas essas memórias desfazerem-se... "Como lágrimas na chuva". 

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