terça-feira, 12 de agosto de 2025

É Como se os Pais Não Morressem

 


"Não fiques triste. Olha que eu acredito que os pais ficam nos filhos. É como se os pais não morressem. Porque tiveram filhos. Percebes?"

Mal Viver - João Canijo 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Facilidade na Expressão Escrita

Depois de um monte de fichas, bastante elogiosas, mas em que não se dá grandes detalhes, nesta lê-se que sou "muito nervoso" e que "penso precipitadamente". Por outro lado tenho muita facilidade na expressão escrita, sobretudo nas composições.

3a classe |  1984 

sábado, 9 de agosto de 2025

Anda um Cheiro Nauseabundo no Ar...

 ... um forte cheiro a Troika. A ADEGA - PSD - CDS - CH - travestiu-se de nova Troika.

Ontem, o Tribunal Constitucional decretou que a lei dos estrangeiros que o governo do Luís queria fazer é inconstitucional (como se fosse preciso ser jurista para o saber), mas, o senhor Marcelo, que foi professor de direito constitucional, não quis vetar para assumir a responsabilidade e preferiu esperar e enviar para o Tribunal Constitucional. 

Logo de imediato os fascistas estrebucharam, até me fizeram lembrar o Passos Coelho a barafustar que era preciso escolher melhor os juízes do Constitucional! Passos Coelho, o Grande, que prometia em campanha eleitoral acabar com a austeridade e que a oposição mentia quando afirmava que ele se preparava para aumentar os impostos e cortar salários, o grande primeiro-ministro que reclamava contra a dívida e que, no final do seu mandato, deixou ainda mais país para o país o pagar!




Mas voltemos à ADEGA. Mal o Tribunal Constitucional decretou insconstitucional, Montenegro e André Ventura espumarem pela boca disseram que, apesar do veto, vão persistir na mentira, porque é de uma mentira que se trata, não há nenhum aumento com pedidos de nacionalidade, tal como não há mulheres a cometer fraudes durante o período de amamentação. São mentiras para aplicar a sua cartilha e fazer regressar o país aos tempos da Troika de Passos Coelho.



Anda um cheirinho a fascistas no ar. Ataques às mulheres, aos trabalhadores, aos estrangeiros precários (que os ricos, os unicórnios e esses são bem-vindos), deixar as pessoas morrer ao desmazelo e o SNS a definhar cada vez mais e nem sequer ter aviões tinham preparados para combater os incêndios. 

Há 14 anos a crise económica mundial e a vinda do FMI foi a desculpa perfeita. Só que desta herdaram, pela primeira em democracia, um superavit e, um ano depois, já estão, de novo, a atacar os mais pobres, os trabalhadores, e as mulheres, com uma cartilha completamente reacionária.  

Só no último mês:





















quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Alter Ego


No velório, uma prima perguntou:
- Não vais pôr no Facebook que a tua mãe morreu?

Hoje, a mesma pergunta:
"Tu colocaste nas redes sociais que a tua mão morreu?"
Não, até porque eu não tenho redes sociais. 
Quem tem redes sociais é o Königvs.  

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Ser Pobre Não é Crime...

Ser Pobre Não é Crime e o Rendimento Mínimo foi a Melhor Coisa que se Fez  em Portugal nos Últimos Trinta Anos


No tasco que serve presunto com mão - sim, não me enganei, devem ser uns três centímetros de presunto fatiado fininho, com pão - fiquei a saber que, apesar de no ano passado quase todo o concelho ter ardido,  andava a arder novamente aqui na união de freguesias, mas não propriamente aqui na minha aldeia. 

E é curioso que foi preciso, no dia anterior ter ido treinar, para ficar a saber que por lá andava a arder, primeiro porque vi o monte a arder, e depois o colega que ia treinar, escrever no grupo do Whatsapp, que não ia treinar porque tinha ficado de prevenção. 

E no dia seguinte, enquanto almoçava no tasco, fiquei a saber, porque na televisão mostrava o incêndios entre Penafiel e Gondomar. 

De imediato a simpática senhora que serve às mesas diz:

"Era meter os do rendimento mínimo a apagar incêndios".

E logo me ferveu o sangue!

O Rendimento Mínimo, criado por Guterres (que depois a direita como nada sabe fazer nada mudou o nome para Rendimento Social de Inserção) foi a melhor coisa que se fez em Portugal depois de António Arnaut (também do Partido Socialista) ter criado o Serviço Nacional de Saúde. 

Mas não sei porquê, nunca foi um apoio muito popular, pelo contrário! O Estado pode gastar milhões de euros seja lá no que for, por exemplo, num palco para a vinda do Papa, mas se dá 155€ a um pobre, que não dá sequer para se alimentar convenientemente durante um mês, ui que é o fim do mundo!


E é verdade, o rendimento mínimo são 155€, não são, como o outro acólito mentiroso passa a vida a dizer, que são mil euros e dá para ter um BMW à porta. É que cada pessoa que recebe o rendimento não é o Macaco que tem um Pinto da Costa que, apesar de declarar o salário mínimo, consegue construir uma casa de dois milhões de euros!

Mas, para esta senhora pobre - porque se vivesse bem não andava a servir à mesas - ser mais pobre do que ela, e, infelizmente, precisar de ajuda do Estado, é crime.

Para muitas pessoas, receber o rendimento mínimo é como se fosse um crime! E então têm que ser punidos! 

Tenho horror a Pobre!, dizia Caco Antibes!

Que os mais ricos, tenham horror aos pobres, e até calcem botas e vistam calças de ganga quando visitam um bairro social, até aceito, que outros pobres criticam os apoios a outros pobres, mais pobres do que eles, acho verdadeiramente aberrante. 

Eu nasci numa família, que, fruto das circunstâncias era muito pobre. Não passei fome, mas comi muita sopa e a minha mãe teve de trabalhar muito, porque, ao contrário do meu pai, quis pôr-me a estudar. 

E sempre tive apoio escolar. Se calhar, para estas pessoas, também deveria ter ido apagar incêndios! Ou, sei lá, varrer as ruas! Para me punir por eu ser pobre! Afinal eu tive culpa de ter nascido numa família extremamente pobre, que precisou inclusive da ajuda da família para poder ter um abrigo. 

Sim, foi o esforço da minha mãe, mas o Estado deve existir para diminuir as desigualdades e não aumentá-las e perpetuá-las. Senão para que serve um governo? 

Pequenos apoios, tal como, por exemplo, os que Lula da Silva implementou no Brasil, conseguem tirar milhões de pessoas da pobreza. E depois é lamentável que sejam os próprios pobres a criticar os apoios que se dão a outros pobres como eles. 

E, nem de propósito, deixo aqui uma análise de uma longa entrevista que saiu no Jornal de Negócios na semana passada à historiadora Josephine Quinn:

“É do interesse dos ricos e poderosos que os pobres e menos poderosos se ataquem entre si”

Os nacionalismos crescentes e os discurso anti-imigração apoiam-se nesse pressuposto?

"Vemos isso acontecer ao mais alto nível político – nos discursos intermináveis de Putin e nos discursos bizarros de Trump, nos comunicados oficiais – e, ao mesmo tempo, assistimos a um movimento mais “popular” de isolacionismo, populismo e, acima de tudo, de medo de contaminação ou até de aniquilação cultural. Esse medo deixa-me furiosa, porque é um medo fabricado e alimentado pelas classes políticas. Parece um movimento vindo das bases, mas não é. Não é do interesse de 99% de nós estarmos a lutar uns contra os outros. É do interesse dos ricos e poderosos que os pobres e menos poderosos se ataquem entre si. Por isso, se conseguirmos pôr de parte a ideia de civilizações fixas, deixa de haver algo “a defender”, algo “a temer”. E já não há propriamente motivo para lutar. Podemos simplesmente viver juntos, neste mundo que é de todos.

(Josephine Quinn)

domingo, 3 de agosto de 2025

Boas Ideias Pelo Clima

 


Não é sempre, mas às vezes tenho boas ideias. 

Hoje estiveram 41º aqui em Gondomar. 

Se acima de trinta graus nenhum trabalhador pudesse trabalhar e o patrão fosse obrigado a pagar, aposto que se começavam a tomar medidas a sério pelo ambiente.