E também sirva de lição a muitos portugueses de mente muito pequenina, de pensamento salazarista que ficam muito revoltados quando o Estado português ajuda os mais carenciados, nomeadamente com apoios como o rendimento mínimo.
"Eu não sei se vou utilizar a palavra correta mas a Alemanha foi uma mãe para mim. A Alemanha é uma mãe. Eu perdi a minha mãe muito jovem, tinha 20 anos. A Alemanha é uma mãe. Quando eu fiquei sem trabalho a Alemanha vem-me perguntar a mim o que é que eu precisava. Não fui eu que fui à procura de ajuda. Foram ele que mandaram uma carta para casa. A Alemanha é um país sério, muito sério. As pessoas não riem. Não são como os portugueses. O alemão não ri. Quando o alemão diz não é não, quando diz sim é sim. E a Alemanha deu-me um apoio enorme.
A Alemanha disse: "Estás sozinha? Não tens dinheiro suficiente? Nós vamos-te ajudar. Precisas da língua? Nós pagamos-te um curso". Eu em Portugal trabalhei em contabilidade, "ai é? então nós pagamos-te um curso nessa área. Estás a passar frio? Então damos-te aquecimento".
Eu senti um conforto muito grande aqui. Eu tive vontade de voltar, claro. Só que o que me fez ficar foi "bom, já que aqui estou aprendo a língua e, já que estão-me a oferecer esta ajuda toda, então eu vou-lhes dar alguma coisa".
Agradeço imenso porque Portugal nunca me perguntou nada".
Toda a conversa pode ser ouvida aqui.
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