domingo, 13 de setembro de 2015

Agricultores: E quando corre bem? Dão alguma coisa a alguém?

Passava agora os olhos pelas notícias e lia o seguinte no saite (sai-te?) do Público:

"Nas regiões do Douro e do Alentejo, onde a vindima vai adiantada, já se celebra mais uma colheita memorável. Nos Vinhos Verdes há quem fale em "vindima do século". Se o tempo continuar assim, 2015 promete ser um ano histórico para os vinhos portugueses."




Eu tenho imenso respeito pelos agricultores, principalmente por quem tem pequenas explorações, pessoas que produzem e criam algo para alimentar as pessoas. Já por quem tem grandes explorações, muitas vezes dedicando-se só ao lucro, e aplicando métodos pouco sustentáveis, muitas vezes verdadeiramente perigosos para a natureza como no caso dos transgénicos, desses já não tenho grande solidariedade. E muito menos tenho porque vende os seus produtos, inflacionando não sei quantas vezes mais um produto e sem terem qualquer trabalho na intermediação. É por isso que as pessoas mais ricas deste país são merceeiros e não agricultores.

Mas ainda assim há coisas que me fazem alguma confusão e dúvidas que me assolam. Todos os anos ouvimos os agricultores a chorar misérias. Se chove demasiado têm a produção estragada e querem subsídios. Se não chove tudo se estraga e querem subsídios. Se cai granizo destrói a produção e querem subsídios. Se vem um temporal lá vão as estufas todas pelo ar e querem subsídios. 

Ora bem. E quando acontece o contrário? Quando tudo corre bem e falam na "colheita do século"? Se quando as condições climatéricas correm mal todos nós temos de comparticipar com apoios do Estado e então e quando se fartam de ganhar dinheiro à grande? Não deveriam também distribuir parte dos seus lucros? Pois é.

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