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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Lei de Karmurphy

O karma, para quem acredita nas ideias budistas, diz que colhemos o que plantamos, ou seja, se tivermos bons comportamentos e agirmos corretamente para com os outros, seremos recompensados no futuro, caso contrário, se procedermos de forma errada, mais à frente, ou mesmo muito mais à frente no tempo ou até numa outra vida qualquer (reencarnação) seremos punidos. E é então aqui  que o karma entra em cena. Isto também poderia ser traduzido por uma 2a lei de Newton adaptada, uma coisa deste género: quanto pior agires sobre os outros o universo responderá com igual força e igual maldade sobe ti. Só que, cá entre nós que o Buda não nos ouve, é uma pena que tenha que se esperar tanto tempo para poder observar tal reação. Quer dizer, um gajo tem que morrer para depois poder ver o Adolf Hitler nascer cigano, ser descriminado e acabar gaseado pelo André Ventura!

Edward Murphy foi um engenheiro aeroespacial que no século passado acabou por ficar na história por dar o seu nome à conhecida lei de Murphy e consequentemente a muitas outras umas espécies de provérbios em que o mais conhecido começa por dizer que "qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível".

Ora, se juntarmos o karma com a lei de Murphy que temos então: a Lei de Karmurphy. Não me digam que nunca tinham ouvido falar? É provável, acabei de inventar agora e diz o seguinte:

Quando menos esperares, se o karma puder correr mal, correrá mal da pior forma possível no pior momento possível.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Lei de Murphy na Vida Real

Quanto mais depressa fores meter o mata-vacas novo no todo terreno (em-fibra-todo-pipi-que-não-mata-nem-um-ouriço-cacheiro-quanto-mais-uma-vaca), mais depressa te dão uma traseirada sem saberes quem foi e ainda te metem o pára-choques dentro. 

via www.reddit.com

domingo, 17 de dezembro de 2017

Viver é só Resolver Problemas?

Não sei se é o destino, se é o universo, ou então se é o raio que o parta, mas a verdade é que, quando de tudo nos acontece, e ao mesmo tempo, sem descanso quase sem tempo para respirar, fico com a sensação que viver é quase só ter de resolver problemas, uns atrás dos outros.

Quando eu era criança tinha dois medos. De tanto ouvir falar tinha medo de poder ter de ir para essa coisa que se chamava tropa, e tinha também medo de quando chegasse o fim do mundo, afinal, ia morrer ainda tão jovem, no ano de 1999, porque passava a vida a ouvir dizer que "a 2000 chegarás, de 2000 não passarás. Em criança tinha também o medo de poder chegar a adulto e não saber resolver todos os problemas que os adultos têm, ao passo que, enquanto somos crianças, não temos de os resolver nem de decidir nada, pois temos sempre os papás a resolver os problemas e a decidir por nós, até a roupa que levamos para a escola no dia seguinte.

Entretanto há muito que sou adulto. Não fui à tropa e duvido que algum dia pegue numa arma de fogo porque sou totalmente conta elas. E há quase dezoito anos que passei o ano 2000! Já nem na santa podemos acreditar! E depois, à medida que vamos abandonando a meninice, começamos a ter de tomar decisões e assumir responsabilidades. 

Os estudos, as amizades, com quem decidimos andar, os namoros, a sexualidade. Depois o trabalho, o primeiro carro, a casa... Não é necessariamente por esta ordem, mas aos poucos a nossa vida rodeia-se de um monte de decisões que temos de tomar, e algumas dessas decisões poderão ter, para o bem e o para o mal, implicações para o resto da nossa vida. 

E os problemas em adulto já não são aqueles que resolvíamos na escola primária em que se tirava a prova dos nove. Por vezes parece mesmo que o universo não tem mais nada que fazer que não seja complicar-nos a vida. Parece que pega num boneco de voodoo e nas agulhas, e vai-nos espetando, espetando e rindo-se de nós, como se tivesse mesmo muita graça foder a vida dos outros. E no meio de um monte de problemas, que surgem sempre ao mesmo tempo, tal como diz a Lei de Murphy! em que teremos de tomar decisões e resolver as situações. E logo que se resolvem uns, é como se de repente estivéssemos num jogo, passássemos de nível para logo a seguir aparecerem mais uns quantos. Às vezes fico mesmo com a sensação que, nesta vida moderna, e tantas vezes uma vida sem sentido que levamos, viver mais parece que é só ter de  problemas atrás de problemas. 

E o que me parece é que nós não andamos a viver. Andamos unicamente a ser escravos desta sociedade de consumo. Os nossos problemas não são verdadeiros problemas. São meras contas que qualquer menino resolve na instrução primária, tal como eu resolvia e ia depois, a correr mostrar à professora Alice. 

Uma grave doença; um acidente; uma incapacidade; uma morte; um desgosto amoroso. Sim, isso são problemas reais. Tudo resto, na maior parte dos casos são só pequenas decisões que temos (ou não) de tomar. E às vezes parece que os adultos, mesmo quando tudo está a correr bem, adoram criar os seus próprios problemas, tal como aquela criança que espera, na carteira, ansiosamente, que a professora coloque no quadro um novo problema para resolver. 

Sim, eu tenho em mãos alguns problemas complicados. Uns mais do que outros. Uns mais básicos, da base da pirâmide, outros mais difíceis de resolver, lá bem no cume, de cariz existencial. Mas uma coisa é certa, o universo terá que se esforçar mais, pois as agulhas que espeta no meu boneco de voodoo só me fazem umas coceguitas. Olha para mim universo, de pé, firme, sempre a resistir. É só isso que tens para mim? O que eu acho é que quem dera a muita gente ter só os problemas que eu tenho para resolver. (Ainda que, na verdade, se soubessem dos problemas que eu tenho, quem lhes dera voltar a ter só os seus).