Na segunda consulta de psicologia - a propósito, acho que deveria ter feito uma formação para saber como me comportar numa consulta de psicologia, porque cheguei lá, sentei-me, peguei na metralhadora e comecei a disparar durante uma hora e meia - lembrei-lhe que retive três coisas que me disse na consulta anterior:
- Que o mais normal seria que as coisas piorassem
- Que a relação que eu tinha com a minha mãe não era uma relação comum
- E que está estudado que a pessoa que está a passar por um processo de luto não deve ter grandes mudanças das suas rotinas (algo que não aconteceu, de todo, comigo).
Mas lá pelo meio comentei também uma frase que uma pessoa que conheci há pouco tempo e que também está a passar por uma situação difícil, e que me disse:
"As pessoas dizem-nos: se precisares de alguma coisa, telefona. Mas se não nos englobarem nas suas vidas, isso não vale absolutamente nada. Quando uma amiga me diz isso, eu respondo-lhe que se telefonasse sempre que precisasse, então estava sempre a ligar-lhe".
Se genuinamente têm interesse em ajudar alguém que está a passar por uma fase complicada, então mexam-se. Façam alguma coisa. Telefonem vocês, combinem vocês, Convidem a pessoa para sair, para fazer qualquer coisa convosco. Incluam a pessoa nas vossas vidas. Porque ninguém vai simplesmente fazer-se convidado e aparecer na vossa casa do nada, porque ninguém tem esse à vontade. Ninguém quer ser um estorvo ou um incómodo.
Sem comentários:
Enviar um comentário