Neste artigo do Jornal de Notícias, publicado no dia 13 diquei a saber que:
"O bem-estar nas empresas vai muito além de promoções e salários altos. Segundo os especialistas, apostar em horários flexíveis, trabalho remoto e espaços confortáveis são algumas das soluções que podem proporcionar uma maior felicidade no local de trabalho e travar os problemas de saúde mental. Com o objetivo de promover a felicidade corporativa, o Happiness Camp, criado pelo grupo Lionesa em 2022, junta amanhã, na Alfândega do Porto, mais de 30 oradores para apresentarem às organizações estratégias de bem-estar no trabalho. A entrada é gratuita".
Ora isto deixou-me a pensar porque dias antes, a 30 de agosto, no mesmo Jornal de Notícias tinha lido um artigo de opinião de Rafael Barbosa que versava o seguinte:
"1. Muhammad al-Ghamdi tem 54 anos, foi professor. Tinha duas contas no Twitter (agora X) em que criticava o regime saudita. É irmão de um dissidente, exilado em Londres. Foi preso, passou vários meses numa solitária, sem direito a visitas da família nem acesso a um advogado. Em julho, foi condenado à morte. Aguarda a execução da sentença.
Pá, eu junto uma e outra notícia e concluo o seguinte:
Se nas empresas, no trabalho em geral, não é só o dinheiro que conta para que as pessoas se sintam felizes, isto significa que os jogadores da bola abandonam os milhões que recebiam na Europa e abalaram para a Arábia Saudita, para estarem felizes num local do planeta onde faz 50º à sombra e onde matam crianças e apedrejam mulheres até à morte. É que, como compreendemos "não é só o dinheiro que interessa"!
Para concluir dizer que os jogadores da bola cometem esta enorme hipocrisia, depois daqueles rituais de dizer não ao racismo e à discriminação e depois rumam à Arábia Saudita por dois motivos. O primeiro é não terem um pingo de vergonha na cara. O segundo é porque não tem qualquer custo. Porque ninguém insulta um jogador de futebol que foi para lá, nem são cancelados nas redes sociais. Porque fingimos que está tudo bem. Porque se supõe que todos faríamos o mesmo.
Grande Verdade!
ResponderEliminarHipocrisia pura, a sociedade ocidental assiste e aplaude....