sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Livros: Últimas Compras e Uma Surpreendente Oferta

É verdade que me chegaram muitos livros fruto daquela ideia que tive, e é verdade que haverá por lá tanta coisa interessante para eu ler, e como se não bastasse também acumulei mais uns quantos que eu mesmo, por este ou aquele motivo quis comprar. Mas, ainda assim, comprei mais uns quantos. Eu sei que não terei vida suficiente para ler tudo o que gostaria de ler, porque se calhar não me empenho em arranjar tempo para ler mais, e depois porque, ainda por cima, perco também tempo a escrevinhar umas coisas e, claro, enquanto se escrevinha não se lê, tal como não se pode cantar e assobiar ao mesmo tempo. 

Das últimas coisas que comprei, em que alguns vieram por arrasto, encontra-se desde logo o "Príncipe e o pobre" de Mark Twain (de quem nunca li nada), mais dois do Alberoni, "Pátria" de Guerra Junqueiro, Fausto de Goethe, e "Cartas Portuguesas" de Mariana Alcoforado, que tinha lido na net num dos piores momentos da minha vida, o que não deixou de ser terapêutico!


Mas verdadeiramente surpreendente foi ter conhecido um casal, mais ou menos da minha idade, que - coitados!, tiveram que me ouvir durante um bom bocado de tempo (e como a minha mãe diz "tu secas uma figueira"!) e, depois de ter falado de livros, e querendo retribuir uma pequena simpatia da minha parte (mas mesmo muito pequena!) acaba a dizer-me que me vai oferecer um livro. 
E eu até cheguei a pensar - "mas que livro é que a senhora (que insistiu para que a tratasse por tu "porque somos da mesma idade") me iria oferecer? Na verdade eu tinha as minhas suspeitas... E até que, lá chegou o dia em que abri a caixa do correio e lá estava um envelope com o livro que me enviara. Abri, curioso, e as minhas suspeitas acabaram por se confirmar, pois não é que, por grande coincidência! - não é que o livro que me ofereceu, é duma autora que tem o mesmo nome desta senhora? 

Peguei no livro, sem sequer abrir ou ler sequer a contracapa e guardei. Sempre fui assim com as coisas que me oferecem. Às vezes até pode parecer má educação ou desvalorizar. Mas não acho que seja, talvez seja outra coisa. Mas cheguei sim à conclusão que seria má educação se não fosse este o próximo livro que me dedicasse a ler antes de todos os outros. Comentaram aqui no blogue há uns meses (quando contei como li o primeiro livro de Pitigrilli) que, por vezes, não somos nós que escolhemos os livros, são os livros que nos escolhem a nós. Acho que este foi um desses casos. 

O próximo livro que irei ler não escolhi, escolheu-me a mim. Veio com dedicatória da escritora. E não, não irei pesquisar absolutamente nada desta autora de quem nada sei. Apenas a conheci pessoalmente. E isso basta-me.

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