Falamos tão pouco, cada vez menos, e é algo que não me deixa propriamente feliz. E eu sei que a ti, se calhar, ainda menos.
Mas ainda assim lá vamos orbitando, ainda que, sempre a boa distância de segurança, um em volta do outro. Ao menos isso... Mas agora é assim mais ou menos como aquelas setas nas autoestradas. Duas marcas é sinónimo de segurança, só uma é um perigo. Então, vamos sempre viajando, com pelo menos duas marcas, sempre bem visíveis, não vá ocorrer um qualquer acidente... Mas o que eu temo, e sei que tu também, é que a segurança nos vá afastando cada vez mais e mais, e aos poucos as duas marcas passem a três e depois a quatro, e de repente outros carros metem-se no meio de nós, e quando dermos conta perdemos o outro de vista...
(É muito curioso porque nem de propósito, reparei agora nos versos de uma música da Céu que passava aqui no computador em modo automático:
"Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais")
Mas deixa-me confessar-te que achei enternecedor que me tivesse querido dizer, especificamente, que ias cortar o cabelo. E que todos te dizem que tens o cabelo tão comprido... E podias nem ter dito nada, afinal, eu não sabia se o tens espontado a cada dois meses, ou se nunca mais tinhas cortado desde a última vez que estivemos juntos. Mas fizeste questão de me dizer, que está comprido como nunca.
Mais do que me dares a informação, acho que na verdade quiseste mostrar-me que gostavas que eu o tivesse visto assim, tão comprido e volumoso como eu antes nunca tinha visto. Acho que ficarias orgulhosa de ti. E acho que deverias ficar! E tu sabes que eu iria gostar de o ver assim, ainda mais comprido, por isso me contaste.
Eu acho que tu sabes que eu não iria gostar menos de ti se decidisses cortá-lo curto... Eu também não gostaria que as pessoas (que contam) passassem a gostar mais de mim só porque cortei o meu cabelo, só porque estou mais condizente a pseudo-norma-social-vigente. Mas todos nós temos gostos pessoais e a verdade é que, e eu nunca escondi, que gosto muito de ver as senhoras com o cabelo comprido.
E eu agora já sei que todos te dizem que tens o cabelo tão comprido. Eu, mais do que medir o comprimento do teu cabelo com os olhos gostaria era de te ver a ti. E de te dar um abraço apertado (mesmo correndo o risco de me partires duas costelas!). E de te passar a mão pela cabeça e pelos cabelos. E de te dizer que tinha tantas saudades tuas...
Mas ainda assim lá vamos orbitando, ainda que, sempre a boa distância de segurança, um em volta do outro. Ao menos isso... Mas agora é assim mais ou menos como aquelas setas nas autoestradas. Duas marcas é sinónimo de segurança, só uma é um perigo. Então, vamos sempre viajando, com pelo menos duas marcas, sempre bem visíveis, não vá ocorrer um qualquer acidente... Mas o que eu temo, e sei que tu também, é que a segurança nos vá afastando cada vez mais e mais, e aos poucos as duas marcas passem a três e depois a quatro, e de repente outros carros metem-se no meio de nós, e quando dermos conta perdemos o outro de vista...
(É muito curioso porque nem de propósito, reparei agora nos versos de uma música da Céu que passava aqui no computador em modo automático:
"Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais")
Mas deixa-me confessar-te que achei enternecedor que me tivesse querido dizer, especificamente, que ias cortar o cabelo. E que todos te dizem que tens o cabelo tão comprido... E podias nem ter dito nada, afinal, eu não sabia se o tens espontado a cada dois meses, ou se nunca mais tinhas cortado desde a última vez que estivemos juntos. Mas fizeste questão de me dizer, que está comprido como nunca.
Mais do que me dares a informação, acho que na verdade quiseste mostrar-me que gostavas que eu o tivesse visto assim, tão comprido e volumoso como eu antes nunca tinha visto. Acho que ficarias orgulhosa de ti. E acho que deverias ficar! E tu sabes que eu iria gostar de o ver assim, ainda mais comprido, por isso me contaste.
Eu acho que tu sabes que eu não iria gostar menos de ti se decidisses cortá-lo curto... Eu também não gostaria que as pessoas (que contam) passassem a gostar mais de mim só porque cortei o meu cabelo, só porque estou mais condizente a pseudo-norma-social-vigente. Mas todos nós temos gostos pessoais e a verdade é que, e eu nunca escondi, que gosto muito de ver as senhoras com o cabelo comprido.
E eu agora já sei que todos te dizem que tens o cabelo tão comprido. Eu, mais do que medir o comprimento do teu cabelo com os olhos gostaria era de te ver a ti. E de te dar um abraço apertado (mesmo correndo o risco de me partires duas costelas!). E de te passar a mão pela cabeça e pelos cabelos. E de te dizer que tinha tantas saudades tuas...
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