Comecei a olhar para os perfis das pessoas, tentando descobrir quem elas eram. Muitos pareciam bastante normais. Tinham famílias e pareciam bastante agradáveis, mas os comentários que escreviam no espaço público eram muito extremos. Havia uma desconexão
E então começou uma viagem de três anos, mergulhando na vida de alguns dos comentadores mais prolíficos da Internet, e que deu origem ao seu documentário: The Internet Warriors, numa tradução livre "Os guerreiros da Internet".
Eu ouço muitas vezes as pessoas dizerem que agora não se pode fazer nada, que há sempre alguém a criticar. Os humoristas, por exemplo, como o Ricardo Pereira, um dos que mais aprecio, já disse que um dia destes não se pode fazer humor com nada porque as pessoas indignam-se com tudo.
Mas a meu ver, o problema não é as pessoas agora poderem expressar a sua opinião, aliás, eu acho isso muito bom, é quase uma verdadeira democracia. O problema é vivermos agora uma verdadeira censura com medo dos "Não Gosto"dos extremistas-sensíveis da internet! Humoristas com medo de exercerem a sua liberdade de expressão? Ao que isto havia de chegar!
O problema a meu ver, é vivermos tempos do "quando pior, melhor". Quanto mais aberrantes forem as coisas melhor. Mais se vendem. E infelizmente os média em geral, portugueses e estrangeiros, só dão destaque a este tipo de coisa. 99% das pessoas podem ser tolerantes e solidárias, mas os médias só darão destaque ao 1% de energúmenos fascistas. E é assim que a mensagem populista passa, porque está constantemente a ter muita publicidade, mesmo que seja a dizer constantemente mal deles. E como se sabe, não há má publicidade, pois como alguém disse, toda a publicidade é boa.
Mas este tipo de mentalidade sempre existiu. Muito antes de haver Internet. Só que agora antes não tinham opinião. Revoltavam-se em silêncio. Hoje as pessoas, também podem manifestar a sua ignorância e a sua estupidez. Mas a meu ver isso só pode ser uma coisa boa, porque agora também sabemos quem eles são e o que eles pensam. Não podemos é fazer o seu jogo, porque se o fizermos perderemos. Eles são muito mais experientes que nós em estupidez!
Obrigada pela partilha deste texto.
ResponderEliminarTambém eu tenho visto que existem tanto mulheres como homens, a deixarem quer insultos em posts como em comentários.
A meu ver, essas pessoas são muito frustradas. Dizem-se bem resolvidas, mas têm falta de algo.
:)
Beijo
Olha, eu não tenho muito essa perceção, porque eu nem sequer olho para os comentários dos sites de notícias! Aliás, são muito poucas as notícias que eu abro nos sites dos jornais portugueses! (leio mais reflexões às notícias em blogues da especialidade, que muitas vezes desmontam as coisas que à primeira vista nos querem fazer passar).
EliminarMas estive em vários fóruns!
E, também eu, durante muitos anos (talvez fruto da idade não sei) cheguei a andar a esgrimir argumentos, muitas vezes chateando-me, com pessoas que não conheço de nenhum lado nem elas a mim! E acabei mesmo por me fartar, e hoje é o dia que não visito fórum nenhum (muitos também, com o advento das redes sociais também acabaram por ficar às moscas). Mas é um enorme dispêndio de energia, completamente inútil!
Se as pessoas têm ideologias completamente opostas, e não sabem discutir como gente civilizada, nem vale a pena iniciar uma discussão! Eu vejo isso com os meus colegas de trabalho! Não posso falar com eles sobre religião, política, ou pior, criticar o Cristiano!! Porque eles (que são mais novos que eu!) são muito conservadores, acreditam que o mundo foi feito por Deus, que a teoria da evolução das espécies é uma aberração, e que os bons governos são aqueles que nos roubam os salários e salvam bancos falidos! Não dá para conversar assim! Damo-nos bem, e eu gosto deles, mas não podemos falar de certas coisas pois só nos vamos chatear!
Nem temos de criar guerras só por temos pontos de vista diferentes! E depois na internet é igual! As pessoas querem alimentar os seus egos, e iniciam verdadeiras batalhas de agressão verbal gratuita!
Mas o mal é as pessoas darem atenção a isso! Aliás, eu reparei que grande parte das pessoas que aparecem no documentário, são quase todas obesos! Porque vários dizem que passam a vida na internet! Não têm uma vida para cuidar?! Parece que não!