No dia 7 de Novembro era suposto ter escrito um pequeno texto que poderia ter por título "Espero que o mundo amanhã acorde bem mais divertido". No dia seguinte, terça-feira, eram as eleições presidenciais americanas - sim, no mais mediático país do mundo vota-se a meio da semana e não como em Portugal, em que temos de abdicar do nosso dia de descanso semanal para ter de ir votar.
Eu não acompanhei, de todo, toda as presidenciais norte-americanas. Nem as primárias dos diversos partidos, nem depois com os candidatos oficiais à presidência. Não acompanhei porque tenho mais do que fazer, que acompanhar as eleições dos outros países. Já me bastam as eleições portuguesas, já me bastam os aldrabões portugueses, por isso estou-me a cagar para as eleições e para todos os outros aldrabões de todos os outros países do mundo.
Mas parece que toda a gente estava muito informada sobre as eleições de um país lá no outro lado do mundo. No trabalho toda a gente falava nisso. Toda a gente parecia estar muito bem informada, mas quando eu caí na asneira em perguntar se eles sabiam que existiam seis candidatos, de imediato me queriam fazer que eu não estava bem da cabeça! Haviam só dois, teimavam eles comigo! Mas não, eu que não acompanhava nada, nem sabia quem era o Trump! sabia que haviam seis candidatos. Só que, cá como lá, faz-se crer às pessoas que só existem duas alternativas, porque a democracia é uma coisa muito gira, mas convém não dar muito tempo de antena aos outros, porque vai que as pessoas descobrem que existem outras possibilidades de voto?
Toda a gente acreditava que era a velha chata que ia ganhar. Parece que era o que diziam também as sondagens. Tal como diziam sobre o referendo no Reino Unido - onde toda a gente quis votar a saída só para contrariar e depois arrependeu-se na manhã seguinte! - e depois deu no que deu!
Nessa segunda-feira, véspera das eleições, estava para aqui ter deixado algumas frases, mas muitas vezes chegamos à noite já cansados e sem disposição para o que quer que seja. A única coisa que queremos é chegar à cama e dormir. E foi o que aconteceu e não desejei aqui, no dia anterior, que Trump ganhasse, como era a minha previsão. E claro que escrever depois já não tinha piada não é? Depois do sorteio todos sabemos os números da lotaria!
Mas na verdade, na manhã seguinte, o universo fazia-me a vontade. Eram quase oito horas da manhã e dirigia-me, como todos os dias, no carro para o trabalho. Na rádio, Donald Trump começava a fazer o seu discurso de vitória. No trabalho todos estavam em pânico. Eu ria e mostrava-me muito contente para espanto geral!
E ontem foi a tomada de posse - lá na sua estranha democracia em que quem tem menos votos ganha! - daquele que os americanos escolheram para os representar. E afinal o mundo ficou mesmo muito mais divertido. Obrigado América, por nos ter dado Trump! Iremos certamente rir muito mais nestes quatro anos do que se tivesse ganho a outra velha chata sem amor próprio!
Realmente faz falta aqui aqueles dedinhos do gosto/não gosto...
ResponderEliminarSF
Então mas colocarias gosto ou não gosto?
Eliminar(Na verdade até cheguei a comentar contigo que iria colocar aqui umas opções de reação e nunca mais tratei disso...)
Já cá estão os botõezinhos. Que te parece? Estão bem estes, ou preferias outros?!
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