sábado, 4 de julho de 2015

Já pensaste em ir para a política?

Por acaso nunca tinha pensado. Mas uma das minhas colegas de trabalho, já por mais que uma vez, normalmente quando me apanha a conversar com alguém na cantina, pergunta-me se eu nunca tinha pensado em ir para a política. Esta minha colega integra a lista de deputados pelo movimento a que aderiu recentemente, e curiosamente, é um dos partidos em quem eu poderei equacionar votar nas próximas legislativas. As outras duas opções serão: ou votar nulo, dando largas à minha imaginação no boletim de voto, ou então, a minha preferida, pegar no boletim de voto, rasgá-lo aos bocadinhos, e metê-los cuidadosamente lá dentro da urna de voto. Sem dúvida que esta seria a melhor forma de eu conseguir fazer passar a mensagem, e depois, confesso que também me agrada o jogo cénico e a carga dramática do efeito choque! 

Mas desta última vez isto deixou-me a pensar. Faria algum sentido alguém como eu, que nem sequer é democrata, apoiar um movimento partidário? Faria algum sentido estar num partido, quando nenhum partido político representa o que eu penso sobre como deveria ser a sociedade? Por outro lado, neste sistema em que vivemos, só podemos mesmo tentar mudar alguma coisa aliando-nos ao inimigo, convivendo com ele na sua caverna, para tentar interferir na escolha do "gato" que reinará sobre os "ratos".




De facto nunca tinha pensado ir para a política, e ainda nem sei bem que pense disso. Sou livre, ao menos sou-o na minha cabeça, gosto de pensar, analisar, gosto de tirar as minhas conclusões, não sou de ir em grupos nem de seguir a carneirada.  

"Ao menos há por lá gaijas"? perguntei à minha colega. 

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