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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Quanto é que a Levis Paga para o Pessoal andar com Tshirt's a fazer-lhes Publicidade?

Quase todos os dias, no carro a caminho do trabalho, cruzo-me com gente jovem a caminhar pelas ruas, vestidos de T-shirt branca com umas letras garrafais no peito a fazer publicidade à marca Levis. Alguém me sabe dizer quanto é que a Levis está a pagar para o pessoal andar com aquilo a fazer publicidade? Acho que se for bom negócio até eu equaciono andar com uma!



Lembro-me que há uns bons anos havia pessoal que comprava um carro Smart e depois colocavam vinis com publicidade a marcas e eram pagos (supostamente) conforme os quilómetros que faziam. O negócio ia correndo bem até ter implodido e se ter vindo a saber que era um esquema fraudulento. 

Mas certamente que a Levis deve pagar muito bem para agora toda a gente andar com T-shirts com letras garrafais a fazer-lhes publicidade. 

sexta-feira, 17 de março de 2017

Mulher a Condizer

Ora bem, com estes óculos, depois tinha de arranjar uma namorada a condizer!! Acho que poderia ser uma coisa assim:

Via Pinterest
Ou assim:

Via Pinterest
Ou então ou pouco mais formal:


Esperem! Para tudo! Esta! Esta sim seria os meus óculos-metade!

Via Pinterest

E se eu comprasse estes Óculos de Sol?

Agosto de 2016. Uma terrível tragédia abateu-se sobre mim: perdi os meus queridos óculos de sol!
Claro que quando cheguei pela primeira vez ao pé dos meus colegas - e ainda me lembro bem - foi num sábado, ao almoço, depois de ter estado a fazer horas-extra (no tempo em que ainda se pagavam horas-extra ao dobro da hora normal) e estava sentado em frente do chefe. E os colegas de imediato quando viram gozaram. Mas é sempre assim, primeiro estranha-se, depois entranha-se. Primeiro critica-se, depois pede-se para experimentar e ver como fica!

Os meus óculos-de-sol eram únicos. Eu pelo menos nunca vi ninguém com uns iguais, e isso já deve querer dizer alguma coisa não? Já nem sei ao certo quando os comprei...Talvez em 2008 ou 2009, mais ou menos por aí. Fiz uma pesquisa na net e gostei logo deles porque eram esquisitos, pareciam uns óculos de proteção de um qualquer operário. (curioso, cada vez menos se ouve esta palavra: operário). Eram da marca Vuarnet. Eu nunca tinha sequer ouvido falar desta marca! Mas claro está que eu também não percebo nada de óculos de sol! O que sei é que devem proteger bem da luz solar, ponto. Depois é tudo uma questão de gosto pessoal.

E há uns meses comecei a minha epopeia na busca de uns novos óculos de sol. E eu quando procuro algo, procuro mesmo, não fico com a primeira coisa em que tropeço! E tropecei neste belo exemplar:



Comentei com uma amiga minha que de imediato me disse que gostava, mas chamou-me a atenção:


"Isso são óculos para gajo solteiro e sem pretensões de arranjar namorada(o). Imagina lá dar um beijo a alguém com isso!!"


Ora bem.. de facto ela tem razão. Até há um provérbio brasileiro que diz que "dois bicudos não se beijam" o que de facto faz todo o sentido. 

Mas eu sou um gaijo solteiro! E sem grandes pretensões! Portanto parece-me bem!

Os óculos custam cerca de 70€ e são de uma coisa meia sinistra chamada ByTheR, que ao que me parece é uma marca sul-coreana que tem como lema: "Not for public, just for mania". Têm umas roupas e acessórios meias futuristas, urbanas e góticas. Entre outras coisas gostei também desta mochila, mas isto seria mais coisa para oferecer uma eventual namorada! porque no meu entender parece-me mais feminino:



Eu entretanto comprei hoje mesmo uns óculos de sol. Não são assim nada de mais. Só não são azuis, nem verdes, nem às cores, todos apaneleirados, como agora se vê. Mas são um pouco discretos parece-me. E eu já sei que é sempre um risco comprar sem experimentar, sem ver com fica na cara. Mas pronto, estão comprados. Mas ainda assim estes todos cheios de picos ficaram-me na retina. E se eu comprasse estes óculos de sol?

ByTheR

# Mulher a Condizer

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Medo: as corridas chegaram à aldeia!

Anda por aí um vírus disfarçado de uma moda qualquer, que pegou em muita gente, e de repente, vindos sabe-se lá de onde, todos resolveram começar a correr. Desde sempre houve gente com gosto para praticar mais ou menos desporto, ou fazer exercício ao ar livre, mas a coisa mais recente são as corridas. Depois das caminhadas, que já haviam chegado aqui à aldeia há algum tempo, caminhadas, normalmente em grupos de mulheres que gostam de fazer a revista de imprensa dos acontecimentos da localidade; depois da moda da bicicletas, todas artilhadas, com termos técnicos xpto, que um gaijo não percebe nada, mais parece que estão a falar da telemetria de um carro de Fórmula 1, e que rapidamente desapareceram de cena, eis que então chegam as corridas à minha aldeia!

Cheguei à pouco do trabalho, e peguei na bicicleta. Não! Esclareço já que não aderi à bicicleta durante a moda das bicicletas, pois já ando de bicicleta desde os três anos de idade e tenho fotografias que o comprovam e tudo! Passei toda a infância e adolescência a andar de bicicleta - não fosse na minha altura, o melhor brinquedo que uma criança poderia ter - e servia até de reforço positivo "Se passares de ano dou-te uma bicicleta". Como provinha de uma família muito pobre, nunca tive uma bicicleta nova, daquelas das lojas, mas ainda assim a minha era muito mais valiosa: foi o meu pai que a construiu com as próprias mãos. E já depois de adulto, a bicicleta foi sempre uma fiel companheira que me acompanhou, na maior parte das vezes sozinho, uma ou outra acompanhado. 


Cheguei do trabalho e resolvi pegar na bicicleta para fazer um pequeno circuito pela aldeia. Eis se não quando, passo por um jovem casado a correr. Ando mais um bocado e outro um grupo de jovens a correr! Alto! Isto não é normal! Todos claro, exibindo os seus belos equipamentos desportivos de cores berrantes e uns pingarelhos nos braços, que vejo muito por aí, mais parece uma daquelas cenas de medir a tensão arterial. Não sei o que é, e até tenho medo de querer saber! Abençoada ignorância!

Mas é esta a utilidade das modas, As pessoas, como não conseguem pensar pela sua própria cabeça, como não sabem do que gostam, precisam que alguém lhes diga ou sugira o que gostar. Aderem a tudo o que vêem os outros fazer e tudo aquilo que passa a ser socialmente aceite. Primeiro estranham e criticam os primeiros que o fazem, e depois vão a correr fazer, só para não se sentirem diferentes e se sentirem integrados socialmente. "Se os outros estão a fazer, temos também de fazer, para não sermos diferentes"! Os adultos de hoje, são agora uma espécie de adolescentes do meu tempo e que ainda não tinham definido muito bem a sua personalidade, e num ano queriam fazer skate, no ano seguinte eram do surf, e a seguir doutra cena qualquer.

Pensar pela própria cabeça e ser singular é uma chatice. Cruzes canhoto ser diferente! É muito mais fácil andar no mundo por ver andar os outros e agir como eles. É sempre muito mais fácil seguir a carneirada. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Quando a moda torna aberrante a natureza humana

O que é algo natural? É algo relativo à natureza, é algo verdadeiro, genuíno, inato, e por oposição ao que é falso, artificial, estranho e anormal. 

Não é de agora que o Homem atenta contra si próprio e age contra a sua própria natureza, modificando até características do seu próprio corpo, simplesmente porque alguém se lembrou de o fazer, e depois de uma estranheza inicial, toda a manada segue depois este comportamento disfuncional e adota-o como sendo algo normal, e começa-se depois, lentamente, a pressionar ainda que indiretamente todos os outros elementos da mandada, as ovelhas negras, que ousam resistir ao pensamento geral, como se fossem elas as anormais.

O que é hoje inato, natural e normal, pode muito bem amanhã ser uma aberração, fruto de um processo de estupidificação geral, de uma moda que cria e instala uma mudança, com o fim óbvio de ganhar muito dinheiro à custa da ignorância alheia. 

Nos dias de hoje, é muito fácil, escandalosamente fácil até, manipular as pessoas sem que elas se apercebam. Muito provavelmente, até eu mesmo, que me tenho por pessoa bastante racional. sou manipulado, por exemplo, pela publicidade e se calhar sem me aperceber. Mas existem coisas que são demasiado óbvias, para que as pessoas não reparem que estão a ser totalmente enganadas e manipuladas.

Acho que o mais recente exemplo, da massiva manipulação da ingenuidade alheia (ou estupidez mesmo) foi a invenção das pulseiras milagrosas. Nos anos oitenta com a Tucson, recentemente, e na presença de uma juventude bem diferente dos seus pais, com estudos (pena é ser diplomada em estupidez) apareceu a pulseira milagrosa do equilíbrio.

No que se refere ao corpo propriamente dito, a moda desde sempre atacou unicamente a mulher, porque as mulheres querem-se bonitas, para serem alvo da cobiça do homem e conseguirem um bom partido, o melhor casamento possível, enquanto que por outro lado, os homens, esses, queriam-se "feios, porcos e maus". 

O mais recente ataque à natureza humana, do que é verdadeiramente natural como falava no início, teve a ver com os pêlos, e em particular com os pêlos púbicos femininos. 
- O que são os pêlos púbicos? São aquilo que marcam a diferença entre uma criança e um adulto. As crianças não têm pêlos nem nos sovacos nem nos genitais, é só quando entram na fase da puberdade é que estes começam a nascer. Mas recentemente a moda veio dizer às pessoas que a natureza está totalmente errada! Ter pêlos é mau. Ter pêlos é feio. Ter pêlos é até nojento!  
A natureza colocou pêlos por todo o corpo dos mamíferos, e nas pessoas colocou-os na cabeça, nos braços, pernas, sovacos e genitais, e diferenciou o homem da mulher através das hormonas masculinas e femininas, dando por exemplo, barba aos homens, mas a natureza errou! E as modas vieram até corrigir todos esses erros, corrigir até - imagine-se o seu poder! - vieram corrigir a palavra de Deus, que disse que o cabelo da mulher nunca deveria ser cortado! E como isto tudo é muito irónico, como as mulheres cristãs desonram o seu Deus cortando o cabelos, e no caso, a palavra é mesmo desonrar, pois o que está escrito é "Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu." 

A origem do Mundo - Gustave Courbet - Museu de Orsay - Paris

Mas o que seria dos cabeleireiros se as mulheres não cortassem os cabelos? Os cabeleireiros não existiriam e tinham de ir fazer outra coisa qualquer. Provavelmente tosquiar ovelhas! Se calhar os primeiros cabeleireiros foram tosquiadores, e a ideia nem é assim tão estapafúrdia, tendo em conta que, por exemplo, como é sabido, os primeiros cirurgiões ou até os primeiros dentistas eram barbeiros. 

Entretanto no século vinte chegaram os biquínis, de cada vez mais, reduzidas dimensões. Criou-se a ideia que era feio verem-se os pêlos das virilhas, e lá começaram as mulheres a subir com a depilação. De tão reduzidos que se começaram a fazer, que até se lembraram de passar um fio pela greta e pelo rego, e cada vez mais pêlos tiveram de começar a cortar, até que a moda começou a meter nas cabecinhas ocas das mulheres, que o melhor mesmo era cortar todos os pêlos públicos! Bonito mesmo é ter uma cona rapada tal qual uma criancinha. Ao princípio gerou repulsa, como aliás é normal em todas as modas, mas aos poucos e poucos, a moda começou a vencer o combate contra a natureza. Mesmo que fosse doloroso, desconfortável, mesmo que fosse um gasto de dinheiro constante, seja em esteticistas, máquinas elétricas, cremes ou lâminas, o que é certo é que, aos poucos, quem era normal passou a ser anormal e vice-versa.

A lindíssima Júlia Roberts, pouco preocupada com as suas axilas

Se a coisa começou primeiro pelos sovacos, rapidamente, no início do novo milénio as conas rapadas começaram a vencer a guerra contra as conas naturais. Depois o marketing, principalmente o da pornografia (não fosse o sexo a coisa mais procurada) deu uma importante ajuda. Se formos ver revistas de mulheres nuas dos meados do século passado e comparar com os dias de hoje, as diferenças serão abissais. Começando que naqueles tempos, as páginas tinham fotografias e hoje design gráfico, e antigamente as mulheres eram naturais e hoje é uma qualquer coisa cheia de silicone, botox, e pele de golfinho. 

E se a moda conseguiu o incrível feito de apagar todos os pêlos da mulher, esgotou ali o seu mercado. O que começou a fazer então? Virou-se para o homem! Começou a meter na cabeça dos homens, que para se ser verdadeiramente macho,  tinham basicamente de se parecer com elas, as mulheres! A coisa começou pelas barbas, e basta observar que no fim do século passado, já quase que não era de bom tom ao homem usar barba, muitas empresas nem sequer o permitiam, e mesmo o viril bigode, ainda que muitas vezes usado para disfarçar a homossexualidade, foi também abandonado. Os homens queriam-se agora com a carinha tal qual a mulher! Até porque é uma coisa extremamente prática, todos os dias de manhã, ter de passar uma lâmina pela cara, e muitas vezes chegar em emprego com uns quantos cortes!

Com o novo milénio, a moda conseguiu finalmente o que pretendia: apaneleirar os homens! E isso também não é totalmente estranho, tendo em conta que na moda, ela mesma, está cheia de reputados estilistas abichanados! Primeiro chamavam-lhe ao novo estilo metro-gay-qualquer-coisa-apaneleirada, mas agora deixou de ser estilo e instituiu-se. Hoje o estereótipo do másculo moderno, é um tipo que rapa os pêlos da cabeça aos pés. O macho moderno que se preze, tem agora mais cremes que qualquer mulher, conhece todos os seus ingredientes dos cremes, usa os mesmos brincos e bolsas que as mulheres usavam, e tem mais desenvoltura uma pinça na mão que qualquer outra mulher! 
Há uns tempos uma amiga dizia-me "qualquer gaijo que use mais cremes que eu é paneleiro". Mas cada vez mais, qualquer homem que pense pela sua cabeça, não compre as milagrosas pulseiras do equilíbrio ou outras quaisquer  bigigangas modernaças, e não tenha a pele como um golfinho, ou não use mais cremes que uma uma mulher, será olhado sim, mas como um verdadeiro homem das cavernas. 

O meu primeiro choque, a primeira vez que bati de frente com esta nova realidade foi no trabalho há alguns anos. A empresa estava a recrutar malta jovem, para trabalhos temporários, e então muitos rapazes foram para lá trabalhar. Certo dia, olho para um deles, e ele tinha um contorno a branco à volta das suas fininhas sobrancelhas. Não percebi muito bem, mas depois foi impossível não reparar, que o jovem fazia as sobrancelhas! E se eles não estivessem bem presos ao saco escrotal, bem podem acreditar que me tinham caído ao chão! E depois, aos poucos, comecei a observar outras pequenas coisas, como por exemplo, colegas com as mãos estrategicamente depiladas.  

Depois eram as conversas. Numa das últimas mudanças de sítio onde trabalhava, fiquei no meio de malta um pouco mais jovem que eu, ali na casa dos vinte e poucos. Certo dia conversavam eles "Ah, eu se um dia vou comer uma gaija, e ela tem ali aqueles pêlos todos, mando-a logo dar uma volta". E isso deixou-me a pensar. Antes de mais, como estes putos já nasceram com a lavagem cerebral feita, e depois, que esquizitinhos que eles eram. Estavam ali, com a verga pronta para o ataque, mas subitamente olham para o alvo e desistem de ir a jogo! Cá para mim acho é que muitos homens falam de mais e fazem de menos! Mas e eles? Teriam também eles os genitais com pele de golfinho? Provavelmente, pois senão, pela mesma lógica, já teriam eles mesmos sido mandados dar uma volta pelas mesmas mulheres, as tais com as conas rapadas, que eles diziam comer! 
No fundo é curioso, como os pêlos públicos para esta nova geração, passou então a ser um pré-requisito para o sexo. E eu que pensava que bastava ter tesão. Que ingénuo que era!

Veronique Devaldene - Penthouse 1978
As modas lavaram e higienizaram o cérebro humano. As pessoas querem-se agora todas iguais, sem rugas, com narizes iguais, lábios inchados, com as mamas e bochechas postiças, mais parecendo que foram picadas por um enxame de abelhas em fúria!
Mas querem-se também, principalmente com pensamento igual, todas muito obedientes como convém. Os anormais, esses, são agora aqueles que ousam pensar pela sua própria cabeça e resistem à estupidificação humana.  

P.S. Um estudo recente provou que a ausência de pêlos públicos aumenta em 400% a probabilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis.