Há um ano, era António Costa primeiro-ministro e, para o PSD, era o "pior primeiro-ministro de sempre". Espalhavam-se cartazes por aí que afirmavam que o "socialismo empobrece", como se o Partido (que no nome tem) Socialista alguma vez tivesse sido socialista ou, como se o próprio PSD não fosse, na sua criação, um partido assumidamente de esquerda (social democracia?) e que Sá Carneiro quis que aderisse à Internacional Socialista. Mas só num tempo em que moda todos parecerem ser de esquerda.
Entretanto acontece o golpe de Estado de 7 de Novembro, há eleições legislativas este ano e a coligação da AD, aquela que tem um partido que defende o espancamento de mulheres vence as eleições com menos de 30% dos votos.
E, de repente, como que por magia, António Costa, o tal "pior primeiro-ministro de sempre" passa a ser a pessoa mais competente do mundo para liderar os destinos europeus e, estranhamento ou, talvez não, o tal partido que, aos olhos do PSD empobrecia o país, é o partido ideal para negociar a aprovação do Orçamento do Estado.
Podem espalhar cartazes por aí: a falta de vergonha na cara empobrece.
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