Sinto o tempo passar quando olho com aquele olhar que tira as medidas, não predador mas quase lascivo, naqueles segundos em que passo de carro e vejo uma jovem que espera pela camioneta na paragem. Na mesma paragem onde eu, durante tantos anos também esperei. Dias depois apercebo-me que a jovem é filha da Mafalda, uma menina que estudou comigo na Telescola.
Esta curta publicação estava para ter por título "Sinto-me velho quando...", mas a verdade é que, apesar dos cabelos brancos irem proliferando cada vez mais (apesar de ser sempre preferível ter neve nas telhas, do que ver as telhas voar!) mas na verdade continuo a sentir-me o mesmo miúdo de sempre. Parece cliché mas acho mesmo que a velhice está na cabeça, apesar de, como é lógico, com o tempo o corpo começa a não corresponder como antes, e que o digam os jogadores da bola.
Mas há tanto puto envelhecido por aí...
Mas há tanto puto envelhecido por aí...
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