sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Itália Recusa Entrada de Poeiras no País

Como é sabido, por estes dias, devido às más condições de vida, uma enorme mancha de poeiras fugiu de África e rumou à Europa, nomeadamente à Península Ibérica. 

Por todo o mundo ocidental são diversas as reações a esta verdadeira migração de poeiras. Na iminência de chegarem a Itália, o primeiro-ministro Matteo Salvini já veio dizer que recusa terminantemente a possibilidade destas poeiras entrarem em território italiano.

Em Portugal, o primeiro-ministro português António Costa, logo se apressou a oferecer refúgio seguro, mas como se sabe, por mais que nos ofereçamos, Portugal não é um destino das poeiras que procuram uma vida melhor, somos unicamente um local de passagem das poeiras para outros países. Igual posição tomou Pedro Sanchéz o novo primeiro-ministro espanhol socialista.

Angela Merkel a chanceler alemã, uma conhecida amiga das poeiras refugiadas, depois da ameaça de demissão do ministro do interior Horst Seehofer,  já teve que se reunir com o CSU, o partido com o qual mantém uma coligação no parlamento alemão que também não está a gostar desta posição mais humanista da líder alemã.

Já do outro lado do Atlântico, Donald Trump, o presidente norte americano já escreveu no Twitter esta manhã que vai já tratar de construir imediatamente, além do muro, uma enorme redoma em acrílico sobre os Estados Unidos da América para que nenhuma poeira estrangeira inimiga possa entrar na atmosfera americana. E diz que quem vai pagar as obras são os africanos.

Edward Lear - Book of Nonsense

1 comentário:

  1. Esta questão é bem complexa caro Konigvs, concordo com a visão geral que deixaste transparecer, mas permite-me que acrescente: a Europa, como poderia ser uma parte da Asia, da Africa das mesmas dimensões, não tem capacidade para receber, acolher e posteriormente integrar massas constantes de seres humanos, não estamos a falar de uma vaga de refugiados de guerra extrema mas de vagas constantes desde 2015, ao que se soma a já grande quantidade de pessoas que entram nos anos anteriores legal e ilegalmente.

    A continuar, isto é combustível para a extrema direita, é desculpa para que se aumente a vigilância e autoritarismo na sociedade, desculpa para manter custos do trabalho baixos e empregos precarizados em virtude da abundância de mão de obra pouco ou nada qualificada (dai que em parte não saber se muito disto n é propositado por parte de Merkels e afins) e em caso extremo, guerra civil, novos horrores etc.

    Quero então dizer que os Salvinis e Trumps da vida estão certos? Claro que não, são os sintomas do problema, e o problema é o constante jogo de xadrez geopolítico que o Ocidente (com os EUA à cabeça) faz noutras partes do mundo, as heranças e malefícios dessa aberração chamada colonialismo, que hoje se mantêm de formas insidiosas e sofisticadas; talvez um plano Marshall para Africa, com conceitos diferentes dos Ocidentais, acordos de educação para que possam estudar nas diversas universidades da Europa, do mundo, programas de economia sustentavel, tudo isto requer mais do que a Europa ou os EUA (estes ultimos como sempre com mais responsabilidades) mas uma acção global das nações unidas que integre também outras partes do mundo neste esforço incluindo dos continentes de onde estas pessoas são oriundas.

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